Um blogue intimista mas ao mesmo tempo aberto para os outros. Um blogue de reflexão sobre o mundo que me rodeia. Falar sobre este país e estas pessoas, falar de museus, bibliotecas, cinema, literatura, dança, teatro, política e sociedade. Enfim um blogue que desejo vivido.
domingo, 19 de julho de 2009
Adeus, adeus que eu vou dez dias para as terras dos Romanov
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Hoje fui fazer um corte de cabelo fantástico e já estou a preparar as camas para os novos hóspedes
Ontem estive em Abrantes
quarta-feira, 15 de julho de 2009
A minha neta nasceu às 10h e 22m
Nas tuas mãos um papel
Pode ser de mil cores
Um soldado sem quartel
Ou um jardim com flores
Um avião que não pousa
Uma bala que não mata
Um cavalo sem arreata
Que não conhece senhor
Um irmão com quem tu brincas
À apanha, e ao pião
Um pão quente que tu trincas
Como só se trinca o pão
Pai que te faz companhia
Nos teus sonhos sempre belos
Uma mãe quente e macia
E que te afaga os cabelos
Tudo quanto a vista alcança
E possas imaginar
Que só tu doce criança
Consegues reinventar.
Mário Margaride
Logo à tarde já tenho uma neta novinha em folha...
terça-feira, 14 de julho de 2009
Adormecer com....
Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Este texto é fotográfico
Ele está ali. Camisa branca. Calças azuis. Um saco na mão esquerda. A esperança em todo o corpo, a ilusão de um dia melhor, de um futuro diferente, de uma China tolerante. Ele está ali. Sozinho e destemido. Quatro tanques à sua frente. A carne contra o metal. Os ossos contra o aço. A coragem contra a força. A determinação contra a incerteza. A vida contra a morte.
Ele está ali, por pouco tempo, mas tempo suficiente para fazer tremer um regime. Tempo suficiente para o tanque militar que o ameaça começar a guinar, virar para a esquerda e para a direita, qual barata tonta sem saber o que fazer. Um homem em Tiananmen, há precisamente 20 anos, que se assinalam amanhã, quinta-feira, 4, um pouco por todo o mundo.
Como todas as imagens, o homem do tanque é alguém que extravasa a sua origem. Já não é só o chinês que luta por uma convicção, que esquece o seu eu e se entrega à Humanidade – são ambíguas as informações que se tem dele, embora se julgue que foi torturado e assassinado poucos dias depois. É daqueles que representam a insubmissão do indivíduo à máquina, ao poder, aos interesses superiores, à intolerância, à crise.
Passados 20 anos, que amanhã se recordam, quem sabe para esquecer poucos dias depois, é irónico ver neste chinês, de camisa branca, calças azuis, humilde e convicto, a representação dos milhares de desempregados que a crise – de dúbios contornos, causas pouco esclarecidas e responsáveis por identificar – atirou para a frente do tanque. Para a corrente do blindado que esmaga quotidianos e rouba esperanças. Porque nessas casas e nessas desgraças não há fotógrafo, nem You Tube para os salvar. Estão votados ao silêncio como o homem do tanque esteve mais tarde, na cela que provavelmente antecedeu o cadafalso.
As imagens são isso mesmo: símbolos. Alarmes para uma realidade que nos é vizinha. Mas símbolos como estes não se encontram nos museus. Fazem parte da arena do dia-a-dia, onde nem todos os tanques – como este, há precisamente 20 anos, em Tiananmen – evitam a morte de uma pessoa.
Publicada por Luís Ricardo Duarte
sábado, 11 de julho de 2009
Afinal faltava o bolo
Mais um livro com texto meu editado
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Ajude a salvar o planeta terra
quarta-feira, 8 de julho de 2009
As assimetrias no mundo
terça-feira, 7 de julho de 2009
Hoje foi um bom dia
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Ao olhar estas fotografias antigas...
No outro dia ao entrevistar um trabalhador do melão, tentando perceber as dificéis condições de trabalho dos seus pais e avós no plantio do melão, ele disse-me «o meu pai trabalhava de sol a sol e os filhos nas férias da escola primária também, e eu não me podia enganar porque por cada engano ele dava-me uma tareia com aquilo que tivesse à mão, mas só me batia de vez em quando, mas a minha mãe minha senhora era tão violenta, batia-me todos os dias com colheres de pau e a toda a hora, por isso sofro tanto da coluna, ela apanhava do meu pai que bebia e vingava-se em nós.»
domingo, 5 de julho de 2009
E lá findaram os almoços de anos
Ontem tive mais um daqueles almoços
sábado, 4 de julho de 2009
Eu às vezes sinto-me assim: amar com paixão o meu país e outras querer partir, por isso necessito todos os anos sair...
O meu país sabe as amoras bravas |