quarta-feira, 30 de junho de 2010

Adormecer com Florbela Espanca

Nostalgia
Nesse País de lenda, que me encanta,
Ficaram meus brocados, que despi,
E as jóias que plas aias reparti
Como outras rosas de Rainha Santa! 
Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta!
Foi por lá que as semeei e que as perdi...
Mostrem-me esse País onde eu nasci! 
Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta!
Ó meu País de sonho e de ansiedade,
Não sei se esta quimera que me assombra,
É feita de mentira ou de verdade! 
Quero voltar! Não sei por onde vim...
Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra
Por entre tanta sombra igual a mim!                              Florbela Espanca

Eduardo um guarda-redes com um coração português.

Fiquei a gostar imenso deste jogador, o Eduardo guarda-redes da Sporting de Braga. Ele lutou pela camisola e pelo seu país. O Cristiano Ronaldo ainda é criança. Hoje o Mourinho segundo os jornais veio defender o pequeno e disse «deixem-no gozar as férias que quando voltar eu não deixarei que carregue com a equipa toda», foi mais ou menos q que ele disse, mas o que está nas entrelinhas segundo a minha opinião é que quando ele voltar tem que estar direitinho, porque special one há só um cujo nome é Mourinho. Vão ver.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O jogo está a terminar e nós estamos a perder


O jogo está a terminar e nós estamos a perder. A esperança dos portugueses acaba. Eu não consigo ver o jogo pois apodera-se de mim um nervoso tal que não sou capaz de estar defronte da televisão, é assim também com os jogos em que entra o Benfica. Não sei porque será mas o que é certo é que não sou capaz.
Tenho pena que nuestros hermanos não vão para casa e somos nós a voltar. Pronto é mais uma derrota mas a vida continua. Navegadores vocês lutaram e por isso merecem os nossos aplausos. É preciso saber perder para saber ganhar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Adormecer com José Saramago

Intimidade  No coração da mina mais secreta, No interior do fruto mais distante, Na vibração da nota mais discreta, No búzio mais convolto e ressoante,  Na camada mais densa da pintura, Na veia que no corpo mais nos sonde, Na palavra que diga mais brandura, Na raiz que mais desce, mais esconde,  No silêncio mais fundo desta pausa, Em que a vida se fez perenidade, Procuro a tua mão, decifro a causa De querer e não crer, final, intimidade.                       José Saramago

domingo, 27 de junho de 2010

Ontem foi um sucesso


Ontem em Alcobaça a coreografia do meu filho mais novo foi um sucesso. Tendo como conceito «Contos dançados», dois coreógrafos estrangeiros e um português coreografaram três contos para a CêDêCê, calhou ao meu pequeno (os filhos e filhas ainda são para mim os meus pequenos e as minhas pequenas) um conto/lenda português. Ele escolheu a Padeira de Aljubarrota e chamou ao bailado «O Pão de Brites», digo-vos que estava lindo e os figurinos da minha nora também. A narrativa desenrolou-se com solos, bailados de conjunto e pas-de-deux tudo em técnica de modern dance. Adorei. Acho que ele tem feito uma evolução fantástica desde o último bailado sobre as Fábulas de La Fontaine, em que ele coreografou «O corvo e a Raposa». Os bailados estão a correr o país e eu estou muito orgulhosa.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Portugal já passsou


Estou a gostar da equipa e dos nossos rapazes. Também gosto do treinador, principalmente quando ele começou a esbracejar e a gritar e a mexer-se de um lado para o outro. É um homem português com emoções. Tanto mal disseram, mas passou já aos oitavos. Nós portugueses não acreditamos uns nos outros nos momentos em que é preciso acreditar e mostrar confiança e esperança. Eu acredito que «nuestros hermanos vão para sua casita na terça feira».

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A primeira ida ao palco da minha princesinha: a festa de fim de ano do colégio e a apresentação da aula de ballet


Foi emocionante ver a minha querida netinha na sua primeira apresentação em palco. Foi a aula de ballet de final de ano. Todas estavam nervosas e só queriam dizer adeus aos pais e irmãos, avós, tios e restantes familiares. É assim que se socializam, é assim que aprendem. Foi tão bom ver a minha neta a crescer por dentro e por fora.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Uma pequena maravilha: a aldeia da Luz.


