domingo, 28 de agosto de 2011

Adeus Lisboa. Até já Índia.

Na reta final para a índia, a trindade hindu, a contar de baixo: Brahma,Vishnu; Shiva




O resultado


Emprestei ao meu neto que ainda não tem dois anos e meio uma agenda branca para ele fazer desenhos, só que a agenda era uma edição do Cutileiro com vários desenhos de mulheres a preto e branco e a tinta da china. Ele deve ter observado todas e depois desenhou a sua.

Hoje vou levar a minha Windy para o Canil. Coitada...


Hoje uma amiga minha vai comigo levar a minha Windy para o canil. Vai sentir a nossa falta. Outras amigas vêm cá a casa buscar as chaves para me virem regar as plantas, de casa e da varanda. Tenho aqui fruta para elas em troca destes favores. Fruta lá das quintas do oeste e da estremadura.
Estou mesmo na reta final.

sábado, 27 de agosto de 2011

Rajastão - Os Sentidos da India

A viagem à Índia é o fim de um ciclo. O recomeço é o caminho da paz.

Gary Zukav, em "O Coração da Alma: Consciência Emocional": “Aquilo que acreditamos é baseado no que percebemos, o que percebemos depende do que buscamos, o que buscamos depende do que pensamos, o que pensamos depende do que percebemos, o que percebemos determina no que acreditamos, o que acreditamos determina o que fazemos para que se torne verdade, e o que fazemos para ser verdade é a nossa realidade.

Acordar com: Carlos Paredes e Fernando Alvim - Variações em Ré Maior

Ontem despedi-me das minhas netas e anteontem do meu neto. A partida está cada vez mais perto.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Na reta final para a Índia


Na reta final para a Índia



Se eu sentir fome, haverá esmolas;
se sentir sede, bem, haverá
lagos, riachos e poços;
ruínas de templos para dormir;
e se eu quiser um companheiro,
veja, Tu estás aí,
ó Senhor branco como o jasmim [Shiva]!

Poema da bhakta indiana Akka Mahadevi ou Mahadeviyakka (século XII)
http://home.infionline.net/~ddisse/mahadevi.html

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Na reta final para a Índia

O ódio nunca desaparece, enquanto pensamentos de mágoas forem alimentados na mente. Ele desaparece, tão logo esses pensamentos de mágoa forem esquecidos.
(Sakyamuni).

Já tenho o visto e os bilhetes para a Índia . Cítara Indiana - Alberto Marsicano


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Copiei-a da página da Marta Lowndes e dá para refletir...

‎"Quem não te procura, não sente a tua falta. Quem não sente a tua falta, não gosta de ti. O destino determina quem entra na tua vida, mas tu decides quem fica nela. A verdade dói só uma vez. Há três coisas na vida que nunca mais voltam: as palavras, o tempo, e as oportunidades. Então, valoriza quem te valoriza , e não trates como prioridade quem te trata como opção..."

Adormecer com: Glenn Gould plays Beethoven Symphony No.5 - I Allegro con brio - (1/6)


A vida traça indubitavelmente o rumo de cada pessoa. Nós só temos que estar na paragem.

A vida vai-nos mostrando o caminho que temos de seguir e nós vamos ficando na paragem à espera que o transporte passe. Não são necessárias grandes previsões, a vida esse contínuo desenrolar de acontecimentos vai aparecendo, dia após dia e os nossos objetivos e desejos ficam muitas vezes pelo caminho, porque o transporte é demasiado pequeno para levar tantas esperanças. Mas a vida também tem felizmente outra coisa, a capacidade de regeneração e reprogramação dessa mesma vida e assim há sempre transportes alternativos, temos é de mudar de passe ou somente comprar bilhetes avulso conforme necessitarmos. Chama-se a isto condicionar a mente inserida no quotidiano, de maneira a leva-la à paz, à serenidade, à alegria, à sabedoria e liberdade perfeitas.
«Os budistas acreditam que os nascimentos das pessoas estão associados à consciência proveniente das memórias e do karma de suas vidas passadas. "Karma" é uma palavra em sânscrito que significa "ação, trabalho ou feito". Qualquer ação física, verbal ou mental, realizada com intenção, pode ser chamada de karma. Assim, boas atitudes podem produzir karma positivo, enquanto más atitudes podem resultar em karma negativo. A consciência do karma criado em vidas passadas nem sempre é possível; a alegria ou o sofrimento, o belo ou o feio, a sabedoria ou a ignorância, a riqueza ou a pobreza experimentados nesta vida são, no entanto, determinados pelo karma passado.»
Se isto é assim eu estou a viver a minha vida tendo como pano de fundo o Karma passado, tenho é de o aceitar e seguir em frente e nunca falar desnecessariamente e deixar que sejam as pessoas a tomar as atitudes que acham que devem tomar e que estão de acordo com a sua consciência. Sinto-me bem por estar em paz e finalmente ter conseguido alcançar um nível de equilíbrio mental que há muito desejava, agora falta-me sobretudo resolver algumas questões de planeamento económico compaginando-o com a crise, o resto aceito tudo o que vier: agradável, desagradável e sobretudo sem medo de nada.

