domingo, 1 de junho de 2008

Pensar alto

Hoje ainda não senti a alegria da reforma porque apanhei um fim de semana. Amanhã segunda- feira vai ser melhor.
Ontem sábado e hoje domingo estive com a minha neta e disse-lhe baixinho, vou-te ensinar tudo o que eu souber, vou contigo para a praia, ensinar-te a olhar o mar. Ensinar-te a ver, não com os olhos reais, mas com os que tenho no meu pensamento, não só o mar mas a espuma das ondas, as nuances de cor do céu, o verde que rodeia os passeios da minha rua.
Iremos as duas regar as plantas, passear com a Windy e simplesmente adormecer no jardim debaixo da folhagem. Eu quero fazer coisas simples, coisas que me façam feliz.
Ler, eu quero ler e contar-te histórias minha neta, muitas histórias. Quero pintar contigo, por isso estou a fazer umas pequenas obras na cave. Quero do nada fazer qualquer coisa. Quero criar.
Estou a fazer o livro dos Bombeiros - 100 anos e o do José Relvas, já tenho com que entreter o meu lado de investigadora.
Quero sobretudo estar ao pé dos meus filhos e de amigos antigos, com histórias antigas que me fazem sorrir.
Quero paz, muita paz e apoiar enquanto puder alguns filhos museológicos que tenho pelo país e alguns mestrandos que eu estou a orientar.
Quero continuar a trabalhar culturalmente com o meu grupo de velhotas e quero viajar.
Quero sobretudo andar, passear a pé e fazer ginástica. Quero ter uma alimentação equilibrada e viajar muito, continuar a aprender até morrer.
Como me sinto bem, nunca pensei que a reforma me desse momentos tão felizes...
Quero lembrar-me sempre que os impossíveis hoje serão possíveis amanhã.

2 comentários:

via disse...

a reforma não existe, ninguém se reforma de viver, nada, existe a vida, isso é o que existe, dentro de ti e fora também.

Isabel Victor disse...

Maravilha Ana ! É contagiante a tua alegria ...

felicidades
felicidades
felicidades


! :))



iv*