No sábado passado fui com amigos da Universidade visitar a aldeia da Luz, essa aldeia que ficou submersa e foi construída tal como ela era por causa da barragem do Alqueva. A aldeia é branca e silenciosa, como são as aldeias do Alentejo mas na realidade é uma réplica e como é viver nessa réplica? Os habitantes esses gostavam mais da outra, pois as suas casas foram construídas com o suor do seu rosto e com as mãos da família.
Esta visita foi também mais uma homenagem ao grande Benjamim Pereira que estava presente e que merece o reconhecimento do povo português pelo estudo, levantamento e publicações da nossa etnografia portuguesa nos mais variados aspectos (ver vídeos no youtube), último representante da equipa dirigida por Jorge Dias que fundou o Centro de Estudos de Etnologia, o Centro de Antropologia Cultural e Social e o actual Museu Nacional de Etnologia.
Ele programou o Museu da Luz, um edifício muito bonito (Pedro Pacheco e Marie Clément venceram o Prémio Internacional de Arquitectura de Pedra com o Cemitério, a Igreja e o Museu da Aldeia da Luz, em Mourão. Este prémio pretende reconhecer os projectos internacionais mais relevantes pelo seu significado arquitectónico e pela qualidade técnica ligada ao uso dos materiais.Para esta dupla, o Prémio Internacional de Arquitectura de Pedra vem juntar-se a outros dois, igualmente significativos:
Prémio Europeu de Arquitectura Luigi Consenza 2004 (Nápoles, Itália) e Prémio Menhir (Bilbau, Espanha) e com uma colecção recolhida por ele junto dos habitantes da terra para que o museu fosse um lugar de memória.
A Catarina Mourão e a Catarina Alves Costa passaram um filme que elas realizaram de homenagem ao Benjamim. Eu adoro os documentários que a Catarina Mourão realiza, ela vai ser a grande documentarista do século XXI, só comparada ao António Campos se bem que em épocas diferentes. Quem já viu «A Dama de Chandor», «Desassossego», «A minha aldeia já não mora aqui» e este último «Pelas sombras» de Lourdes de Castro, concordará com esta opinião «à semelhança de outros trabalhos anteriores - Pelas sombras está, segundo adianta, na "continuidade" nomeadamente dos seus filmes Desassossego e A Dama de Chandor -, Catarina Mourão, uma cineasta que também não pára de surpreender-nos pela virtuosa harmonia do seu cinema, parte justamente do quotidiano e do presente para retratar a artista, que se sabe aliás timidamente avessa a retratos e entrevistas. Foi por isso necessário ganhar-lhe a confiança. E assim foi. De resto, tiveram tempo.
Há mais de dez anos que Catarina conhecia Lourdes de Castro e a sua vontade de a filmar. Porque admirava a sua obra, tal como a sua inteligência e humor. Pelas sombras revela esses traços da artista e muito mais. De certa maneira, é também um filme "ecológico" de que não está ausente uma dimensão existencial e filosófica. Mas foi longo o "caminho": "Houve momentos em que senti que ainda não tinha uma ideia clara do que este filme ia ser, ele foi tomando forma na rodagem e depois mais tarde na montagem e lembro-me de perguntar à Lourdes se ela conseguia perceber o que eu estava a fazer a partir das cenas que ia filmando", recorda a cineasta. "Ela respondeu-me que nesse momento parecia-lhe que eu tinha uma data de post its uns em cima dos outros e que ainda não havia um fio condutor... mas que eu havia de o encontrar". Não se enganava. Era uma questão de tempo. E se há coisa que Catarina Mourão aprendeu com Lourdes de Castro foi a não ter pressa. »
O almoço foi encantador: gaspacho e joaquinzinhos fritos com pão e muitas outras iguarias alentejanas. Fiquei-me pelo gaspacho e três carapaus, à tarde numa taberna três homens com vozes maravilhosas cantaram para os que ficaram em terra. Uma parte do grupo foi andar de veleiro por cima da aldeia submersa, confesso que impressionou a ideia e não fui, não, a aldeia lá no fundo não me atraiu, preferi as lindas vozes alentejanas. «Trás, trás, oliveiras, olivais, pintassilgos, rouxinóis, caracóis e bichos móis......

terça-feira, 22 de junho de 2010

Amanhã trago notícias de outra linda viagem: a aldeia da Luz e o seu museu e a homenagem ao querido Benjamim Pereira.

