quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Meus amigos e amigas online, o tempo deste blogue terminou. Tenho o doutoramento pela frente e não posso estar a desperdiçar o tal tempo que eu dedicava ao blogue em desfavor do grau académico. Tenho de ler muito e pesquisar ainda mais. Voltarei um dia? Não sei. Por agora é um adeus.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


CARTA DE TERESA BELEZA À SUA MÃE

Esta carta foi publicada no jornal Público de 5ª feira, 10 de janeiro de 2013. A Profª Teresa Beleza é irmã de Leonor Beleza e Miguel Beleza.


CARTA A MINHA MÃE SOBRE O SNS E OUTRAS COISAS EM PORTUGAL

por Teresa Pizarro Beleza*


"Mãe, sabes que agora em Portugal mandam uns senhores que estão a dar cabo do Serviço Nacional de Saúde? E que dizem que é por causa de uma tal de troika, que agora manda neles? Lembras-te da "Lei Arnaut", que, segundo ele mesmo diz, tu redigiste, depois de muito pensares e estudares sobre o assunto, com a seriedade e o empenho que punhas em tudo o que fazias?

Lembras-te das nossas conversas sobre a necessidade de toda a gente em Portugal ter acesso a cuidados de saúde básicos de boa qualidade e de como essa possibilidade fizera em poucos anos baixar drasticamente a mortalidade materna e infantil, flagelos nacionais antigos, como uma das coisas boas que se tornaram realidade depois de 1974 e com a restauração da democracia?

Lembras-te de quando eu te dizia que eras tão mais socialista do que "eles", os do Partido Socialista, e tu te zangavas porque não era essa a tua imagem e a tua crença?

E quando eu te dizia que o ministro António Arnaut era maçon e tu não acreditavas, porque ele era (e é) um homem bom - e para ti a Maçonaria era a encarnação do Diabo...

Mãe, tu, que te dizias e julgavas convictamente monárquica, católica, miguelista, jurista cartesiana (isso era o que eu te dizia e que penso que eras, também), que conhecias a Bíblia e Teilhard de Chardin como ninguém e me ensinaste que Deus criara o homem e a mulher à Sua imagem, quando pronunciou o fiat, porque assim se diz no Génesis...

Tu que dizias que o problema dos economistas era que não tinham aprendido latim... e me tiravas as dúvidas de português e outras coisas, quando me não mandavas ir ao dicionário, como agora eu mando o meu Filho...

Tu que foste o meu "Google", às vezes renitente, quando este ainda não existia... Sabes que agora manda em Portugal gente ignorante e pacóvia, que nem se lembra já de como se vivia na pobreza e na doença, que julga que o Estado se deve retirar de tudo, incluindo da Saúde, e confunde a absoluta e premente necessidade de controlar e conter o imenso desperdício com a ideia de fechar portas, urgências claramente úteis social e geograficamente...

Sabes que fecharam o Serviço de Urgência e o excelente Serviço de Cardiologia do Hospital Curry Cabral sem sequer prevenirem ou consultarem o seu chefe? Onde irão agora todas aquelas pessoas tão claramente pobres, vulneráveis e humildes que tantas vezes lá encontrei e que não pareciam capazes de aprenderem outro caminho, outro destino, de encontrarem outros dedicados e pacientes "ouvidores"?

Sabes que um ministro qualquer disse que o edifício da Maternidade Alfredo da Costa não tinha qualquer interesse urbanístico ou arquitectónico, para além de condenar ao abate essa unidade de saúde, com limitações já evidentes, mas que tão importante foi para tanta gente humilde ter os seus filhos em segurança? Será mesmo que não a poderiam "refundar", como agora se diz? Ou quererão construir um condomínio fechado, luxuoso e kitsch, no meio de uma das minhas, das nossas cidades?
Lembras-te de me ires buscar à MAC quando nasceu o meu Filho e de como te contei da imensa dedicação do pessoal médico e de enfermagem e da clara sobre-representação de parturientes de origem social modesta, imigrantes, ciganas, ou simplesmente pobres?

Sabes que há muita gente que pensa que a iniciativa privada, incontrolada e à solta, é que vai salvar Portugal da bancarrota, e que ignora o sentido das palavras solidariedade, justiça, igualdade, compaixão?

