Um blogue intimista mas ao mesmo tempo aberto para os outros. Um blogue de reflexão sobre o mundo que me rodeia. Falar sobre este país e estas pessoas, falar de museus, bibliotecas, cinema, literatura, dança, teatro, política e sociedade. Enfim um blogue que desejo vivido.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Hoje iniciei a minha época balnear
segunda-feira, 20 de abril de 2009
A Igreja projectada por Jerónimo de Ruão em 1575 e terminada em 1596 , a custos da Infanta Dona Maria, era um vasto templo maneirista de influência italiana. A igreja era também um templo da Ordem de Cristo e estava ligada a um convento. O interior, onde cabiam mais de mil pessoas, era amplo e ricamente decorado com elementos clássicos renascentistas e maneiristas. O grande retábulo maneirista, pintado em 1590 por Francisco Venegas e Diogo Teixeira, a capela-mor e o túmulo da Infanta Dona Maria, em campa rasa foram classificados monumentos nacionais.
Consta que a infanta D. Maria de Portugal foi uma grande paixão de Camões. Era uma mulher muito culta que viveu na corte rodeada de outras mulheres humanistas como Paula Vicente , Luisa Sigeia entre outras, e era muito dada aos estudos e à cultura, ainda por cima era rica por ser filha de D. Manuel e da sua terceira mulher D. Leonor, irmã de Carlos V e filha de Joana a Louca. Ora D. Maria apesar de ser rica, foi impedida por todos os meios pelo seu meio-irmão o rei D. João III, de casar, porque como já existiam muitas dívidas no reino, não havia nenhum interesse em que ela saisse de Portugal com um dote valioso, se casasse e assim ficou solteira.
Na Áustria percebi que a Sissi era profundamente infeliz e neurótica. Como era possível não o ser se aos quinze anos se é escolhida para ser Imperatriz de um vasto império, com uma corte hostil, uma vida programada até ao segundo. E a Maria Antonieta com os mesmos quinze anos a viajar para um país desconhecido, com uma corte ociosa e cheia de intrigas.
Se nós nos debruçarmos sobre estas mulheres veremos como foram infelizes e maltratadas enquanto os homens tinham o poder total sobre tudo. É natural que hoje em dia existem mulheres com comportamentos exagerados, mas nada supera a supremacia dos homens sobre as mulheres séculos após séculos. Estou eu aqui a falar de mulheres ricas e cheias de luxo, se fossemos falar das pobres, das ainda hoje pobres, ficamos neuras para o resto do dia.
domingo, 19 de abril de 2009
Tive um fim de semana intenso
Eu sinto que não sou mulher para viver em grupos, gosto de estar com pessoas com quem me identifico, com projectos comuns, sejam viagens, clube de leituras, workshops etc., mas não, nem sempre é possível fazer isso. As pessoas com quem também temos afinidades, por vezes têm as suas rotinas e essas rotinas dão-lhe equilíbrio e eu sou uma mulhar anti-rotinas, as rotinas quando demasiadas perturbam-me. Gostaria mas sei que é impossível, porque seria egoismo, acordar desejar fazer alguma coisa, telefonar a alguém e ter logo uma adesão do lado de lá, mas isso nem sempre acontece, até com os meus filhos, a coisa é complicada, a vida de hoje é talvez demasiado programada e stressante e todos acabam por viver a correr. Eu também de alguma forma, já tenho coisas a mais para a minha reforma, O projecto de Alpiarça quanto a mim está a terminar e penso que nos inícios de Julho eu darei por terminado o meu voluntariado de 2 anos. Agora vou para a Madeira no próximo fim de semana desde o dia 24 a 26, vou fazer um workshop e o meu marido uma conferência, tudo sobre museologia e assim quererei continuar a fazer projectos que durem poucos dias.
No dia 10 de Maio vou apresentar o pequeno ópusculo que escrevi sobre o centenário da pastelaria Primavera e a seguir continuo com a investigação do livro sobre os Bombeiros Voluntários de Carcavelos que tem de estar pronto em 2011, este é um projecto que me está a dar prazer.
O meu gosto pelo artesanto e trabalhos de mãos cada vez me interessam mais. As mantas que fiz são mais do que muitas e os bordados também, os meus filhos têm sido os principais beneficiados, mas o meu interesse vai mais longe e abrange o prazer da investigação das artes manuais e artesanto do meu país e o mundo inteiro se assim se pode dizer. Gosto de lãs, bordados, tapeçarias, papier maché e olaria.
O tempo no entanto passa e eu quero-o aproveitar ao máximo, mas ainda estou muito ocupada com as tais rotinas que detesto, quero ter tempo para ler e ver cinema que eu adoro, agora mais em casa, desenhar e pintar e estar com os meus netos principalmente a realizar projectos com eles, mostrar-lhes lugares, imagens que fizeram parte da minha vida.
terça-feira, 14 de abril de 2009
A Áustria foi um país surpresa para mim
Visitar a Áustria excedeu as minhas expectativas sem sombra de dúvida, além de ter sido capital de um grande império, onde ainda hoje esses vestígios existem, é um país que foi bombardeado na 2ª. guerra mundial e se reconstruiu com coragem.
No passado foi senhor de um grande império que abarcava uma percentagem muito elevada de países europeus e ficou com a 1ª. guerra mundial reduzida ao território da Áustria, com oito milhões e quinhentos mil habitantes, mais pequeno do que o nosso.
Tudo na Áustria é ordenado, urbanisticamente correcto. Viena tem um terço de verde, os edifícios em todo o país e eu atravessei-o não excedem cinco andares.
Por outro lado tem uma história notável: a imperatriz Maria Teresa de Áustria, grande amante da arte e da música, Mozart tocou na sua corte, reuniu uma colecção do melhor que há na Europa, criando museus e protegendo artistas. Ela que teve dezasseis filhos, amamentou-os a todos e como esteve uma vida inteira grávida recebia no pós parto os membros da corte, para tratar de negócios numa cama de trabalho. Achei o máximo.
Mas a Áustria é a terra de Mozart, Bruegel, Mahler, Haydn e Klimt entre outros. Tentei fazer um relatório com imagens tiradas por mim e outras tiradas da net para poder transmitir o maravilhoso que foi viajar por este país.
Mas o que mais me emocionou foi visitar em Salzburgo a casa desse grande mons
tro que é Mozart. A pobreza, as viagens que ele fez, sem condições de toda a ordem, o que ele suportou. Um génio.
«Johann Chrysostom Wolfgang Amadeus Mozart; 27 de Janeiro de 1756 – 5 de Dezembro de 1791)[2], foi um compositor prolífico e influente do período clássico, autor de mais de 600 obras - muitas tidas como referências da música sinfônica, concertante, operática, coral, pianística e de câmara - e um dos compositores de música clássica mais populares de todos os tempos.
Mozart mostrou uma habilidade prodigiosa desde sua infância em Salzburgo. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza da Europa; aos dezessete anos foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém sua inquietação o fez viajar em busca de um novo cargo, sempre compondo profusivamente. Ao visitar Viena em 1781 foi afastado de seu cargo em Salzburgo, e optou por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos na cidade produziram algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidas, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura foram assunto de diversas histórias e lendas; deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos.
A imponente catedral. Tudo sempre em obras de manutenção.