segunda-feira, 27 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Hoje iniciei a minha época balnear



A minha querida neta Francisca veio ficar um dia com a avó por haver crianças doentes no infantário dela e fomos as duas à praia. O dia estava óptimo e não há dúvida que a visão do oceano é tremenda e boa. Ficámos renovadas. Aproveitei para tirar algumas fotografias e a minha neta também tirou e tem um certo jeito. Vou colocar aqui uma minha e uma dela. Depois fomos embora e na esplanada parei para beber um café e ela uma água, continuavamos a ver o mar e a tirar fotos, de repente o travessão dela caiu e eu não percebi como é que ele abria, ela então pegou no dito e abrindo-o disse-me «é assim avó Ana» e sorriu com alguma complacência, eu senti-me feliz com este apoio, aos dois anos e meio já troca conhecimentos com a avó. Bem razão tinha o saudoso Paulo Freire ao dizer «ninguém ensina ninguém, aprendemos uns com os outros mediatizados pelo mundo».
Bom amigos e amigas, tenho duas noticias para vos dar, amanhã vou ver o meu neto que fez um mês porque o pai dele faz anos a 25 de Abril e eu não vou cá estar, vou sexta feira de manhã para a Madeira e depois faço o relatório, a outra novidade é que vou ter uma comunidade de leitores uma vez por mês cá em casa. Não é fantástico, homens e mulheres a partir dos cinquenta até aos setenta e muitos a discutir literatura. Só posso dizer que a minha comunidade de leitores têm tudo para ser um êxito, só não tem uma coisa: COMPARAÇÃO. Quem quiser participar que se aproxime, é uma comunidade sem regras nenhumas, quem quer vem, quem não quer não vem e se eu um dia ficar sózinha com os livros por algum impedimento de todos os membros da comunidade aparecerem, discuto com a minha Windy. Não é o Manuel Alegre que tem um livro sobre o cão dele?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Este é o retábulo que está no altar-mor da igreja da Luz que eu fui visitar no dia do almoço do meu grupo de viagens, não é pelo altar que aliás é muito bonito mas sim pela patrona da igreja que o coloquei aqui, cada viagem que faço e se por acaso os edifícios visitados contam a história de um membro da família real de um passado longínquo, fico sempre com a ideia de que as mulheres foram substancialmente maltratadas ou profundamente infelizes como é o caso desta.
A Igreja projectada por Jerónimo de Ruão em 1575 e terminada em 1596 , a custos da Infanta Dona Maria, era um vasto templo maneirista de influência italiana. A igreja era também um templo da Ordem de Cristo e estava ligada a um convento. O interior, onde cabiam mais de mil pessoas, era amplo e ricamente decorado com elementos clássicos renascentistas e maneiristas. O grande retábulo maneirista, pintado em 1590 por Francisco Venegas e Diogo Teixeira, a capela-mor e o túmulo da Infanta Dona Maria, em campa rasa foram classificados monumentos nacionais.
Consta que a infanta D. Maria de Portugal foi uma grande paixão de Camões. Era uma mulher muito culta que viveu na corte rodeada de outras mulheres humanistas como Paula Vicente , Luisa Sigeia entre outras, e era muito dada aos estudos e à cultura, ainda por cima era rica por ser filha de D. Manuel e da sua terceira mulher D. Leonor, irmã de Carlos V e filha de Joana a Louca. Ora D. Maria apesar de ser rica, foi impedida por todos os meios pelo seu meio-irmão o rei D. João III, de casar, porque como já existiam muitas dívidas no reino, não havia nenhum interesse em que ela saisse de Portugal com um dote valioso, se casasse e assim ficou solteira.
Na Áustria percebi que a Sissi era profundamente infeliz e neurótica. Como era possível não o ser se aos quinze anos se é escolhida para ser Imperatriz de um vasto império, com uma corte hostil, uma vida programada até ao segundo. E a Maria Antonieta com os mesmos quinze anos a viajar para um país desconhecido, com uma corte ociosa e cheia de intrigas.
Se nós nos debruçarmos sobre estas mulheres veremos como foram infelizes e maltratadas enquanto os homens tinham o poder total sobre tudo. É natural que hoje em dia existem mulheres com comportamentos exagerados, mas nada supera a supremacia dos homens sobre as mulheres séculos após séculos. Estou eu aqui a falar de mulheres ricas e cheias de luxo, se fossemos falar das pobres, das ainda hoje pobres, ficamos neuras para o resto do dia.