Sabes, Mãe, eu lembro-me de ver pessoas que partiram de Portugal para o mundo em busca de trabalho e rendimento a viver em "casas" feitas de bocados de camioneta, de restos de madeira, de cartão e outros improváveis e etéreos materiais, emigrantes portugueses que foram parar ao bidonville em St Denis, nos arredores de Paris, num Inverno em que a temperatura desceu a 20 graus Celsius abaixo de zero (1970). Nas "paredes", havia toda a sorte de inscrições contra a guerra colonial e contra o regime que então reinava em Portugal.

O padre Zé, o nosso amigo da Mission Catholique Portugaise que me acompanhava e me quis mostrar o bairro, proibiu-me de falar português e de sair do carro enquanto ali passávamos... e aqui em Portugal eu vi tanta miséria envergonhada, homens de chapéu na mão a pedir emprego, mulheres e crianças a pedir esmola, apesar de todas as leis e medidas que o Estado Novo produziu para as esconder, como já fizera a Primeira República.

A pobreza e a vadiagem não se eliminam com Mitras e medidas de segurança, mas com produção e distribuição de riqueza e de justiça social. Com a promoção da igualdade e da solidariedade, como manda a Constituição.

E a Saúde, Mãe, que vão fazer dela? Da saúde dos pobres, dos velhos, das crianças, dos que não têm nem podem ter seguros de saúde de luxo, porque não têm dinheiro, porque já não têm idade, ou porque não têm saúde?

E as crianças, Mãe? Vão de novo morrer antes do tempo porque o parto foi solitário ou mal assistido, porque a saúde materno-infantil passou a ser de novo um bem reservado a alguns privilegiados, ou porque a "selecção natural" voltará a equilibrar a demografia em Portugal, recolhidas as mulheres a suas casas, desempregadas e de novo domesticadas, e perdida de novo a possibilidade de controlo sobre a sua própria fertilidade?

O planeamento familiar, que tu tão bem explicaste que deveria segundo a lei seguir a autonomia que o Código Civil reconhece na capacidade natural dos adolescentes - tu, católica, jurista, supostamente conservadora (assim te pensavas, às vezes?)...

Sabes que aqui há tempos ouvi uma jurista ignorante dizer em público que só aos 18 anos os jovens poderiam ir sozinhos a uma consulta de planeamento familiar, quando atingissem a maioridade, sem autorização de pai ou mãe? Ai, minha Mãe, como a ignorância é perigosa... Será que nos espera um qualquer Ceausescu ou equivalente, dado o progressivo estrangulamento político e social a que a necessidade económica e a cegueira política nos estão levando?

Os traços fascizantes que são visíveis na repressão da liberdade de expressão e de manifestação, em tudo tão contrários à Constituição da República, serão só impressão de uns "maníacos de esquerda", como dizem umas pessoas que há tão pouco tempo garantiam que essa coisa de esquerda e direita era coisa do passado?

Mas as crianças são o futuro, Mãe, que será deste país sem elas, sem a sua saúde e sem a sua educação, sem o seu bem-estar, sem a sua alegria? Eu lembro-me tão bem dos miúdos descalços e ranhosos nas ruas da minha infância... e da luta legal, tão recente ainda, quem sabe se perdida, contra o trabalho clandestino, ilegal e infame das crianças a coserem sapatos em casa, a faltarem à escola, a ajudarem as famílias, ainda há tão pouco tempo, ou dos miuditos com carregos e encargos maiores que eles, à semelhança das mulheres da carqueja a subirem aquela rampa infame que Helder Pacheco, o poeta-guia do nosso Porto, tão bem descreve...

"Que quem já é pecador sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... Porque padecem assim?!..."

Mãe, se agora cá voltasses, ao mundo dos vivos, acho que terias uma desilusão terrível. Melhor que não vejas o que estão fazendo do nosso pobre país.

Da tua Filha, com muita saudade,

Maria Teresa"

Ericeira, Portugal, Europa, dia 31 de Dezembro de 2012


* Professora de Direito Penal, directora da Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa. tpb@fd.unl.p

Foto de A V R A

Foto do Jornal de Letras do meu querido filho que no dia 14 vai arrasar.