sábado, 20 de agosto de 2011

Copiei do blogue Guitarra e Mochila. Adoro: Lakmé Flower Duet Erika Miklósa Bernadett Wiedemann Budapest

Imagine uma escola... Summerhill. Faz agora 90 anos que foi implementada. Nos anos 60 do século XX conheci este projeto.

Summerhill School faz noventa anos. Um dos projetos educativos mais interessantes do século XX

Hoje acordei e deu-me para filosofar...A Índia vai fazer-me muito bem.

Um dia choveu muito e as copas das árvores ficaram a pingar ao amanhecer. A mulher que não era rica nem criada abriu os olhos e olhou o céu. Ela vivia num reino onde só havia duas classes de pessoas, as ricas e as que eram criadas e ela não se encaixava em nenhum destes grupos, por isso, mesmo que tivesse dado o que tinha e o que não tinha, as pessoas não a compreendiam. Ela não podia ser diferente, tinha que estar inscrita numa destas classes sociais do reino e possuir um cartão de identidade que definisse o seu estatuto. Levantou-se, foi à praça e viu os ricos, arrogantes, frios e autoritários a distribuir as suas esmolas e as pessoas a acompanhá-los, mesmo que levassem uma vergastada voltavam sempre ou então os criados metidos em casa a trabalhar sem parar. Ela que gostava de ter o seu espaço, ganho à custa de muita luta e sacrifício, estava só, no meio da praça porque já tinha dado na altura certa tudo o que possuía, mas isso não tinha importância, porque ao deixar de dar perdeu ainda mais estatuto. Aquele reino era igual a todos os reinos do continente. Apareceu-lhe então uma fada, uma daquelas fadas bondosas e disse-lhe assim «Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.» E a mulher que não era rica nem criada abriu os olhos, olhou o céu e ficou a pensar.
Dirigiu-se então à repartição do cidadão do reino e disse para o funcionário amarelento: quero tirar um cartão com o meu estatuto, e qual é? Perguntou com voz rouca do tabaco o manga de alpaca. Livre, respondeu ela com muito brilho nos olhos. Livre? Esse estatuto não existe no reino, respondeu ele com os olhos esbugalhados «Quando se quer mudar os costumes e as maneiras, não se deve mudá-los pelas leis», respondeu ela confiante. Mas, mas, balbuciou o empregado, eu não tenho ordens para isso fazer. Mas faça-o, pois sou eu como cidadã que o desejo retorquiu a mulher com determinação. Então por favor redija um requerimento ao rico mais rico do reino, respondeu o manga de alpaca ainda mais amarelo do que estava ao início. Ela olhou para ele e pensou não há nada a fazer, este reino está formatado e eu tenho que encontrar o meu nicho de liberdade por estas terras e trauteando uma qualquer canção saiu da repartição foi até ao rio que atravessava o território e pensou a partir de hoje só farei aquilo que eu quiser.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Workshop

FORMADOR: aNa veNtura

DATAS: 17 e 18 de Setembro ou 01 e 02 de Outubro

DURAÇÃO: 16 horas
Horário: das 9.00h às 13.00h - das 14.00h às 18.00h

ALMOÇO: Pic-Nic no Jardim. Cada participante é convidado a trazer o seu petisco para partilhar
com o grupo.

PÚBLICO ALVO: ilustradores, estudantes, curiosos.
Número máximo de 10 pessoas.

MATERIAL NECESSÁRIO: Materiais riscadores, tintas, revistas, tesoura, cola de tubo. Os materiais com os quais.cada um se identifica. O workshop inclui o papel necessário para todos os exercícios.

OBJECTIVOS: Explorar a criatividade de cada pessoa, individualmente e em grupo.
Orientação personalizada sobre a linguagem plástica e o percurso dos alunos.
Partilha de informação e experiências.

PERCURSO:
Sábado:
9h às 13h: Apresentação do formador + Apresentações dos participantes
através de um jogo/exercício plástico.
13h às 14h: pic-nic no jardim
14h às 18h: Colaboração com o artista/formador + lançamento da última proposta.

