quarta-feira, 11 de maio de 2011

Hoje só publico o texto, a partir de amanhã as fotos por visita dada a extensão do passeio.

Finalmente ocorreu a última sessão da Comunidade de Leitores, nas terras de Alvão e Gerês. Continuaremos a ler livros e a fazer sessões no âmbito dos passeios tradicionais, acompanhados pelo guia da associação, mas já não são os passeios a Portugal profundo e paisagístico, será mais a Portugal artístico, histórico e patrimonial.
Começámos por Pitões das Júnias que é a capital do turismo Barrosão. É também a capital do Parque Nacional do Gerês. Pitões das Júnias é uma aldeia situada a cerca de 1200 metros de altitude, no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Barroso, Trás-os-Montes. Faz parte do Concelho de Montalegre,
A sua origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, entre os séculos IX e XI.
A localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia conservasse a sua pequena população e o característico aspecto medieval. Vimos o núcleo do eco-museu «Corno de Boi», o forno comunitário movido a água e as casas características de uma região barrosã.
Em seguida fomos para Montalegre com o seu castelo medieval, nesta cidade existe o núcleo sede do eco-museu do Barroso. Este núcleo sede tem uma parafernália de multimédia excessiva resta saber se têm orçamento para a sua manutenção. A recolha não me pareceu muito interessante nem a museografia com gastos excessivos que deveriam ter sido aplicados nos outros núcleos.
No segundo dia a paisagem envolveu-nos de uma forma avassaladora. Começámos em Salto um dos núcleos do Eco-museu, o mais bonito, com a melhor recolha, museografia e investigação. talvez um dos mais belos museus de etnografia/etnologia do país. Parabéns João Azenha, grande trabalho, grande dedicação. Assistimos ao ancestral jogo do pau por um grupo da terra. Acompanhados por este maravilhoso companheiro que conhece como as próprias mãos esta região passámos pelo Mosteiro de S. Miguel de Refojos de Cabeceiras de Basto, fomos almoçar a Mondim de Basto ao Transmontano, um verdadeiro almoço transmontano, depois fomos ver Nossa Senhora da Graça no Monte Farinha, um santuário com uma paisagem deslumbrante e a seguir acompanhados também pelo José Augusto fomos ver as fisgas do Ermelo, umas quedas de água fantásticas no meio das fragas e já nas terras de Alvão com uma vista fabulosa. Senti-me livre e no paraíso que o Miguel Torga falava (aliás na noite anterior a Pi e a Ana Domingues apresentaram o livro «Os Bichos» e foi uma sessão muito participada). «O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta." (Miguel Torga, Diário XII).»
No final do dia fomos ainda ver o museu etnográfico de Mondim de Basto com excelentes coleções
No 3º dia Vilar de Perdizes foi o meu sonho concretizado, falar com este homem simples e sábio que é o Padre Fontes em Vilar de Perdizes, ele que nos fala dos 25 anos dos encontros de medicina e cultura popular, onde neles deixa vir toda a gente, desmistificando os medos e as crenças, dividindo charlatães dos que têm um dom especial. Comprámos pão, chás, visitámos a aldeia acompanhados pela querida professora Fátima, vimos um dos núcleos do museu do Barroso que merece ter mais apoios, vimos a capelinha de Nossa Senhora das Neves e depois partimos para Chaves onde almoçámos deixando a visita a esta local tão bonito para outro dia e partindo depois do repasto para Lisboa, onde cheguei a casa perto das 22horas. A Associação Dr. Emanuel Correia é sem sombra de dúvida um espaço cultural que deveria ter mais sócios.
Hoje só publico o texto, a partir de amanhã vou publicando as fotos por visita para ser mais compreensivel dada a extensão do que vimos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Adeus Lisboa, bom dia Gerês e Alvão por três dias

Última visita da Comunidade de Leitores. Estou a encerrar atividades para depois escolher o que vou realmente fazer. Acabei o 1º volume do livro dos bombeiros e necessito durante o mês de Maio acompanhar a impressão do mesmo. Durante o mês de Maio vou dar ainda umas aulas no mestrado de museologia e acompanhar o projeto do Norte que entrará pelo mês de Junho. Uma coisa de cada vez. A partir de Julho, vida nova. O blogue revelará os projetos, mas um de cada vez.

A toalha que os meninos e as meninas me ofereceram no fim da formação.





Esta é a toalha que me ofereceram após terminar a formação. Quando cheguei a casa coloquei-a por cima de outro pano que tenho na mesa, um pano indonésio, a terra do batik e por cima disto tudo as memórias de família ou de viagens pelo mundo. E já agora aproveito para mostrar o bolo que eu fiz para os anos do meu filho mais novo.
Já acabei o 1º volume dos bombeiros e agora estou nas revisões e na colocação de fotos. Dia 9 entrego.

terça-feira, 3 de maio de 2011

NÃO PERCAM

  • Relembramos a todos os bebés interessados em reservar bilhetes para o "Dó, ré, mi, perlimpimpim" que peçam aos papás e mamãs para o fazerem através do palcoparalelo@gmail.com ou 914 747 493! Até lá!!

