terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fui no fim de semana à princesa do Alentejo....

Este fim de semana fui com a comunidade de leitores à maravilhosa Mértola, terra do meu avô materno, bisavô e trisavô, até agora foi o que consegui descobrir, tenho portanto uma costela deste concelho. Foi lindo e emocionante. Eu quando fiz esta proposta da comunidade de leitores foi com o objectivo de complementar as excelentes visitas sobre arte que faz o nosso guia da associação, quis que as pessoas sentissem o outro lado dos lugares, sentir como vive o seu país e particularmente este concelho da raia, tão isolado. Não procuro só coisas bonitas, mas sim reais. Como é que as pessoas se divertem, como vivem ou sobrevivem. O país real e respirar essa atmosfera. Não podemos visitar um lugar como se fosse mais um produto mas sim entrelaçar a história e a antropologia « o outro lado de». Os guias foram fantásticos, meus queridos filhos museológicos: Lígia, Paula, Fernando e João, o meu muito obrigada.
A comida é boa, o Alengarve em Mértola é fantástico e o Pires em Moreanes, outro que tal. Esta aldeia tem no seu restaurante, imensos quadros de pintores, para venda. Fantástico. Ah não me posso esquecer da igreja onde o meu avô foi baptizado, de planta quinhentista, tem na sua torre vestígios de arquitectura árabe. Foi emocionante. Andei à procura nesta aldeia de parentes e a população ficou de verificar isso. É voltar às raízes. Nesta casa existe o Museu do Contrabando, só com duas salas, mas é um museu excepcional. Pode-se fazer coisas tão simples e tão perceptíveis de imediato. O museu da Mina de S. Domingos revelou-nos o tal «outro lado», maravilhoso espaço e real das verdadeiras condições em que viveu Portugal no Estado Novo.
Ah não me vou despedir sem me lembrar da ovelha campaniça. Que lindo animal e que queijo maravilhoso e que lindas mantas se fazem com a sua lã. Há tantas coisas boas no nosso país. É preciso procurá-las.
As fotos coloco-as daqui a pouco, com as escavações do bairro islâmico perto do castelo e outras paisagens, como o pulo do lobo. Mértola é para não esquecer e voltar....

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