domingo, 19 de abril de 2009

Tive um fim de semana intenso


Na sexta feira fui jantar com um conjunto de colegas de juventude com os quais trabalhei durante uns tempos a fazer inquéritos. Chamava-se IEM - Instituto de Estudos de Mercado e eu tinha pouco mais de vinte anos, depois saí e segui outro caminho, alguns também sairam e outros ficaram, passados mais ou menos quarenta anos, encontrámo-nos e foi interessante perceber como se constroiem as afinidades, eu senti que com alguns a afinidade foi perfeita, até pelos caminhos percorridos e os interesses comuns, com outros não tanto. A vida é assim de encontros e desencontros. No dia seguinte foi o almoço comemorativo do grupo de viagens, e a mesma sensação de afinidades com uns e com outros percorreu todo o repasto.
Eu sinto que não sou mulher para viver em grupos, gosto de estar com pessoas com quem me identifico, com projectos comuns, sejam viagens, clube de leituras, workshops etc., mas não, nem sempre é possível fazer isso. As pessoas com quem também temos afinidades, por vezes têm as suas rotinas e essas rotinas dão-lhe equilíbrio e eu sou uma mulhar anti-rotinas, as rotinas quando demasiadas perturbam-me. Gostaria mas sei que é impossível, porque seria egoismo, acordar desejar fazer alguma coisa, telefonar a alguém e ter logo uma adesão do lado de lá, mas isso nem sempre acontece, até com os meus filhos, a coisa é complicada, a vida de hoje é talvez demasiado programada e stressante e todos acabam por viver a correr. Eu também de alguma forma, já tenho coisas a mais para a minha reforma, O projecto de Alpiarça quanto a mim está a terminar e penso que nos inícios de Julho eu darei por terminado o meu voluntariado de 2 anos. Agora vou para a Madeira no próximo fim de semana desde o dia 24 a 26, vou fazer um workshop e o meu marido uma conferência, tudo sobre museologia e assim quererei continuar a fazer projectos que durem poucos dias.
No dia 10 de Maio vou apresentar o pequeno ópusculo que escrevi sobre o centenário da pastelaria Primavera e a seguir continuo com a investigação do livro sobre os Bombeiros Voluntários de Carcavelos que tem de estar pronto em 2011, este é um projecto que me está a dar prazer.
O meu gosto pelo artesanto e trabalhos de mãos cada vez me interessam mais. As mantas que fiz são mais do que muitas e os bordados também, os meus filhos têm sido os principais beneficiados, mas o meu interesse vai mais longe e abrange o prazer da investigação das artes manuais e artesanto do meu país e o mundo inteiro se assim se pode dizer. Gosto de lãs, bordados, tapeçarias, papier maché e olaria.
O tempo no entanto passa e eu quero-o aproveitar ao máximo, mas ainda estou muito ocupada com as tais rotinas que detesto, quero ter tempo para ler e ver cinema que eu adoro, agora mais em casa, desenhar e pintar e estar com os meus netos principalmente a realizar projectos com eles, mostrar-lhes lugares, imagens que fizeram parte da minha vida.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A Áustria foi um país surpresa para mim




Visitar a Áustria excedeu as minhas expectativas sem sombra de dúvida, além de ter sido capital de um grande império, onde ainda hoje esses vestígios existem, é um país que foi bombardeado na 2ª. guerra mundial e se reconstruiu com coragem.

No passado foi senhor de um grande império que abarcava uma percentagem muito elevada de países europeus e ficou com a 1ª. guerra mundial reduzida ao território da Áustria, com oito milhões e quinhentos mil habitantes, mais pequeno do que o nosso.

Tudo na Áustria é ordenado, urbanisticamente correcto. Viena tem um terço de verde, os edifícios em todo o país e eu atravessei-o não excedem cinco andares.

Por outro lado tem uma história notável: a imperatriz Maria Teresa de Áustria, grande amante da arte e da música, Mozart tocou na sua corte, reuniu uma colecção do melhor que há na Europa, criando museus e protegendo artistas. Ela que teve dezasseis filhos, amamentou-os a todos e como esteve uma vida inteira grávida recebia no pós parto os membros da corte, para tratar de negócios numa cama de trabalho. Achei o máximo.