Todos ao teatro camões de 14 de Fevereiro a 3 de Março

Foto de Brutalissimo

Todos ao Teatro Camões dia 14 de Fevereiro

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Texto Jornal de Letras «Fernando Duarte Remontagem contemporânea de O Lago dos Cisnes » Reportagem MARIA LEONOR NUNES. Que orgulho.


¶ Não é um primeiro passo coreográfico,
mas o salto inaugural na
coreografia de um grande bailado.
E logo o clássico dos clássicos.
Fernando Duarte, 34 anos, 17 de carreira,
bailarino principal e ensaiador
da Companhia Nacional de Bailado
(CNB) é o coreógrafo de O Lago dos
Cisnes, de Tchaikovsky, o espetáculo
que a CNB estreia a 14, com a
Orquestra Metropolitana de Lisboa,
com direção do maestro Cesário
Costa, no Teatro Camões, em Lisboa.
É, de resto, um acaso feliz. Porque
o bailarino e coreógrafo elege entre
todos o célebre Lago. Desde logo,
pela história. “Profundamente
humana, reveladora da divisão entre
o bem e o mal, o belo branco ou o
negro desconhecido”, explica. “Tudo
isto numa trama romântica maravilhosa”.
Guarda mesmo a imagem
de uma das suas aulas iniciais, da
entrada das ‘cisnes brancas’, 18 raparigas,
numa inesquecível revoada,
que de alguma maneira confirmou
o seu destino. Andava pelos 10 anos
e acabava de se iniciar na barra, na
Academia de Dança Contemporânea
de Setúbal, onde fez a sua formação.
Também reteve a música. E quando
coreografa, dá-lhe sempre especial
atenção: “Fico por vezes horas a ouvir
Fernando Duarte
O senhor do Lago
uma música à procura do movimento
capaz de a interpretar”, afirma. “No
Lago é infindável a inspiração”.
E se, ao correr do tempo, desde
que começou o seu percurso, ainda
estagiário, na CêDêCê, até ao corpo
de baile da CNB, onde ingressou em
1996, Fernando Duarte foi muitas
vezes Príncipe em Giselle, no
Quebra-Nozes ou em Coppélia, e seria
fatalmente o Siegfried de O Lago dos
Cisnes. Uma estreia quase sem escala,
em Banguecoque, onde a CNB se
apresentou, poucos dias depois de ter
regressado da Noruega, onde esteve
dois anos, entre 2005 e 2007, no
Nasjonalballetten. “É um prazer ver,
ouvir e dançar o Lago. O de dançar
é muito interior, o de coreografar,
mais de partilha com os bailarinos
e o público. É uma experiência
muito gratificante e total”, assevera.
Literalmente, um sonho que se realiza:
“Muitas vezes dei comigo a dizer
aos bailarinos como via determinados
momentos nos meus sonhos.
E o bailado está realmente quase
totalmente como o idealizei”.
Porventura a mais apresentada
obra do reportório clássico em todo
o mundo, tendo conhecido diferentes
versões, O Lago dos Cisnes é
agora reescrito por Fernando Duarte,
reconstituindo a coreografia original
de Marius Petipa e Lev Ivanov, mas
acrescentando-lhe uma marca
contemporânea, a sua. A ideia partiu
da diretora artística da CNB, Luísa
Taveira, como adianta o bailarino e
coreógrafo: “Trata-se de remontar
essa peça marcante, de um novo
ponto de vista, numa perspetiva contemporânea,
mas mantendo aquela
que é a sua assinatura, o ato branco”.
Por outras palavras, a dança dos cisnes,
os pas de deux dos cisnes brancos
e dos cisnes negros, cuja coreografia
se tem mantido “quase inalterável”
ao longo de mais de um século.
Respeitando essa “assinatura”,
fundamentalmente o segundo ato,
Fernando Duarte propôs-se assinar
a primeiro e quarta partes com a sua
“linguagem coreográfica”, ao abrigo
do seu entendimento do que deve ser
o bailado clássico no século XXI. A
estrutura de O Lago dos Cisnes, que
vai estar no Teatro Camões até 3 de
março, é assim “tradicional”, ao nível
do “encadeamento das valsas, dos
duetos, dos solos”, exceção feita às
danças das pretendentes do príncipe
Siegfried, reduzidas a uma valsa romântica
e a uma única pretendente,
uma princesa russa. Mais que fossem,
de resto, e teriam o mesmo desenlace,
a recusa do príncipe, apaixonado
que ficou pela “meia-mulher,
meio cisne”, que conheceu à beira
do lago. “Os passos são os mesmos,
mas a construção é diferente”, diz.
E “mantendo o que é intemporal, há
um manto de modernidade”.
É nesse sentido que o espetáculo
conta com um vídeo de Edgar Pera,
que intensifica a presença do negro
feiticeiro e serve de cenário, numa
interligação entre duas expressões
artísticas. E figurinos de José António
Tenente, uma “aposta” mais atual, na
“simplicidade e elegância”.
Fernando Duarte já tinha tido
algumas “aventuras coreográficas”,
em paralelo à carreira de bailarino,
mesmo por conta e risco. Numa produção
independente, com a mulher
também bailarina, Solange Melo,
criou Cinderela em Bicos de Pés, um
bailado para os mais pequenos. Mas
não é fácil arriscar criações independentes
hoje, reconhece. Ainda assim,
continua a pensar noutros projetos.
Já um ano e meio que praticamente
deixou de dançar, para dar aulas,
porque sentiu esgotada -os anos
pesam neles mais cedo - a carreira
de bailarino. Entrou naquilo a que
chama “metamorfose”. E nasceu um
coreógrafo.