Viagem a Famalicão e Fafe













Fiquei muito emocionada com a visita que fiz à Casa-Museu de Camilo Castelo Branco. Senti nela a ambiência austera camiliana. Este homem de infância infeliz e amores desmesurados foi um grande escritor, um escritor por vezes à força. Em quarenta amos de escrita, entre romances e jornais se fizermos uma média escreveu 4 páginas por dia. Suicidou-se numa cadeira na sala após ter percebido que não voltava a ver. Teve uma morte camiliana. A nossa visita começou assim em S.Miguel de Ceide ou Seide. A seguir fomos às Antas ver a bela igrejinha românica, uma beleza, muito diferente das que temos visto. Depois de almoço fomos ao Museu do Surrealismo, uma fundação deixada por Cupertino de Miranda, do antigo BPA. Uma torre com imensas obras dos maiores expoentes deste movimento dos anos quarenta e cinquenta. Gostei muito dos objectos que trouxeram do quarto de Mário Cesariny, aliás era uma presença assídua do museu e doou-lhe toda a sua obra. Na fachada grandes obras em azulejo de Cruzeiro Seixas, outra figura maior do surrealismo português, depois foi a vez de visitarmos o recente museu de Bernardim Machado, o homem, o político, o pedagogo, o defensor da igualdade entre homens e mulheres. O museu encontra-se instalado na antiga casa do Barão da Trovisqueira, um torna-viagem, sim porque nós andámos por terra dos torna-viagem brasileiros, os que emigraram para o Brasil e entre milhares que foram, um voltava rico, foi o caso deste Barão, amigo do Camilo. A verdadeira casa de Bernardim Machado comprou-a o BCP, paciência, esta onde está instalado o museu é muito bonita, principalmente a sua escadaria e os estuques que adornam os tectos. Gostei muito mas achei talvez painel a mais, da presença do Bernardim não senti muito. Numa casa-museu deve-se sentir a ambiência daquele de quem se quer contar uma história. Senti a mesma emoção que senti na casa do Camilo, quando visitei a Casa Mozart, já não senti o mesmo em Tormes na casa de Eça, nem em Bona na Casa de Bethoven. Sensibilidades.
Depois fomos para o hotel em Fafe, muito bom e os restaurantes de Famalicão são do melhor. Andámos pelas terras de Basto, Cabeceiras, Mondi, Celorico, dizem que os primeiros povos adoravam uma deusa que era a Vaca Basti.
Nessa noite discutimos animadamente com o grupo de leitura «A Brasileira de Prazins» do Camilo e foi muito bom.
No dia seguinte em Fafe fizemos com a adorável Isabelinha dos Museus de Fafe e o Fernando António, programador museológico destes museus, uma visita ao Museu das Migrações e das Comunidades e ao Museu da Imprensa e depois fomos andando pelas ruas de Fafe, todas elas com a presença dos Brasileiros que voltaram e fizeram obra, o hospital que é uma cópia do hospital do Rio de Janeiro, o Jardim do Calvário, os retratos dos benfeitores na Santa Casa da Misericórdia, o Cine-Teatro ao estilo arte nova dos inícios do século XX e as casas, as inúmeras casas de Brasileiros. Terminámos a visita indo ver a igreja românica de Arões, ainda mais bonita que a das Antas. Que maravilha é este nosso Portugal.
Eramos para ir a Pedraído, ver o trabalho do linho mas desde Janeiro que dez velhotas que o trabalhavam morreram e a arte vai morrer com elas. O Estado onde está para preservar esta identidade?
Tenho de sair, mais logo ponho as fotos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Peço desculpa dos meus atrasos mas tenho estado muito ocupada. Volto mais tarde para contar da minha maravilhosa viagem ao norte


