Eu sou sexagenária e ninguém me faz parar/se eu não andar bem, uma bengala vou pegar/mas ficar em casa não é para mim não/se tenho um sonho e depois uma desilusão/pego logo em mim e faço a reconversão/de tristezas e danos está o mundo repleto/mas protestar sempre é o meu hobbie predilecto/eu sou muito eclética, eléctrica, energética e nunca desisto/gosto do Che, de Marx e de Jesus Cristo/gosto dos bros e dos mano a valer/mas gosto muito dos meus filho que são razão do meu viver/gosto do mar e de uma boa estratégia/só não passeio no pinhal, porque tenho rinite alérgica/vou ao ginásio fazer pilates e Yoga/sou sexagenária mas ando em tudo que está em voga/gosto de chá, de filmes, de livros e do mais que há/tenho sonhos capitalistas de viver como um marajá/mas nesse sonho vem sempre ao de cima o mano Che/que sem nenhum pudor dá na cabeça do dominador/esta dualidade é a que eu sou/percebes bro/é uma grande confusão/gosto de boa vida e de uma boa revolução/ao menos sou sincera, digo tudo de mim/uma sexagenária tem o direito de ser assim/o velhote que etá aqui ao meu lado/está também a ficar muito reanimado e ginasticado/não quer outra coisa senão a passadeira/oh meu deus que caturreira/vivam os sexagenários/viva a minha geração/ se não tivessemos sido hippies não havia revolução com til/o vinte e cinco de Abril/adeus camarada, adeus meus irmão/gosto de me sentir com hoje estou/cácáô
2 comentários:
Adorei este texto! Digno de figurar
numa boa antologia.
OXE mana, ganda moca de sound.dama tá bué da nice,...yo,peace bro. Acho que é mais ou menos assim que os meus manos falam. Está fantástico
Jorge
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