Quem sabe que fruto é este??? Um fruto tão saboroso que é usado em doces, gelados, sumos, vinho e licores. Apesar de exótico demais para alguns paladares, merece ser saboreado. Movimento Novos Rurais Pessoas mais livres, plenas e felizes https://www.facebook.com/novosrurais.farmingculture — com Idalina Almeida.

Desenho da netinha mais nova

Mulher russa com traje tradicional em S.Petersburgo, Санкт-Петербу́рг em Russo.

Na República Checa

Ao visitar esta tremenda riqueza e estes palácios pejados de ouro e o povo russo a morrer à fome, compreendi tão bem o que levou à revolução de 1917 na Rússia.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Foto da Fábrica da Escrita

O que é a vida senão um ciclo infinito de querer, satisfazer, entendiar-se e depois querer de novo? A Cura de Schopenhauer, Irvin D. Yalom. Foto de A Fábrica da Escrita

Outra vez bom-dia. Foto de Emilia Tocanita

Bom-dia amigos e amigas...

Nazaré, foto de Fernando Ricardo


Vi um belo filme «Lincon» com uma interpretação notável de Day-Lewis. Lincoln é um filme de drama e biográfico dirigido por Steven Spielberg com Sally Field como Mary Todd Lincoln e Daniel Day-Lewis como Abraham Lincoln.O filme baseia-se na obra biográfica de Lincoln Team of Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln de Doris Kearns Goodwin, o filme abrange os quatro últimos meses de vida de Lincoln. A não perder. Bisei porque o meu marido não tinha ainda visto o filme Django com Jamie Foxx. É mesmo uma obra prima de Tarantino, entre o burlesco, drama e denúncia, verdadeiramente imperdível. Com o cartão da CGD, todas as pessoas têm desconto nos cinemas City, que passam filmes muito bons.
Com este filme comecei a pesquisar o percurso de Day-Lewis e vi o primeiro filme que lhe deu fama a ele e ao realizador que o fez Stephen Frears no youtube, chama-se «Minha adorável Lavandaria». O filme retrata a paixão entre um inglês e um indiano que, juntos, gerem uma lavandaria da propriedade do tio do Omar e enfrentam o preconceito da sociedade londrina. Um filme fantástico que trata também a problemática do racismo, dos gangues, das famílias e dos negócios escuros.

Claro que me estou a lembrar de dois maravilhosos filmes que vi com ele, mas como Daniel Day-Lewis é tão versátil, eu quase não me recordava de: «Uma Janela para o Amor, de James Ivory» e «A Idade da Inocência, de Martin Scorsese.» E vou-me lembrar de muitos mais. Fantástico actor.
«Haverá sangue», filme fantástico, daquela família toda envolvida no petróleo. Acho que este filme ganhou óscares. Realizado por Paul Thomas Anderson, e com Daniel Day-Lewis como protagonista. «Os gangues de Nova Iorque», de Martin Scorsese, lembram-se dele com o Leonardo di Caprio? Fantástico. Não vou perder mais nenhum filme deste actor

