terça-feira, 4 de agosto de 2009

A viagem começou por Moscovo (parte I)


A viagem começou por Moscovo e nunca pensei que esta cidade tivesse um ar antigo, diferente do que nós encontramos. Durante o caminho do aeroporto para a cidade vimos os milhares de prédios pré-fabricados mandados construir por Staline e que apresentam um aspecto envelhecido, mas quando chegamos a Moscovo o trânsito é infernal, circulam na cidade quatro milhões de carros todos os dias e só as enormes manchas verdes que existem (parques, jardins, arranjos florais, árvores nas ruas etc.) colmatam a poluição que este excesso de carros provoca. Esta capital da cultura no reinado de Ivan o Terrível (e era mesmo terrível), mudou para S. Petersburgo no século XVIII com Pedro o Grande, mas após a revolução de 1917 os novos donos do poder instauraram novamente a capital em Moscovo.
A Praça Vermelha é o centro de Moscovo e é linda, com o Mausoléu de Lenine, a Catedral de S. Basílio que é de uma beleza excepcional (aliás as igrejas ortodoxas impressionaram-me muito e positivamente, o ambiente de paz e espiritualidade que elas encerram convidam à oração). A rua Arbat, rua de comércio é uma zona pedonal cheia de matrioskas.«Uma matrioshka, matriochka ou matrioska (em russo матрёшка ou матрешка, Matryoshka) ou boneca russa é um brinquedo tradicional da Rússia, constituída por uma série de bonecas, feitas de diversos materiais, ainda que o mais frequente seja a madeira, que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que não é oca). A palavra provém do diminutivo do nome próprio Matryona.»
Todas as cidades russas importantes têm o seu Kremlin constituido por uma muralha onde dentro existem palácios e os zimbórios das catedrais, é como nós temos os nossos castelos, com as suas muralhas para protegerem as populações.
O metro de Moscovo é impressionante, Staline queria que o povo todos os dias quando fosse para o trabalho atravessasse um ambiente de palácio, e o metro é isso, ornamentado com colunas coríntias estilizadas, candelabros, esculturas, baixos relevos, é demais. É pena é que os desejos dos homens e a sua obra seja por vezes tão incoerente com a sua prática, como foi o caso de Staline que assassinou milhões.
Por hoje termino o meu relato, isto vai levar muitos dias. Amanhã começo com a nossa visita a Kolomenskoie.

3 comentários:

mariab disse...

obrigada por partilhares as tuas emoções num destino tão fascinante.
beijo

Ilidio Soares disse...

Você fez a viagem do sonho...Meu, pelo menos...Mas enquanto não vou para lá, fico aqui a ler os seus relatos...abçs

Anónimo disse...

Sê bem-vinda Anad.
Dri