    "DÓ, RÉ, MI, PERLIMPIMPIM" - sessão das 17h com reservas esgotadas!
    Mas ainda disponíveis na sessão das 11h! Apressem-se bebés a marcarem a vossa...
  • Palco Paralelo - Associação Cultural criou um evento.
    Sábado, 21 de Maio de 2011 às 11:00
    Auditório do Centro Cultural de Cascais



    A Palco Paralelo é uma Associação Cultural sem fins lucrativos, criada em Janeiro de 2010, que promove espectáculos dos mais variados géneros artísticos mas que tem uma especial dedicação à Dança e ao Bailado Clássico. Existe uma forte aposta também nos espectáculos para crianças visto terem uma componente educativa para além de lúdica, sendo um dos objectivos principais da Associação divulgar as artes junto dos mais novos para que esse gosto cresça com eles e lhes seja inerente na idade adulta. Criar um público conhecedor e desenvolver a criatividade é a missão da Palco Paralelo que pretende chegar a vários tipos de públicos e promover uma gama variada de espectáculos, nomeadamente soirées de Bailado Clássico visto ser um género muito apreciado mas com uma oferta muito limitada e ainda muito centralizada. Esta forte ligação ao Bailado Clássico levou à procura da excelência no desempenho dos espectáculos que promove e um recurso apenas a bailarinos profissionais com carreiras desenvolvidas em território nacional e estrangeiro.

    Picture


    "É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar."


    Helena Vaz da Silva

Não faltem...

SABORES DO MEDITERRÂNEO ALIMENTAÇÃO E GASTRONOMIA MEDIEVAIS
MERTOLA. 5, 6 E 7 DE MAIO DE 2011
AUDITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO VALE DO GUADIANA

PROGRAMA

Quinta-feira 5 de Maio de 2011
16h00. Abertura
16h30. Manuela Marín (Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Madrid) – Banquetes imaginados: comer y beber en las Mil y una Noches
17h00. Expiración García (Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Granada) – Alimentos marcadores de grupos sociales a través de la literatura árabe medieval
17h30. Guillermo Roselló-Bordoy (Académico Correspondiente de la Real Academia De La Historia) – Gastronomía de época islámica y pervivencias en Mallorca
18h00. Debate
Sexta-feira, 6 de Maio de 2011
9h00. João Pedro Bernardes (Universidade do Algarve) – Consumo e transformação de pescado entre o mundo romano e o mundo islâmico
9h30. Fernando Villada (Servicio de Arqueología de la Ciudad Autonoma de Ceuta ) e José Manuel Hita Ruíz (Museo de Ceuta) – Aprovechamiento de recursos marinos en Ceuta durante la Edad Media
10h00. Helena Catarino (Universidade de Coimbra/CEAUCP) – Contributos para o estudo da alimentação e culinária islâmica: o Castelo Velho de Alcoutim e o Castelo das Relíquias.
10h30. Pausa
10h45. Antonio Malpica, Esteban Fernández Navarro e Marcos García García (Universidad de Granada) – La alimentación en Madinat Ilbira, una ciudad de los siglos IX y X
11h15. Catarina Coelho (Câmara Municipal de Sintra) – Castelo de Sintra: testemunhos da dieta alimentar nos séculos X-XI.
11h45. Isabel Cristina Fernandes (Museu Municipal de Palmela), João Luís Cardoso (Universidade Aberta) e Cleia Detry (Bolseira de Pós-Doutoramento FCT - UNIARQ) – Cozinhar e comer no castelo islâmico de Palmela.
12h15. Santiago Macias (Universidade de Coimbra/CEAUCP/CAM) – Alimentação e meio ambiente – consumo alimentar na Mértola Islâmica.
12h48. Debate
15h00. Ricardo Izquierdo (Universidad de Castilla – La Mancha) e Miguel Angel Bru (Universidade Autonoma de Madrid) – La alimentación en una ciudad andalusí: Vascos.
15h30. Jaquelina Covaneiro e Sandra Cavaco (Câmara Municipal de Tavira) – Breves apontamentos sobre a dieta alimentar em período islâmico (Tavira)
16h00. Maria José Gonçalves (Câmara Municipal de Silves) e Carlos Oliveira (Bolseiro de doutoramento da FCT) – Dizme o que comes, dir-te-ei que és: contributo para o estudo da alimentação na Almedina de Silves através das evidências presentes num conjunto de silos
16h30. Pausa
SABORES DO MEDITERRÂNEOALIMENTAÇÃO E GASTRONOMIA MEDIEVAIS
MERTOLA. 5, 6 E 7 DE MAIO DE 2011
AUDITÓRIO DO PARQUE NATURAL DO VALE DO GUADIANA