Mas a Áustria é a terra de Mozart, Bruegel, Mahler, Haydn e Klimt entre outros. Tentei fazer um relatório com imagens tiradas por mim e outras tiradas da net para poder transmitir o maravilhoso que foi viajar por este país.


Gostava de ter colocado aqui uma valsa de Strauss , mas não consegui, não sei porquê. Ah afinal consegui. Fazia falta.
É também a terra do famoso doce «O Apfelstrudel (significando folhado de maçã) é uma sobremesa tradicional austríaca, nascida em Viena, tendo-se tornado popular internacionalmente. É a receita mais conhecida com a massa folhada da Europa central, conhecida em Alemão por Strudel. Pensa-se que tenha sido influenciada pelas cozinhas do Império Bizantino, da Arménia e da Turquia. Em Viena, é possível encontrar vestígios destas três cozinhas.»


Mas o que mais me emocionou foi visitar em Salzburgo a casa desse grande mons
tro que é Mozart. A pobreza, as viagens que ele fez, sem condições de toda a ordem, o que ele suportou. Um génio.


«Johann Chrysostom Wolfgang Amadeus Mozart; 27 de Janeiro de 17565 de Dezembro de 1791)[2], foi um compositor prolífico e influente do período clássico, autor de mais de 600 obras - muitas tidas como referências da música sinfônica, concertante, operática, coral, pianística e de câmara - e um dos compositores de música clássica mais populares de todos os tempos.


Mozart mostrou uma habilidade prodigiosa desde sua infância em Salzburgo. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza da Europa; aos dezessete anos foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém sua inquietação o fez viajar em busca de um novo cargo, sempre compondo profusivamente. Ao visitar Viena em 1781 foi afastado de seu cargo em Salzburgo, e optou por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos na cidade produziram algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidas, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura foram assunto de diversas histórias e lendas; deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.

Mozart sempre aprendeu vorazmente com outros compositores, e desenvolveu uma maturidade e brilho característicos em seu estilo, que variam do claro e gracioso ao obscuro e apaixonado - um conjunto moldado por uma visão da humanidade "redimida através da arte, perdoada e reconciliada com a natureza e com o absoluto". Sua influência em toda a música ocidental é profunda. Ludwig van Beethoven compôs suas primeiras obras seguindo os passos de Mozart, sobre quem Joseph Haydn escreveu que "a posteridade não verá um talento como esse em 100 anos.»http://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfgang_Amadeus_Mozart





















As antigas marionetas que foram utilizadas no filme «A Música no coração»

A imponente catedral. Tudo sempre em obras de manutenção.






Uma casa feita por um artista que a ofereceu à Câmara de Viena para nunca ser vendida, mas sim alugada. É enorme, tipo Gaudi, cheia de vegeração que sai dos terraços e das fachadas.




O Palácio onde a Imperatriz Maria Teresa de Áustria viveu, com os seus dezasseis filhos e filhas, entre as quais a Maria Antonieta e também lá viveram Francisco José, o Imperador do grande império que ficou reduzido à Áustria mais pequena do que Portugal, após a 1ª. guerra mundial e a célebre Sissi que é um mito, pois era detestada pelo povo, anorética, obcecada por si e gastava imenso dinheiro aos cofres do estado com as milhares de viagens que fez, deixando a corte para trás.

E eles a descerem nas pistas de Innsbruck....












A casa do Mozart em Salzburgo, que comovente.











Os Alpes ao longe....












Eu, o Danúbio e a minha cadeira. Quando todos estavam cansados eu sentava-me neste meu banquinho de caça, pois então....
































Desculpem não temos imperadores, só temos os tesouros deles, dizia um cartaz austríaco......































































sexta-feira, 3 de abril de 2009

Adeus amigos até breve. Vou para a Áustria.

Há países que eu tenho de visitar pelo menos uma vez. A Áustria é um deles. Viena, Salzburg e outras cidades estão no meu itinerário e no meu imaginário. Sei que não se vai a Viena como se vai a Paris, Madrid ou Londres, apareceu-me a mim e ao meu marido esta oportunidade e eu vou aproveitar.
Lembrei-me de uma canção de Caetano Veloso com letra de Fernando Pessoa «Navegar é preciso, viver não é preciso». É bom viajar, é bom sair e voltar.... é bom. Depois farei uma pequena reportagem da viagem, como sempre.