Um blogue intimista mas ao mesmo tempo aberto para os outros. Um blogue de reflexão sobre o mundo que me rodeia. Falar sobre este país e estas pessoas, falar de museus, bibliotecas, cinema, literatura, dança, teatro, política e sociedade. Enfim um blogue que desejo vivido.
sábado, 31 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Notícias para o próximo ano
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terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
O meu Natal....
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
A todos...
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Começaram os almoços e lanches de fraternidade....
Hoje vou outra vez à fisioterapia e amanhã ida ao hospital com a minha sogra e quinta e sexta-feira tomar conta das minhas netas, depois começar a preparar o Natal. Vou fazer alguns doces natalícios, não vou comprar nada feito. Farei o meu bacalhau à cozinha velha e talvez um lombo para os que comem carne.
Eu estou na reta final para ser vegan e deixar de ser vegetariana como sou hoje comendo ainda alguns produtos derivados de animais, a partir do dia 1 de Janeiro vou deixar tudo isso e vou excluir da minha dieta carnes, gelatina, lacticínios, ovos, mel e quaisquer alimentos de origem animal. Vou consumir basicamente cereais, frutas, legumes, vegetais, hortaliças, algas, cogumelos e qualquer produto, industrializado ou não, desde que não contenha nenhum ingrediente de origem animal.
Muito importante diferenciar a ideologia vegana da dieta vegetariana. Veganismo não é dieta, mas sim uma ideologia baseada nos direitos animais, que obviamente pressupõe uma alimentação estritamente vegetariana.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Acordar com um excerto de uma poesia tão actual nos dias de hoje: autor Vinicius de Morais
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.(...)
domingo, 18 de dezembro de 2011
Esqueci-me de acrescentar...
Um fim de semana agradável
sábado, 17 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Adormecer com Virgílio Ferreira
O problema da liberdade foi o que sempre mais me preocupou. Tento pôr ordem nas minhas ideias, mas não é fácil. Fui da esquerda e mesmo da sua direita (porque a direita da esquerda é a mais esquerda, como a direita da direita, a mais direita). Fui-o porque ela era a favor da liberdade humana e se parecia que era contra a liberdade humana, era só por defender a liberdade humana. Hoje sou contra a defesa da liberdade humana, porque sou a favor da liberdade humana. Esquerdas e direitas dizem-me que se eu sou contra a defesa da liberdade humana, por ser a favor da liberdade humana, sou realmente contra a liberdade humana e estou por isso fazendo o jogo de uns ou de outros, consoante aqueles que me acusam.
Ah, por favor, não me peçam explicações - sou homem, não sou político. Defendo a liberdade porque sou pela liberdade e por isso não devo defender a liberdade, porque para defender a liberdade teria de atacar a liberdade, o que me obrigaria então a defendê-la por ser a favor dela - merda! Sou pela liberdade, sou contra a opressão, e isto é simples, é humano, é evidente - disse! E não me chateiem mais.
Vergílio Ferreira, in 'Estrela Polar'
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Depois de...
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Hoje vou começar com a fisioterapia...
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
A pilha da máquina foi abaixo, volto a colocar o resto mais logo
Tenho-me esquecido de dar notícias...
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Quando vejo as reformas e as assimetrias entre ricos e pobres que existem no nosso país, penso naquele ditado popular...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
E não sou só eu a falar
Ando muito azeda
E agora dou a palavra a Frei Fernando Ventura
Natal com menos... Natal melhor
"Ser hoje luz num tempo de sombras, parece ser o “destino” de cada um de nós no tempo que passa, num tempo que passa e que dói, que dói esta dor funda da impotência, da impotência diante dos gigantes das sombras que se agigantam e que parecem querer tomar de assalto tudo o que mexe, tudo o que respira e tudo o que sonha.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
O mundo, o país e cada um de nós, vive tempos de esperança e de mudança, em que o novo surge como a nova fronteira a conquistar, mas onde o medo e os medos teimam em formar barreira diante dos olhos, destes olhos feitos para ver a luz, feitos para encarar o medo, feitos para não terem de ver o sol só refletido nos charcos.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
Se calhar, a maior conquista do tempo do medo que passa, foi precisamente esta de nos ter tirado a capacidade de ousar levantar a cabeça, de ousar olhar para além do imediato do já, em direção ao menos “imediato” do ainda não, mas que está e vive em tensão de devir, de futuro, de projeção para diante, num diante que encontra a utopia e faz dela o sonho, um sonho que vence o medo, um sonho que se abre à luz.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
É por aqui que passa o segredo, este segredo que invejosamente levamos dentro sem partilhar, que envergonhada e pudicamente escondemos e que não conseguimos dar à luz e que nos faz gemer, gemer as dores do parto que tarda, gritar o grito das vozes caladas.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
E no entanto, a gravidez do tempo existe, as dores do parto afligem-nos, o nascimento tarda em acontecer, e o meu povo sofre, e a minha gente grita, o grito surdo que a voz rouca não é capaz de calar, mas que o medo embota, e que o desespero não deixa encontrar a paz.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
Neste tempo de vozes que gritam, que gritam a esperança que não é, que gritam promessas que não são, que esboçam sorrisos que são só esgares, eu paro e pasmo, qual basbaque embrutecido diante do palácio da ignomínia alcandorado em conto de fadas, das mil e uma noites de uma aurora boreal que é só ilusão e nada, de um nada que teima em ser e de um ser que já não é.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
E eu caminho, oh sim, caminho ao mesmo tempo em direção ao nada e ao ser, em direção ao outro e a mim, em direção ao nada e ao tudo, deixando para trás o passado que já foi, indo ao encontro do futuro que parece tardar em vir, no presente que cada vez que se deixa tocar no futuro que se torna passado, porque afinal, não existe.
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
E é aqui que começa a minha “crise”, a crise de saber quem sou, onde estou, como estou, quem serei, como serei, onde estarei, como estarei! E é aqui que me dou conta de mim, da minha pequenez de ser, mas de um ser que é, de um ser chamado à existência nesse espaço virtual entre o já e o ainda não, entre o abismo do tudo e a profundidade do nada, num silêncio às vezes só habitado por fantasmas e por vozes, onde a minha se confunde, mas não deixa de existir e de falar. E de dizer NATAL!
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!
Fantasmas e vozes de mim, deste ser que me habita e que eu procuro, deste ser que é e que é eternidade, uma eternidade que é já, que é este hoje do meu ser, que é ao mesmo tempo nada e tudo, porque sou eu, em relação comigo, em sorrisos e lágrimas, em alegrias e desesperos, em sonhos e fantasias, em “nadas” e em “tudos” que me habitam, que me “moram” onde eu moro, seja onde for, porque o meu “eu” não tem “lugar”, é, simplesmente, e pronto, comigo, em mim e para além de mim, porque infinito, porque eterno, porque tudo e porque nada, porque é, ao mesmo simultaneamente eternidade e tempo, imanência e transcendência, limite e infinito, kairós e eskaton, já e ainda não
Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!"
FELIZ NATAL!