Um blogue intimista mas ao mesmo tempo aberto para os outros. Um blogue de reflexão sobre o mundo que me rodeia. Falar sobre este país e estas pessoas, falar de museus, bibliotecas, cinema, literatura, dança, teatro, política e sociedade. Enfim um blogue que desejo vivido.
terça-feira, 31 de maio de 2011
acordar com poesia pois estou pelos cabelos com a política e com quem vem aí...
Amigo luar:
Estou fechado no quarto escuro
e tenho chorado muito.
Quando choro lá fora
ainda posso ver as lágrimas caírem na palma das
minhas mãos e brincar com elas ao orvalho
nas flores pela manhã. Mas aqui é tudo por demais escuro e eu nem sequer tenho duas estrelas nos meus olhos. Lembro-me das noites em que me fazem deitar tão
cedo e te oiço bater, chamar e bater, na fresta
da minha janela.
Pelo muito que te tenho perdido enquanto durmo vem agora, no bico dos pés
para que eles te não sintam lá dentro, brincar comigo aos presos no segredo quando se abre a porta de ferro e a luz diz: bons dias, amigo.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Adormecer com...
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais,
tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.
Eugénio de Andrade, Ofício da Paciência
Sinto que estou a viver num país á batatada e isto afeta-me.
domingo, 29 de maio de 2011
Acordar com Sophia de Mello Breyner
Sonoro, nítido e denso.
E agora o mar o guarda no seu fundo
Silencioso e suspenso.
E um esqueleto branco o capitão,
Branco como as areias,
Tem duas conchas na mão
Tem algas em vez de veias
E uma medusa em vez de coração.
Em seu redor as grutas de mil cores
Tomam formas incertas quase ausentes
E a cor das águas toma a cor das flores
E os animais são mudos, transparentes.
E os corpos espalhados nas areias
Tremem à passagem das sereias,
As sereias leves dos cabelos roxos
Que têm olhos vagos e ausentes
E verdes como os olhos de videntes.
Sophia de Mello Breyner, in Dia do Mar
sábado, 28 de maio de 2011
Adormecer com Miguel Torga
Os filmes para a Comporta estão lindos, lindos, lindos
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Isto é preocupante, muito preocupante.
Comissão de jovens em risco detecta cinco espancamentos de menores todos os dias
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Afinal amigos e amigas aqui justifico porque já não vou votar no Movimento do Partido da Terra. Escolhi outro, pequenino mas bom.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
terça-feira, 24 de maio de 2011
Finalmente decidi, vou votar no Partido da Terra.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Por mais que os pais se esforcem, raramente conseguem influenciar os filhos nas amizades. Os amigos deles são apenas e só eles a escolherem, pelo menos quando crianças. Nós bem que podemos impingir- -lhes os filhos dos nossos amigos, como quem enfia um prato de sopa pela goela abaixo de uma criança, ou podemos tentar obrigá-los a darem-se com os melhores alunos da turma que não vale a pena. Não vale o esforço.
As crianças é que escolhem os seus próprios amigos e escolhem todo o tipo de companhias: criancinhas insuportáveis, suportáveis e fantásticas. Não há como prever. Elas escolhem os amigos por intuição, não respeitam mais nenhum critério: ou gostam de brincar com a outra criança ou não gostam. É simples. Não querem saber de mais nada. Não perdem tempo com futilidades que só os adultos conseguem distinguir. Uma criança gosta do menino do lado, ou da menina da frente, se cria empatia, se desenvolve interesses em comum que até podem ser invisíveis aos nossos olhos, elas respeitam-se e criam laços que duram uma vida inteira. Não há nada a fazer contra isso. Quando a escolha das amizades obedece a preceitos ou a condições que não sejam apenas essas, como a empatia ou o gosto, quer dizer que os meninos já não são crianças. Quer dizer que acabou a idade da inocência e entrou a idade da aparência. É o primeiro sinal da adolescência.
As crianças, quer os pais gostem ou não, gostam verdadeiramente dos amigos. Gostam tanto dos amigos que conseguem passar tardes inteiras a brincar sem abrir a boca. Elas não conversam, brincam umas com as outras. Os pais não entram neste capítulo.
domingo, 22 de maio de 2011
Ontem voltei a Cascais
sexta-feira, 20 de maio de 2011
DÓ, RÉ, MI, PERLIMPIMPIM
Hora | Sábado, 21 de Maio · 11:00 - 11:30 |
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Local | Auditório do Centro Cultural de Cascais Av.ª Rei Humberto II de Itália, S/N |
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Mais informação | Musica e Dança vão desenrolar um diálogo mágico através do som de um vibraphone e dos movimentos suaves e curiosos de uma bailarina. A descoberta dos sons e da melodia harmoniosa deste instrumento passará também pela descoberta das quatro estações, das cores e das diferentes sensações que provocam nos sentidos do bebé. Estímulos constantes numa viagem pelas artes! Composição original inédita de Mário Franco Concepção artística e coreografia de Solange Melo e Fernando Duarte Elenco: Catarina Grilo - bailarina Rui Silva - vibraphone Informações e reservas: 914 747 493 ou palcoparalelo@gmail.com Preços: 1 adulto c/ 1 bebé - € 10 2º adulto - € 5 2º bebé - € 2,50 HORÁRIO DAS SESSÕES: 11H | 17H http://palcoparalelo.weebl COM O APOIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CASCAIS ------------------------ |