quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Varanasi/Khajuraho - 4ª. parte






























De manhã eu pensava que íamos dar um passeio de barco no Ganges, mas não, as marés não o permitiram, eu como tinha tido aquela experiência no dia anterior preferi ficar no hotel do que ir novamente por aquelas ruas estreitas , sentir o cheiro dos corpos a serem queimados e a madeira em catadupa para as cremações e as lavagens naquelas águas onde todos os dias se deitam cinzas. Foi bastante perturbadora aquela visita a Varanasi e ao mesmo tempo emocionante. Estar ao pé da morte, das crenças das pessoas. Um misto de espiritualidade e alienação.
Partimos para Khajuraho e visitámos o grupo de templos que é património da humanidade. dos séculos IX ao XIII foi a capital político - religiosa dos reis Chandela que mandaram construir no espaço de cem anos oitenta e cinco templos. Encontrámos esculturas murais de grande beleza. Os templos eram dedicados a vários deuses, o Deus Shiva que se une à mão terra. As cenas eróticas de toda a espécie têm a ver com essa fertilização, essa união erótica mas também espiritual. O dia-a-dia de um povo com as suas bestialidades mas também com a sua cultura e sensibilidade. O guia que nos mostrou os monumentos era horrível e só levou a leitura para o sexo.
«“Ao contrário do que muitos pensam, o Kama Sutra não é um manual de sexo, nem um trabalho sagrado ou religioso. Ele também não é, certamente, um texto tântrico. Na abertura de um debate sobre os três objectivos da antiga vida hindu - Darma, Artha e Kamadeva - a finalidade do Vatsyayana é estabelecer kama, ou gozo dos sentidos, no contexto. Assim, Darma (ou vida virtuosa) é o maior objetivo, Artha, o acúmulo de riqueza é a próxima, e Kama é o menor dos três.”
Durante esta visita tivemos que aguentar este guia local, que culto não era nada.
As fotos são postas mais logo.

1 comentário:

Pé na estrada disse...

Pois, nem sempre os guias que se arranjam são os melhores.... mas tb parte de nós estudar um pouco sobre o que vamos ver e não seguirmos somente o que nos dizem. Certamente fez isso antes, ou depois (normalmente é o meu caso por falta de tempo).