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Foto de Priroda U Cveću

Foto de Francisco António Clode Sousa

Foto de Open Art. Paul Gauguin

Foto de René Laanen

Foto de Vanessa Brízido

Foto de Picture & Photo & Erkan TORUN

Foto de HUMOR INDIGNADO 99%

Foto de HUMOR INDIGNADO 99%

Foto dos Indignados Lisboa

Ana Vidigal


Há uma tribo africana que tem um costume muito bonito.
Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa
para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e o rodeia. Durante
dois dias, eles vão dizer ao homem todas as coisas boas... que
ele já fez.
A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um
ser bom, cada um de nós desejando segurança, amor, paz,
felicidade.
Mas às vezes, na busca dessas coisas, as pessoas cometem erros.
A comunidade enxerga aqueles erros como um grito de socorro.
Eles se unem então para erguê-lo, para reconectá-lo com sua
verdadeira natureza, para lembrá-lo quem ele realmente é, até
que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele tinha se
desconectado temporariamente:"Eu sou bom".
Sawabona Shikoba!
SAWABONA, é um cumprimento usado na África do Sul e quer
dizer:
"EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO, VOCÊ É IMPORTANTE PRA
MIM".
Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA,que é:
"ENTÃO, EU EXISTO PRA VOCÊ".
 — com Giane Torrogrosa.



imagem de Tugaleaks

Foto da Escuela de las ideas muertas

José Saramago. De este mundo y del otro, fragmento.

“Las palabras son buenas. Las palabras son malas. Las palabras ofenden. Las palabras piden disculpa. Las palabras queman. Las palabras acarician. Las palabras son dadas, cambiadas, ofrecidas, vendidas e inventadas. Las palabras están ausentes. Algunas palabras nos absorben, no nos dejan: son como garrapatas, vienen en los libros, los periódicos, en los mensajes publicitarios, en los rótulos de las películas, en las cartas y en los carteles. Las palabras aconsejan, sugieren, insinúan, conminan, imponen, segregan , eliminan. Son melifluas o ácidas. El mundo gira sobre palabras lubrificadas con aceite de paciencia. Los cerebros están llenos de palabras que viven en paz y en armonía con sus contrarias y enemigas. Por eso la gente hace lo contrario de lo que piensa creyendo pensar lo que hace.

Hay muchas palabras.

Y están los discursos, que son palabras apoyadas unas en otras, en equilibrio inestable gracias a una sintaxis precaria hasta el broche final: “Gracias. He dicho”. Con discursos se conmemora, se inaugura, se abren y cierran sesiones, se lanzan cortinas de humo o se disponen colgaduras de terciopelo. Son brindis, oraciones, conferencias y coloquios. Por medio de los discursos se transmiten loores, agradecimientos, programas y fantasías. Y luego las palabras de los discursos aparecen puestas en papeles, pintadas en tinta de imprenta —y por esa vía entran en la inmortalidad del Verbo. Al lado de Sócrates, el presidente de la junta domina el discurso que abrió el grifo fontanero. Y fluyen las palabras, tan fluidas como el “precioso líquido”. Fluyen interminablemente, inundan el suelo, llegan hasta las rodillas, a la cintura, a los hombros, al cuello. Es el diluvio universal, un coro desarmado que brota de millares de bocas. La tierra sigue su camino envuelta en un clamor de locos, a gritos, a aullidos, envuelta también en un murmullo manso represado y conciliador. De todo hay en el orfeón: tenores y tenorinos, bajos cantantes, sopranos de do de pecho fácil, barítonos acolchados, contraltos de voz-sorpresa. En los intervalos se oye el punto. Y todo esto aturde a las estrellas y perturba las comunicaciones, como las tempestades solares.

Porque las palabras han dejado de comunicar. Cada palabra es dicha para que no se oiga otra. La palabra, hasta cuando no afirma, se afirma: la palabra es la hierba fresca y verde que cubre los dientes del pantano. La palabra no muestra. La palabra disfraza.

De ahí que resulte urgente mondar las palabras para que la siembra se convierta en cosecha. De ahí que las palabras sean instrumento de muerte o de salvación. De ahí que la palabra sólo valga lo que vale el silencio del acto.

