sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Hoje fui ver uma bela exposição...


Hoje fui ver uma bela exposição. A de Victor Willing, o marido de Paula Rego que já morreu. Foi uma surpresa grande, é um pintor deveras interessante.

'Estes quadros são únicos e ficam aqui como nunca os vi. Este museu foi feito para ele. [A exposição] não podia estar melhor, nem nunca estará', avaliou Paula Rego numa entrevista à agência Lusa pouco antes de uma visita para a comunicação social à mostra inédita.

'Os quadros [de Victor Willing] são únicos e têm uma presença como se fossem uma pessoa. Têm ali arquitectura, escultura, desenho, tudo', descreveu Paula Rego, ressalvando que apesar de terem trabalhado juntos, são artistas com obras muito diferentes.

'Eu tentava fazer como ele, tentava aprender, mas não conseguia. Eu não sou pintora. Faço desenhos, faço bonecos. Interessa-me mais a história', comentou Paula Rego, 75 anos, uma das artistas portuguesas mais conceituadas internacionalmente.

Entre 1957 e 1962, Paula Rego e o marido viveram na Ericeira, e nos anos seguintes, até 1974, com estadias em Londres. Em 1966 foi-lhe diagnosticada esclerose múltipla, uma doença que afectaria muito a vida do artista, mas, segundo Paula Rego, 'trabalhou sempre, até morrer'.

'Nos últimos anos já trabalhava deitado. Uma modelo segurava-lhe o quadro à frente e ele pintava', recordou, apontando as telas inéditas sobre cabeças de mulheres que estão expostos na primeira sala da retrospectiva que lhe é dedicada.

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