Hoje venho aqui não para contar a minha maravilhosa viagem ao norte, isso fica para amanhã, mas para falar da morte de José Saramago. Morreu o nosso Prémio Nobel, o homem que levou o nome de Portugal além fronteiras, nas letras e na cultura, um homem também de causas, goste-se delas ou não. Morreu um grande vulto da cultura portuguesa. Eu fiquei encantada com o Memorial do Convento quando o comecei a ler e depois seguiram-se outros tantos que adorei; OAno da Morte de Ricardo Reis, Levantado do Chão e o magnífico Ensaio sobre a Cegueira. As suas obras podiam-se ler em qualquer parte do mundo, porque a linguagem era universal na abordagem dos problemas.
Enfim ficámos mais pobres.
«Nos últimos anos, o trabalho de Saramago passava por uma grande reflexão sobre os dilemas do Homem, esforço intelectual que o escritor considerava estar em desuso, como disse numa entrevista ao Expresso, a 11 de Outubro de 2008.

"Creio que falta filosofia à sociedade actual. Filosofia enquanto espaço, lugar, método de reflexão, que pode não ter um objectivo concreto, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, necessitamos do trabalho que é pensar e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma", excerto que está patente na abertura do seu blogue "Outros Cadernos de Saramago".»

terça-feira, 8 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

Comemorações no jardim. Os anos da Beu.




Ontem foi um dia de comemorações no jardim. Os anos da minha filha mais nova com grandes e pequenos em grande harmonia. O jardim ficou com mais um utensílio, uma pequena tenda que os pequeninos adoram. Ofereceram à Quica o ano passado e este ano tivemos a lembrança de a usar. Foi um sucesso. O melhor que me podem oferecer é estar com a minha família.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

PARABÉNS BEU

Minha querida Cereja com as suas cerejinhas lindas, muitos parabéns minha querida filha. Nasceste no ano do 25 de Abril, a maternidade estava uma confusão e houve uma greve na lavandaria e tu vieste embrulhada em papel, à espera que viessem roupas de casa. Eras a minha princesa de fato de papel. Eu sei que a vida tem para ti grandes desafios e vais ser muito feliz com eles, pois és um coração generoso e uma pessoa linda por dentro e por fora.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A CêDêCê estreia no dia 26 de Junho....

Contos Dançados de 3 Países

Estreia Absoluta no Cine-Teatro de Alcobaça

Sábado, dia 26 de Junho às 21h30

A Interculturalidade pressupõe, antes de mais, o conhecimento de outras Culturas. Este, um dos vectores patentes no percurso da CeDeCe que assim, nesta data apresenta em estreia absoluta ao público do Cistermúsica:

Croácia

Before Dream (antes do sonho)

Coreografia | Stasa Zurovac

Música | Marjan Necak (música inédita)

Um conto inspirado num drama do escritor croata Lada Kartelan acerca do tema balcânico – The Legend about the Cow’s Bell

Portugal

Pão de Brites

Coreografia | Fernando Duarte

Música | W.A. Mozart (Excertos 1º Andamento Allegro con brio da Sinfonia nº 25 | 3º Andamento Adágio da Serenata para sopros | Requiem KV 626 - Introitus e Dies Irae | Ária Dove Sono da ópera "As Bodas de Fígaro" - Elizabeth Schwarzkopf soprano)

Música de origem cigana do séc. XVIII
Elenco

Brites de Almeida | Catarina Correia

Padeira Velha | Joana Puntel

Castelhanos | Patricia Silva . Vanessa Vieira . Rafaela Reis . Luciano Fialho

O dia 14 de Agosto de 1385 amanheceu com os primeiros clamores da batalha de Aljubarrota e Brites não conseguiu resistir ao apelo da sua natureza de mulher dura e de feições ásperas, que enfrentava sem medo qualquer homem. Pegou na primeira arma que achou e juntou-se ao exército português que naquele dia derrotou o invasor castelhano. Chegando a casa cansada mas satisfeita, despertou-a um estranho ruído: dentro do forno estavam sete castelhanos escondidos. Brites pegou na sua pá de padeira…

Canadá

The Inuit God’s (Os deuses Inuit)

Coreografia | Jacques St-Cyr

Música | Tradicional Inuit – voz Tanya Tagaq

Direcção de Cena e Desenho de Luz | António Rodrigues

Elenco |

Sol | Patricia Silva

Mar | Joana Puntel

Vento | Rafaela Reis

Caça | Catarina Correia

Fertilidade | Vanessa Vieira

Tenho como objectivo neste bailado, proporcionar ao público europeu, algo da cultura maravilhosa deste povo, pela sua harmonia com as forças da natureza e os deuses que a representam.

