Hoje foi um dia de brincadeiras com o neto que está lindo e muito simpático. É uma criança muito feliz. Estive com ele ao colo a matar saudades. Adorou os brinquedos e já brinca com eles sozinho durante um periodo de tempo razoável. Ai os doces outra vez meu Deus.
Depois ao fim da tarde fui ver as duas velhotas e falar com as técnicas que tratam delas. A Windy já ficou no hotel dos cães e só volta para casa quando viermos de Paris, dia 1. Bom Ano amigos e amigas, deixo-vos com Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor de arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?). Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.