Um blogue intimista mas ao mesmo tempo aberto para os outros. Um blogue de reflexão sobre o mundo que me rodeia. Falar sobre este país e estas pessoas, falar de museus, bibliotecas, cinema, literatura, dança, teatro, política e sociedade. Enfim um blogue que desejo vivido.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
É bom estar no Ribatejo e saber que temos amigos e amigas, antigos companheiros ou companheiras de faculdade, alunos e alunas,formandos e formandas por esse país fora, que nos querem bem. Nesta região entre o Oeste e o Ribatejo temos vários. De outras vezes já fomos lanchar com uns amigos à Lourinhã, almoçar com utros a Salir do Porto e hoje vamos ao Bombarral almoçar. Terminamos a ano muito bem. A partir do dia 2 reprogramar a vida. O que será 2013 para nós? O que trará de horrível, que esperança haverá? Que luta poderemos todos e todas fazer para travar esta exploração incrível que este governo está a exercer sobre nós. Temos de nos preparar. Esta noite além de comermos as passas e embrenhar no turbilhão da festa, para alguns é também um momento para pensar na reprogramação da nossa vida, face ao que nos espera e não baixar os braços perante a exploração. Penso no meu neto e netas, filhas e filhos, nora e genro. Que futuro?
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
domingo, 30 de dezembro de 2012
Foto:Educação como prática da liberdade
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”
Carlos Drummond de Andrade
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 29 de dezembro de 2012
Copiado de Pensador.inf.
Não pedi coisas demais para não confundir Deus que à meia-noite de ano novo está tão ocupado. Clarice Lispector
Retirado de Pensador. info.
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carls Drummond de Andrade
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Um estudo alemão revela que expressar os sentimentos negativos aumenta, em pelo menos dois anos, a esperança média de vida.
A investigação envolveu mais de seis mil pessoas e conclui que reprimir as emoções acelera a pulsação e a transpiração o que aumenta as probabilidades de hipertensão, doenças cardiovasculares, cancro ou problemas nos rins.
A necessidade de controlo e o comportamento defensivo são os principais fatores que levam algumas pessoas a reprimir o que sentem, explicam os cientistas Marcus Mund e Kristen Mitte ao jornal britânico Daily Mail.
Por outro lado, quem diz o que pensa, e é conhecido por ter mau feitio, corre menos riscos, de acordo com os investigadores.
O estudo foi publicado na Revista da Sociedade Americana de Psicologia.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Oh que noite de Natal tão boa, com muita gargalhada e tudo muito caseiro. Neto e netas a vibrarem com as prendas e adultos a jogarem jogos de infância enquanto se esperava a hora ideal para entregar as prendas. Hoje os flhos e filhas vão para outras famílias e eu vou para casa dos meus cunhados onde está a minha sogra. Amanhã ainda há lanches de natal com uma amiga ou outra. Como já devem ter reparado eu não gosto de colocar aqui fotos de crianças identificáveis, e além disso roubaram a minha máquina e sé dentro em breve é que vou postar alguma produção minha.
A partir de 27 estou no Ribatejo
PALAVRAS DE XISTO
Serra da Lousã, plena aldeia do Candal, silêncios turpidantes, tudo se vive, tudo é natural. Coloca-se na terra molhada, acabada de regar pelos deuses, o segredo da felicidade, aquela que não dá vida mas nos faz sentir vivos, que contraria a partida, dá força para continuar, sorrindo, esta subida. Vidas duras, douradas, aquelas que se desenham em pedras de xisto, amor-história, mil estórias, sentidos apurados pelo ar que rareia onde abunda gente, sabores, ai estes sabores, paladares que ressaltam da alma, perfume de mulher, força de homem, ternura de criança. Segredos que enterramos nesta terra molhada, solo de onde saíram estas pedras sagradas que dão nome a tão maravilhosas aldeias. Lugares apaixonantes que desterramos nestas palavras de xisto.
Foto: Casa Cimeira (Turismo Rural)
Texto: Paulo Costa
domingo, 23 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
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