quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

À procura da tampa


É verdade, começou esta segunda feira à tarde o entupimento da fossa da minha casa e como ela é antiga não se encontra a olho nú no jardim. Veio cá na segunda feira uma empresa para desentupir canos que me levou logo 70 euros pela deslocação e fez-me um orçamento de 400 Euros e ainda por cima tinha também que encontrar a caixa no jardim. Era um jovem de rabo de cavalo oxigenado até ao fim das costas e penso que o preconceito mais a ausência de maquinaria moderna fez com que eu o mandasse embora a todo o vapor. Chamei então o Sr. Manuel que habitualmente me faz a manutenção da casa, disse-me que tinha que ir à Câmara pedir um plano dos esgostos, demoraria um mês e não fui, entretanto das quatro casas de banho que tenho em casa vão todas dar à do r/chão e transborda, por isso temo-nos encolhido. Chamei o piquete da Câmara e eles abriram com grande custo a tampa da rua e disseram que dali não era nada mas eu vi eles tirarem muitas raizes de lá. Perguntei-lhes se eles conheciam um colega especialista e eles telefonaram ao "Tragédias" e ele veio ao fim da tarde, disse-me que estavam entupidos os canos debaixo do chão do jardim, mas andou à procura da caixa e onde é que ela estava? De especialista é que não o achei nada. Perguntei à senhora que cá morou se sabia onde se encontrava a tampa interna e ela disse-me que vagamente se lembrava talvez ser ao pé do muro. Ora ao pé do muro fiz a semana passada uma pequenina horta com tomateiros, alfaces e cebola, se calhar vai tudo ao ar.

Hoje veio o patrão do Sr. Manuel, o Sr. António que constrói casas de raiz juntamente com dois serventes e andam novamente à procura da tampa.

Nunca me imaginei andar à procura do esgoto tanto tempo. Bons velhos tempos em que as pessoas levantavam a saia e aqui ia disto. Hoje é-nos insuportável pensar tal coisa e esta paisagem é agoniante.

Eu como estou aposentada sou um pouco como as tias solteiras de muitas irmãs casadas, cai tudo para cima de mim, mas enfim é o quotidiano de quem vive em casas com fossa.

7 comentários:

Anónimo disse...

Ó miúda,isso é que uma tragicomédia...
Depois de tanto a procurares,em vão,estou mesmo que te saltou a tampa!
E olha que pontaria a tua se foste fazer a hortinha meeeeeeeeesmo por cima da dita cuja.
Que raio de coisa,hein?
Desejo que a esta hora já tenhas resolvido essa traficância...
Vou mas volto.Tu sabes que sim.
Uma beijo na moleirinha para afastar esse incómodo.
Dri

anad disse...

Peço desculpa se apaguei algum comentário.
Anad

gaivota disse...

minha querida, que chatice!
e quando mete obras e "mexer" em coisas... nem me fales, ando em obras há 3 anos!!!!!!!
beijinhos

By myself disse...

Independentemente do rabo-de-cavalo (de que gosto particularmente), salta à vista a falta de competência dos nossos "técnicos". Imagino que a colocação de uma caixa dessas obedeça a certos critérios, pelo que a dita tampa não deve poder estar num sítio qualquer, mas sim no fim do percurso da canalização...digo eu, claro.

Bjs

Anónimo disse...

Que descrição deliciosa, parecia estar assistindo a uma peça de teatro.
Por esta altura já deve ter conseguido encontrar a tampa não fosse a Anad uma pessoa cheia de recursos.

Arábica disse...

Bom...pelo título julguei que te tinha saltado a tampa. Perante o que leio, antes fosse.

:)

Anónimo disse...

Por esta altura já devem ter encontrado a tampa...espero !
Só tu para me fazeres rir com um problema que parece comezinho...mas é muito sério.
Afinal ninguém gosta de andar encolhido e nem que lhe ameacem os tomates !!!
Beijos, amiga !
Olga