Mulheres
Há nas mulheres
O sono duma ausência
Como uma faca aberta
Sobre os ombros
À qual a carne adere
Impaciente
Cicatrizando já durante
O sonho
E há também o estar impaciente
Todo o corpo
Sorrir não devagar
Claramente
Lugares inventados sobre
Os olhos
E há ainda em nós
O estar presentes diariamente calmas
E seguras
Mulheres demasiado serenamente
Nas casas
Nas camas
E nas ruas(...)
(Teresa Horta, 1983)
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