Notícia do Público, valha-nos Deus. Onde é que isto vai parar?




Longe vai o tempo em que não era preciso pagar para entrar no Castelo de São Jorge, em Lisboa. E anteontem entrou em vigor um novo tarifário que representa um aumento de 40 por cento. Em 2004, a entrada custava três euros. Dois anos depois, subiu para cinco euros. Desde a última terça-feira, o acesso a este monumento nacional passou a custar sete euros.

Texto de Inês Boaventura

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Adormecer com notícias preocupantes...

Durante o debate na Assembleia da República sobre as medidas adicionais de consolidação orçamental do Governo, o líder do BE acusou PS e PSD de fazerem "um jogo de passa culpas" sobre o aumento de impostos e ironizou sobre as palavras de Pedro Passos Coelho, considerando-as de "grande curiosidade".

"Pedro Passos Coelho fez ontem uma comunicação ao país, no ambiente efusivo de um debate ao jantar: Vamos apoiar o Governo quando voltar a pedir de mão estendida ao Fundo Monetário Internacional (FMI)", referiu.

Na terça feira, durante um debate no Palácio da Bolsa, no Porto, Passos Coelho, garantiu que "o PSD não tirará o tapete ao país" se a "melhor solução" for recorrer ao Fundo de Emergência Europeu.

"Quer o PSD que o Estado português vá pedir um empréstimo ao plano de austeridade do FMI com a Comissão Europeia (CE), o PSD sugere que a alternativa hoje é Portugal pedir um empréstimo para se comprometer com mais uma série de medidas com as que estão a ser aplicadas noutros países", afirmou, em tom crítico.

O coordenador bloquista considerou esta ideia um "disparate económico, político e um ataque à economia portuguesa".

"É verdadeiramente o quanto pior melhor", resumiu, adiantando que o seu partido "condena" esta possibilidade e que o projeto de resolução do seu partido propõe alternativas.

(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa

Acordar com notícias polémicas.

FASCISMO

Rever a história é "saudosismo fascista"? Projecto escolar abre polémica em Aveiro

por Ana Sá Lopes, Publicado em 21 de Maio de 2010
Alunos vestidos à mocidade portuguesa levou à revolta dos pais na escola básica de Barrocas
As comemorações do centenário da República em Aveiro estão a criar uma estranhíssimapolémica entre pais e professores - e tão estranha que até acabou por chegar ao Parlamento. Isto porque uma representação do Estado Novo, feita por alunos da escola do ensino básico das Barrocas, provocou o escândalo de alguns pais, preocupados por as crianças participarem num projecto escolar vestidos com roupas a simular as fardas da Mocidade Portuguesa. A coisa foi ao ponto do Bloco de Esquerda ter decidido interpelar o Ministério da Educação, chocado com o facto de uma professora "obrigar alunos menores de idade a serem actores num acto laudatório e acrítico de uma página negra da história de Portugal".

A escola, que vai reunir com a Associação de Pais na próxima semana, considera as críticas "caluniosas": "Uma deturpação completa do projecto que 1200 alunos estão a fazer. Isto ofende e revolta", afirma ao i a professora Joaquina da Conceição, responsável pelo projecto. A professora sustenta que "o que se pretende com o projecto é rever 100 anos da História de Portugal, desde o fim da monarquia até à actualidade". Assim, "cada escola tomou a seu cargo uma determinada época" e à escola das Barrocas coube o Estado Novo. "Aquilo que se pretende é que os meninos conheçam a história. Não se pretende defender nada! Não temos ideias fascistas!", afirma Joaquina da Conceição, indignada com o escândalo público. "Não se trata de levar meninos para a rua a defender o Estado Novo! Só quem não conhece a escola é que poderia afirmar uma coisa dessas!", insiste a professora. Apesar de ter conhecimento de mal-estar entre alguns pais, Joaquina da Conceição afirma que a maioria dos pais está a colaborar com o agrupamento de Escolas de Aveiro neste projecto, que também tem o apoio da Câmara e do Governo Civil. Para discutir o problema, já está marcado uma reunião entre o director do agrupamento, prof. Carlos Magalhães e a Associação de Pais.