sexta-feira, 18 de junho de 2010

Peço desculpa dos meus atrasos mas tenho estado muito ocupada. Volto mais tarde para contar da minha maravilhosa viagem ao norte


Hoje venho aqui não para contar a minha maravilhosa viagem ao norte, isso fica para amanhã, mas para falar da morte de José Saramago. Morreu o nosso Prémio Nobel, o homem que levou o nome de Portugal além fronteiras, nas letras e na cultura, um homem também de causas, goste-se delas ou não. Morreu um grande vulto da cultura portuguesa. Eu fiquei encantada com o Memorial do Convento quando o comecei a ler e depois seguiram-se outros tantos que adorei; OAno da Morte de Ricardo Reis, Levantado do Chão e o magnífico Ensaio sobre a Cegueira. As suas obras podiam-se ler em qualquer parte do mundo, porque a linguagem era universal na abordagem dos problemas.
Enfim ficámos mais pobres.
«Nos últimos anos, o trabalho de Saramago passava por uma grande reflexão sobre os dilemas do Homem, esforço intelectual que o escritor considerava estar em desuso, como disse numa entrevista ao Expresso, a 11 de Outubro de 2008.

"Creio que falta filosofia à sociedade actual. Filosofia enquanto espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objectivo concreto, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, necessitamos do trabalho que é pensar e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma", excerto que está patente na abertura do seu blogue "Outros Cadernos de Saramago".»

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