PROGRAMA

Sexta-feira, 6 de Maio de 2011
16h45. Marta Moreno García (Instituto de Historia del CSIC, Madrid) e Carlos Manuel Pimenta (Laboratórios de Arqueociências do IGESPAR) – Ossos no lixo: o contributo arqueozoológico para o estudo da alimentação no Garb al-Andalus
17h15. Susana Gómez Martínez (Universidade de Coimbra/CEAUCP/CAM) – As loiças nas cozinhas. Usos culinários na cerâmica islâmica de Mértola.
17h:45. Debate
18h00. Inauguração da exposição “Os signos do Quotidiano”
Sábado, 7 de Maio de 2011
10h00. Cláudio Torres (CEAUCP/CAM) – O trabalho da terra no Gharb al-Ândalus
10h30. Conceição Amaral (Multiculti – Culturas do Mediterâneo e Terraculta) – Gastronomia e Receitas Típicas das Aldeias do Algarve
11h00. Maria Manuel Valagão (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional – Universidade Nova de Lisboa) – A Cozinha Mediterrânica no Alentejo: intemporalidade das práticas
11h30. Debate
12h00. Encerramento
POSTERS
António José Marques da Silva (CEAUCP) – "Não cozereis o cabrito no leite de sua mãe" A razão por detrás das regras alimentares nas religiões do Livro.
Catarina Oliveira, Miguel Godinho, Ana Catarina Ramos, Patrícia Dores (Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela – CMVRSA) – “O QUE COMIAM OS NOSSOS AVÓS? A ALIMENTAÇÃO NO SOTAVENTO ALGARVIO”. Um projecto educativo com a comunidade de Vila Real de Santo António.
Cristina Garcia, Rocio Álvaro Sánchez, Catarina Oliveira, Patrícia Dores, Miguel Godinho (Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela – CMVRSA) – PESCADORES, MARISCADORES, AGRICULTORES E PASTORES NA QAST’ALLA ISLÂMICA. Seus hábitos alimentares a partir das cerâmicas, arqueofana e malacofauna do sítio do poço antigo.
Vera Lúcia Cavaco Pereira (Universidade do Algarve) – Um novo olhar sobre as comunidades islâmicas do Castelo de Paderne. Contributo zooarqueológico.
Soraia Cristina Leandro Martins (Universidade do Algarve) – Estudo faunístico do Silo 8 do Castelo de Salir (Loulé). Contribuição para o conhecimento da dieta alimentar islâmica.
Clara Rodrigues, Nélia Romba, Maria de Fátima Palma (Campo Arqueológico de Mértola) – Receitas com história.
Gonçalo Lopes – A alimentação em Évora no final das Taifas: Restos carpológicos do Paço dos Lobos da Gama.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Estou a terminar o 1º volume do livro dos Bombeiros

Estou a grande vapor a terminar o 1º volume do livro dos Bombeiros. Sinto-me realizada com a obra feita e também com o curso que terminei no Alentejo. Amanhã parto outra vez para o Alentejo, mas desta vez para o litoral. O museu está quase a abrir e estamos nos últimos preparativos.

domingo, 1 de maio de 2011

Acabei o curso em Mértola









Acabei o curso em Mértola e foi com grande alegria que com os formandos fui visitar uma outra parte do Concelho. Mértola é uma jóia no Alentejo raiano e mouro e as formandas e formandos umas pessoas queridas. Visitámos, S. Pedro de Sólis, Espírito Santo, Santa Ana e S. Miguel. São freguesias, aldeias e lugares de uma aparência próspera e muito bem arranjadas, são terras alentejanas. As igrejas quinhentistas que visitei são lindas e muito bem tratadas dentro das possibilidades dos paroquianos pois o estado não ajuda aqui nada. Comi um belo bacalhau feito pelas senhoras de um restaurante de S. Miguel, comprámos pão alentejano acabadinho de fazer vimos o moinho muito bem arranjado pela junta de freguesia.
O grupo ofereceu-me uma pequena toalha toda tecida pelas senhoras da oficina de tecelagem de Mértola arrematada com as lérias que eu gosto tanto e encomendei uma com as lérias e pilérias aos bicos como havia em casa da minha mãe, para o próximo post coloco aqui a toalha que me deram pois tenho a máquina sem bateria.. Vi a D. Arsénia sempre ativa, a Patrícia que está quase a ter o filho, a Isabel Campos diretora da escola, a Mina que está melhor da operação, a Clarinha que me veio trazer receitas da cozinha alentejana e a Tucha que nos ajudou numa das visitas. Encontrei o Cláudio Torres e contei-lhe dos primos que já encontrei.
Minhas queridas amigos e amigos, nunca vos vou esquecer. Mértola sempre.