Domingo
9h às 13h: Apresentação e desenvolvimento da última proposta
13h às 14h: pic-nic no jardim
14h às 18h: Finalização da última proposta e discussão conjunta sobre cada resultado apresentado

PREÇO: 95 euros + IVA
Inscrições abertas até ao dia 14 de Setembro

LOCAL: Rua da Imprensa nº20 Alfragide, 2610-087 Amadora

BUS: 185, 162 LT . 799 CARRI

INSCRIÇÕES, RESERVAS E INFORMAÇÕES:
Email: papeisportodolado@gmail.com

Telf: (+351) 965 344 969

Estive com o meu neto e agora vou ver as minhas netas.

E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível. Albert Camus

Acordar com Imany Take Care

A sorte me acompanha, tenho corpo fechado à inveja, a intriga não me amarra os pés, sou imune ao mau-olhado... Jorge Amado

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

No campo o meu despertador era de penas....




Todos os dias que estive no Ribatejo, era acordada por um despertador de penas que por volta das 5h30m ou 6h00 cantava desalmadamente na quintarola ao lado da minha, isto provocava que os parentes deles respondessem das casas vizinhas, consegui ouvir três. Voltava a cantar por volta da hora do almoço e ao fim da tarde, em vez de me irritar porque me acordava do meu sono descansado, comecei a ter uma certa simpatia por este despertador de penas e da maneira como ele realizava com prontidão o seu trabalho.




Cada vez gosto mais de animais e cada vez sou mais vegetariana. Consegui durante durante estes dez dias que lá passei cozinhar refeições para mim e para o meu marido a 5 Euros por dia, não é por refeição, foi por dia, com tudo aquilo que tinha na horta, com o que me deram e com o que comprei e ainda trouxe imensas coisas para casa. Poupei imenso, consegui concluir um objetivo que foi tirar os livros dos caixores que se estavam a estragar, selecioná-los e fazer duas doações à biblioteca de Alpiarça, ofereci treze caixotes. Já tinha oferecido à bibliopeca de Mértola e ao Campo Arqueológico, também ofereci objetos ao Museu do Trabalho de Setúbal. Repartir para multiplicar. Estes livros servirão a outros.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Fernando Pessoa - Da minha aldeia (Alberto Caeiro)


Gosto de estar aqui...



Esta vila é calma e eu gosto de estar aqui apesar de a casa ainda não estar totalmente arranjada mas tem partes que já estão confortáveis. Não quer dizer que venha cá amiúde, mas será sem sombra de dúvida um refúgio e eu necessito de refúgios para estar comigo, para pensar em mim. Além disso tenho amigos que vivem à volta e com os quais me dou bem e me estão fartos de convidar, a Graça e o António e a Maria Olímpia, tenho as casas deles para ficar um fim de semana, além da casa de Paris da Molc onde eu também posso ficar. Tenho hipóteses de casa no Brasil, no México e em Espanha e vou aproveitar. Não me posso esquecer da minha amiga Maria Amália de Setúbal. Eu vou aproveitar as minhas amizades antigas que me estão fartas de convidar, vou diversificar, depois tenho as amigas mais recentes com as quais posso fazer programas interessantes de um dia ou em passeios mais prolongados da associação, aqueles que eu gostar mais e vou oferecendo aquilo que eu sei fazer: curso sobre mulheres que mudaram a história, comunidade de leitores, etc.




Tenho para sair o livro sobre o museu da Comporta, vou fazer o livro dos bombeiros até ao fim de Outubro de forma graciosa e a formação para as filhas museológicas alentejanas igualmente graciosa e o trabalho do Norte, esse pago. Não me posso esquecer das orientações dos meus mestrandos que são três, por agora, pois tenho uma mestranda que teve um desastre e que só o termina para o ano.




Tenho hipóteses de grandes trabalhos museológicos para o ano em cooperação e as aulas da faculdade e outros projetos que têm a ver com trabalhos artesanais de vária ordem e depois a minha saúde: dieta, andar, andar muito com sapatos adequados e meditação. Necessito também de cuidar da minha vida espiritual e de alguns velhotes amigos que necessitam de mim.




