terça-feira, 25 de dezembro de 2012



PALAVRAS DE XISTO
Serra da Lousã, plena aldeia do Candal, silêncios turpidantes, tudo se vive, tudo é natural. Coloca-se na terra molhada, acabada de regar pelos deuses, o segredo da felicidade, aquela que não dá vida mas nos faz sentir vivos, que contraria a partida, dá força para continuar, sorrindo, esta subida. Vidas duras, douradas, aquelas que se desenham em pedras de xisto, amor-história, mil estórias, sentidos apurados pelo ar que rareia onde abunda gente, sabores, ai estes sabores, paladares que ressaltam da alma, perfume de mulher, força de homem, ternura de criança. Segredos que enterramos nesta terra molhada, solo de onde saíram estas pedras sagradas que dão nome a tão maravilhosas aldeias. Lugares apaixonantes que desterramos nestas palavras de xisto. 


Foto: Casa Cimeira (Turismo Rural)
Texto: Paulo Costa

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