Hoje fui a uma pastelaria, que também tem esplanada, mas como estava muito calor fiquei dentro. Em pleno Rossio, nesta casa que outrora foi famosa, vislumbrei em certo ar de decadência. As toalhas mais que usadas, algumas mesas por limpar e um serviço fraco. Em plena hora do chá o espaço estava muito vazio excepto algumas mesas com idosas em grupo, desta vez estranhamente não eram louras, mas também eram mais velhas do que aquelas que vi na outra esplanada , no domingo passado, as de hoje estariam na quarta idade, muito cheias de colares e com os cabelos pintados de castanho arruivado com grandes janelas sobre o couro cabeludo, as sobrancelhas totalmente rapadas e substituídas por um risco de lápis castanho ou preto. Bebiam alegremente chá e estavam muito janotas nos seus corpos ossudos e esqueléticos, por isso todas usavam saltos altos. Algumas percebi que vinham de Cascais e ali se reuniam com as amigas e depois partiam de combóio e aproveitavam a viagem para se distrairem. Ainda estou longe destas imagens e riscos de lápis nas sobrancelhas nunca em mim me verão.
Esta ida à pastelaria aconteceu porque fui à minha médica de homeopatia, a Drª. Telma, na Rua da Prata, uma senhora dos seus sessenta bem puxados que ainda consulta à antiga apalpando todos os orgãos, deu-me uns aditivos para a minha dieta ir mais depressa e mandou-me tirar análises. Os medicamentos homeopáticos é que são caríssimos, mas fazem menos mal e tem uma função curativa lenta mas eficaz. Esta médica que tirou um curso de medicina tradicional, tem um doutoramento em Homeopatia e é professora na Faculdade de Ciências Médicas. Adoro-a. Ela a Drª. Chen e a Isabel do Carmo fazem um trio fantástico e o já agora o meu cardiologista, Dr. Seabra Gomes e o meu médico de família completam os meus cuidados de saúde.
«Samuel Hahnemann foi um médico do séc. XVIII (1755 - 1843) que insatisfeito com a imprecisão e a ineficácia dos remédios da sua época, decide começar a fazer experiências acabando por criar a homeopatia. Esta baseia-se em dois princípios; o da similitude que diz que para curar uma doença, é necessário dar ao doente um remédio que, quando administrado num indivíduo saudável lhe provocaria os sintomas dessa doença. E o principio da diluição infinitesimal que diz que quanto mais diluída for a substância maior eficácia tem.»http://sacrocraniana.no.sapo.pt/homeopatia.html
Acho incrível que os medicamentos homeopáticos e os tratamentos de acupunctura não sejam sujeitos a descontos, a medicina tradicional é um travão a esta igualdade de oportunidades dos cidadãos de se tratarem onde querem. Somos um país de atrasados e de caciques em várias áreas da vida social.
1 comentário:
tens toda a razão...
uma das minhas filhas fesz uma licenciatura em naturalogia... fez estágio, tudo...
entretanto desistiu de seguir e/ou trabalhar nesta área, está a fazer outro curso em educação básica, ensinar cianças!
agora tem o Vicente, mas não poderá interromper, dividiremos as tarefas...
(que bom para mim!)
beijinhos
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