Recordo Luíz Pacheco no início da década de 70, um dia fomos os dois ao Instituto Alemão. Ele queria receber um dinheiro de uma publicação qualquer e eu fiz de secretária. Disse-lhes que ele estava com um problema grave de saúde e não podia falar, ia ser internado de urgência e precisava do dinheiro naquele momento. Ele torcia-se com dores e assim lá nos fizeram o pagamento. Quando saímos ele disse «agora vamos comprar frutas cristalizadas». Para uma jovem que adorava literatura e vivia num país tão cinzento, o Luíz Pacheco era um herói.
1 comentário:
Ana, só tu ! Esse é o teu lado mais fascinante e o do Luís Pacheco também ...
Vidas cheias de vida !
Vidas com mundo. Muito mundo ...
(ás vezes precisamos de distância para nos vermos. De nos sentirmos livres para nos re.conhecermos. A ironia de tudo isto está em que esse re.conhecimento é quase sempre póstumo ... tardio ... nostálgico.)
:)) Adorei
Beijo-te *
Enviar um comentário