quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Abebe Selassie diz que "se houver apenas austeridade", a economia portuguesa "não vai sobreviver" e revela que a ideia de cortar o salários dos trabalhadores do privado foi do Governo e não uma exigência da troika.
A troika recusa a ideia de que a decisão do Governo em cortar o salários dos trabalhadores do privado, para reduzir a taxa social única (TSU) das empresas, tendo sido uma imposição da troika.

Em entrevista ao “Público”, cujo excerto foi esta noite antecipado no site do diário, Abebe Selassie diz que os cortes salariais foram uma ideia do Governo e que qualquer outra medida geraria o mesmo debate.

Para o chefe de missão do FMI em Portugal, o aumento da contribuição dos trabalhadores é uma forma “criativa” de resolver o problema do défice e da competitividade. Quanto ao impacto no salário dos trabalhadores do sector privado, Selassie admite que a medida “tem de ser calibrada, para que o impacto sobre os pobres seja tido em conta”.

No parlamento esta tarde o Ministro das Finanças também assumiu a paternidade do programa de ajustamento, depois da troika dizer que o programa não era seu.

Na entrevista ao “Público”, o responsável do FMI alerta também que “se o programa for apenas austeridade, a economia não vai sobreviver”, sendo por isso que foi dado mais um ano a Portugal para o País atingir um défice abaixo dos 3%.

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