Hay, también, el silencio. El silencio es, por definición, lo que no se oye. El silencio escucha, examina, observa, pesa y analiza. El silencio es fecundo. El silencio es la tierra negra y fértil, el humus del ser, la melodía callada bajo la luz solar. Caen sobre él las palabras. Todas las palabras. Las palabras buenas y las malas. El trigo y la cizaña. Pero sólo el trigo da pan”.




sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ana Duarte Nunca um museu será comunitário se na sua gestão não estiverem presentes elementos da comunidade ou o ideal seria ser uma gestão total da comunidade e aí o património, o espólio seria totalmente da comunidade que o doou e o incorporou. Não conheço em Portugal nenhum exemplo de museu comunitário, com práticas de envolvência da comunidade , sim, mas comunitários não, enquanto isso não acontecer como existe noutros países e eu já vi in loco, não podemos falar de museus comunitários nas aldeias e vilas do nosso país. Quanto aos museus «espectáculo», institucionais, isso é outra coisa e parafraseando « El Gatopardo de Lampedusa.» «MUDAR ALGUMA COISA PARA TUDO FICAR NA MESMA», isso tem sido a política museológica institucional no nosso país, por muitos encontros e congressos que se façam.

Saudades desta investigação.. Foto de Paula Godinho.

CapaAM5

Bom-dia. Foto de Cultivar Educação Ambiental. Bom dia amigos.

Foto de obvious

Foto Bilbao Architecture

Foto Fernando Ulrich: “O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta” Foto de Fernando Ricardo

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Foto SOS Meio Ambiente

Foto de Lost at E Minor

Foto de Érjük el együtt az ideális testsúlyt

Em Itália. Saudades.

No Egipto. Saudades.

Foto de Different Solutions


Fui ver dois filmes que gostei. um uma obra prima de Tarantino, outro mais leve mas engraçado .
«Passado no sul dos Estados Unidos dois anos antes da Guerra Civil, Django Libertado conta com a participação do vencedor do Óscar® Jamie Foxx como Django, um escravo cujo passado brutal com os seus antigos proprietários o leva à presença do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (vencedor do Óscar® Christoph Waltz). Schultz segue a pista dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo até eles. O inortodoxo Schultz adquire Django com a promessa de libertá-lo após a captura dos irmãos Brittle – mortos ou vivos. O seu sucesso leva Schultz a libertar Django, mas os dois homens decidem permanecer juntos. Assim, Schultz persegue os criminosos mais procurados do Sul com Django a seu lado. Apesar de ir aperfeiçoando as suas capacidades de caça, Django mantém-se focado num objectivo: encontrar e resgatar Broomhilda (Kerry Washington), a sua mulher que perdeu no comércio de escravos muitos anos atrás. A procura de Schultz e Django leva-os até Calvin Candie (nomeado ao Óscar® Leonardo DiCaprio), o proprietário de “Candyland”, uma plantação infame. Ao explorar a plantação sob um falso pretexto, Django e Schultz despertam a atenção de Stephen (nomeado ao Óscar® Samuel L. Jackson), um escravo da confiança de Candie. Os seus movimentos são seguidos e uma organização traiçoeira acaba por os cercar. Django e Schultz, ao tentarem escapar com Broomhilda, terão que escolher entre a independência e a solidariedade, entre o sacrifício e a sobrevivência... Escrito e realizado pelo vencedor do Óscar® Quentin Tarantino, Django Libertado é produzido por Stacey Sher, Pilar Savone e Reginald Hudlin.»
«Após passar algum tempo internado numa clinica psiquiátrica devido a problemas emocionais que quase lhe destruíram a vida, Pat (Bradley Cooper) pretende começar tudo de novo e remediar os erros do passado. Assim, ao mesmo tempo que decide voltar para casa dos pais (Robert De Niro e Jacki Weaver) para tentar uma reaproximação, vai fazer de tudo para se reconciliar com Nikki (Brea Bee), a ex-mulher. Porém, os seus planos caem por terra no momento em que conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma rapariga problemática que luta contra os seus próprios demónios e se esforça por superar a recente morte do companheiro. Assim, duas almas torturadas e com pouca esperança no futuro acabam por se tornar na inspiração que necessitavam e, ao reencontrar o caminho, retomam o gosto pela vida.
Uma comédia romântica com argumento e realização de David O. Russell (The Fighter - Último Round") segundo o romance de Matthew Quick.
PÚBLICO»