E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos
E por vezes encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
2 comentários:
Querida Anad:conheço bem esse poema e acho-o belíssimo.
Gostei de o relembrar aqui, agora.
Mais uma das tuas agradáveis e bemvindas surpresas.
Beijo muito afectuoso.
Dri
Os céus que esperam, em cor de malva, de baunilha, de índigo envolvente, que chamem mudos só com pintura do sol posto...e grandes.
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