sábado, 9 de outubro de 2010

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Liu Xiaobo é Prémio Nobel da Paz

«Chinês Liu Xiaobo ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2010. Dissidente do regime de Pequim tem 54 anos e está preso pela terceira vez.

10:05 Sexta feira, 8 de Outubro de 2010
Mulher de Liu Xiaobo exibe foto do marido e dissidente chinês, que está preso há dois anos acusado de atividades subversivas
Mulher de Liu Xiaobo exibe foto do marido e dissidente chinês, que está preso há dois anos acusado de atividades subversivas
Petar Kujundzic/Reuters
Liu Xiaobo numa foto de arquivo de 2008
Liu Xiaobo numa foto de arquivo de 2008
Kyodo News/AP

O Prémio Nobel da Paz de 2010 foi hoje atribuído a Liu Xiaobo, anunciou hoje o Comité Nobel Norueguês.

"Liu Xiaobo foi distinguido pela sua luta longa e não violenta pelos direitos fundamentais da China", justificou o comité, que é composto por cinco pessoas escolhidas pelo Parlamento norueguês.

O dissidente chinês está preso há quase dois anos, pela terceira vez, por atividades consideradas subversivas.

Condenado a 11 anos de prisão


Antigo professor universitário e crítico literário, Liu Xiaobo, de 54 anos, foi condenado em dezembro passado por um tribunal de Pequim a 11 anos de prisão, acusado de tentar "subverter o Governo".

Liu Xiaobo foi detido pela última vez em dezembro de 2008, depois de ter promovido um abaixo-assinado a favor da introdução de reformas políticas na China, nomeadamente o fim do regime de partido único, a independência do poder judicial e a liberdade de associação.

Foi a sua terceira detenção desde a sangrenta repressão do movimento pró-democracia da Praça Tiananmen, em junho de 1989.

Subscritor da "Carta 08"


O manifesto, subscrito entretanto por mais de dez mil pessoas,

chama-se "Carta 08",

uma alusão à famosa Carta 77 lançada

por Vaclav Havel na antiga Checoslováquia socialista.

"Devemos tornar universal a liberdade

de expressão e de imprensa,

garantindo que os cidadãos possam ser informados

e exercer os seus direitos de supervisão política (...)

Devemos acabar com a prática de

encarar as palavras como crimes"

, proclama a "Carta 08". »

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