As minhas netas e neto serão prioridades, quero começar a fazer passeios culturais com eles, é aquilo que eu sei fazer e conforme a disponibilidade dos pais eu o farei.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Que calor



Estou a separar livros e o calor é tremendo. Esta semana já vai uma remessa para a biblioteca e até Dezembro estes livros serão escolhidos e arrumados o que são para arrumar e doar os que são para doar à biblioteca desta vila ribatejana. A casa vai necessitar de muito arranjo e terá que ser aos poucos, mas ela é tipicamente uma casinha rural que vai de uma rua a outra incluindo o terreno. Hoje fiz tomatada com ovos escalfados usando os tomates da horta. Sinto-me uma aldeã. Fui tomar um gelado com uma filha museológica que me veio buscar e me levou à farmácia para comprar um remédio. É bom ter estes apoios aqui nesta 2ª. casa.



Uma grande novidade mas de certeza absoluta, vou tirar a carta de condução. Já tenho o livro do cádigo com anotações, resumos de cada página, oferecido pela minha sobrinha. Estou contente. Vou tirar a carta no Automóvel Clube de Portugal. Preparem-seamigas e amigos online, estou a caminhar para a independência total.

Os dias de verão

Os dias de verão vastos como um reino
cintilantes de areia e maré lisa
Os quartos apuram seu fresco de penumbra
Irmão do lírio e da concha é o nosso corpo

Tempo é de repouso e festa
O instante é completo como um fruto
Irmão do universo é o nosso corpo

O destino torna - se próximo e legível
Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros
Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem

Como se em tudo aflorasse eternidade

Justa é a forma do nosso corpo

Sophia de Mello Breyner Andresen
In Obra Poética, Volume III

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Adeus Alenquer, olá Ribatejo

Cheguei ontem e vou ficar cá com o meu marido até ao dia 17. Estamos com muita calma a arrumar os livros e objetos para doar alguns, ficar com outros, dar outros à minha filha museológica e hoje já fui entregar uns de teor religioso à igreja da paróquia. Vão ser dias com muita calma, com a Windy, com as amigas e conhecidos da vila, a regar as flores e a horta e a fazer comidas saudáveis.

sábado, 6 de agosto de 2011

Adeus Algarve, boa tarde Alenquer










Obrigada amigos e amigas pelos vossos desejos de boas férias. Ainda não as terminei e vão durar até 18 de Setembro. Fartei-me de rir com o anterior post, foi feito através do iped da minha filha e deu aquela escrita que não se entende nada. Os meus 8 dias no Algarve foram muito bons, com a companhia das minhas netas. Os dias estiveram ótimos, exceto um que chuviscou. Os dias em Pedras d'El Rei foram passados praticamente na praia com grandes banhos. As minhas netas adoram a água e são muito destemidas. Esta praia estava cheia de famílias que se cumprimentavam só com um beijinho e tratavam-se todos por você, sinceramente não vi ainda a crise, os toldos estavam esgotados. os restaurantes cheios, assim como as esplanadas. Eu acho que o país ainda não caiu na real, os carros eram mais do que muitos. Eu e a minha família alugámos um apartamento e cozinhámos em casa, só comíamos um gelado ao fim do dia e as crianças comiam as célebres bolas de Berlim na praia.

Esqueci-me da máquina e não tenho fotos, espero no entanto que a minha filha me envie algumas. Estou morena e cheia de dores nos joelhos, fartei-me de andar. Hoje passei por Portimão para ver o museu, mas estava fechado com um horário de verão. Achei-o desmedido, com uma entrada para o auditório brutal que apaga a entrada do próprio museu, a parte de trás é bonita, mas não gosto da parte que dá para o rio. Veremos o inerior.

Agora estou no oeste, em terras de Alenquer, numa quinta dos meus cunhados. Vejo a vinha a perder-se de vista, vou jantar e descansar. A avó Tó uma velhota encantadora que é sogra da minha cunhada tem uma mão verde com os seus 84 anos, em tudo o que toca nasce perfeito, plantas, árvores de fruta, videiras, flores e é tão ativa e na cozinha um must. Maravilhosa mulher. É tão bom estar de férias. Amanhã ao fim da tarde vou para a quintazinha do Ribatejo arrumar o que levei para lá da casa da Parede quando fiz a mudança para Lisboa. Vou transformar a casa numa quintinha rural para fins de semana sossegados. Tenho que escolher livros para doar à biblioteca municipal. Depois ainda vou a Salir do Porto visitar uns amigos e a Alcobaça dar um abraço a uma grande amiga. Volto para Lisboa no dia 16 e vou preparar a minha viagem para a ÍNDIA. Hoje cá em casa os cães e os gatos estão separados como se estivessem num hotel. Olhem para esta maravilha de gato, chama-se Van Gogh. E a amostra das cadelinhas, a minha Windy tem que estar escondida.