terça-feira, 21 de agosto de 2012


Hoje segundo dia do périplo de actividades com as netas às quais se juntou o neto à tarde. De manhã pintura com as mãos e estampagem, resultaram coisas muito giras. Brincadeiras com legos e puzles e claro passagem de modelos que é uma constante na minha casa quando elas cá estão, com colares meus e da tia e vestuário das mesmas. Depois do almoço, ida ao cinema do centro comercial do Campo Pequeno, «Madagascar 3». Alex, Marty, Melman e Gloria, ou seja um leão, uma zebra, uma girafa e um hipopótamo  ainda estão lutando para chegar em casa. A sua viagem leva-los através da Europa, onde eles encontram o disfarce perfeito: um circo itinerante, que eles reinventam, dando alento aos outros animais que lá viviam, é interessante. Foi a primeira vez que a mais novinha foi ao cinema, portou-se bem para uma primeira vez e quase no fim do filme adormeceu. São três aninhos.
A minha nora destribuia pipocas e água pelos três. Os meus netos mais velhos são uns perfeitos espectadores. Antes e depois do cinema tivemos no parque do Campo Pequeno e depois todos voltaram para casa com as suas mães.
Esta crise fez-me repensar toda a minha atitude perante a vida , o meu único consumo é investido nas netas e no neto e com prudência. As prendas de anos desapareceram, não dou prendas a nenhum membro da minha família, quer seja nuclear ou não a não ser às crianças e no Natal vai ser tudo muito simbólico tendo em conta cada membro da família e feito por mim. Estou a falar da família nuclear, pois a outra e os amigos lamentavelmente já não tenciono nos anos mais próximos dar prendas, pois não sei qual vai ser o futuro do país. O que eu paguei de IRS este ano foi brutal e sem subsídios, eu e o meu marido, por sermos tristemente funcionários públicos é um crime que este estado está a fazer. Por isso as minhas barrinhas de ouro são os meus netos e o equilíbrio da minha vida. Tornei-me anti-consumo e acalento a ideia de ir envelhecendo com mais sabedoria e menos bens materiais, porque esses são sem sombra de dúvida as minhas filhas e filhos e os meus três netinhos maravilhosos.
Claro que os meus filhos poderão levar cá de casa objectos que gostem, pois ela é o verdadeiro retrato de uma vida, das viagens, dos momentos passados em conjunto, cheia de livros, pinturas e objectos que retratam uma existência cultural muito rica. Tudo será para eles. Aos verdadeiros amigos e amigas de vez em quando dou um objecto meu, e aqueles que me ajudaram tanto como foi o caso de dois cunhados meus que têm na sua casa, objectos de arte e mobiliário que oferecemos com muito gosto, mas também nos ajudaram muito. Se não fossem eles não teríamos feito com tanta eficácia a mudança da Parede para Lisboa. Valorizar o que temos é fundamental na vida e perceber que quem não nos contacta é porque não precisa de nós, mas por outro lado  nascem outros que acabam por nos dar tanto. Há pérolas  de vez em quando no nosso caminho.
 A foto é do site Pravasi today

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