Depois de mais uma sessão de fisioterapia da parte da manhã, que me está a fazer muito bem e da parte da tarde exames que ditaram que eu estava a 100% mas que são difíceis de fazer, deixei a minha amiga Maria e fui com a minha amiga Mané ao cinema. Necessitava disto como o ar que respiro. Fomos ver um filme que estava na calha «Um Método Perigoso de David Cronenberg, com Michael Fassbender, Viggo Mortensen, Keira Knightley.
«“Um Método Perigoso” é um Cronenberg, no modo glacial, entomológico como esta história é contada, no modo abrupto como o cineasta ejecta tudo aquilo que é desnecessário ao seu objectivo; como reforça até a teatralidade do seu dispositivo narrativo herdado da peça de Hampton para melhor sinalizar os desejos vulcânicos que fervilham por baixo da propriedade e das boas maneiras deste mundo em transição do século XIX para o século XX. Compacto e intenso, é provavelmente o filme maior da fase pós-“eXistenZ” do cineasta, onde o fascínio cerebral pelos corpos mutantes se desviou inteiramente para a mente: veja-se como a Sabina Spielrein de Keira Knightley começa o filme numa caricatura de trejeitos e histerismos de “corpo mutante” antes de se modular progressivamente, numa mente inquieta igual de Jung (Michael Fassbender a explicar porque é que é um dos mais entusiasmantes actores contemporâneos) ou Freud (Viggo Mortensen).»
Simplesmente adorei, estou a gostar muito desta época cinematográfica. Este filme lembra-me a minha juventude quando eu discutia com os meus amigos as teorias destes dois homens extraordinários. Muito bom e vou continuar com a fisioterapia e a revisão geral da minha saúde até Janeiro.
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