Ainda estou em Mértola e amanhã parto novamente para a Parede. Acabei a formação hoje e amanhã vamos percorrer algumas freguesias, num percurso pedagógico. Quando chegar a casa contarei como correu esta semana. Tenho novidades sobre a descoberta dos meus parentes alentejanos.
Apeteceu-me falar-vos do excelente filme que fui ver quarta - feira. Quanto é importante numa produção cinematográfica, excelentes atores, uma ideia exemplarmente desenvolvida, uma realização fantástica. O discurso do rei é daqueles filmes que vale a pena sair de casa para ir ao cinema. Colin Firth interpreta o papel de Jorge VI, pai da atual rainha Isabel II do Reino Unido, interpreta de uma forma sublime. Eu já gostava deste ator mas agora fiquei completamente fã.
Jorge VI sofria de gaguez desde os quatro anos, sensível deve ter sido educado de forma muito rigida, tornando-se fraco e inseguro, ele teve um irmão, príncipe John que sofria de epilepsia e que foi escondido de toda a gente, por isso como se deve calcular as crianças inglesas até Diana de Gales foram criadas de forma muito exigente e como pequenos adultos, nunca crianças em desenvolvimento. O rei morre e o herdeiro Eduardo VIII, que estava a viver um romance com Wallis Simpson, renuncia ao trono e Jorge vê-se de repente confrontado em ter de aceitar ser rei, mas como fazer discursos se era tão gago e ainda por cima estava numa época de 2ª. guerra mundial e tinha de falar ao povo. Foi um homem de nacionalidade australiana Lionel Logue que o ajuda com técnicas completamente diferentes das cientificamente aceites, era um autodidata que ajudou o pobre rei e ele fez o discurso correto no momento certo. O rei e o seu «salvador» ficaram amigos para sempre e até ao fim da vida Jorge VI foi ajudado por este homem. Colin Firth esteve extraordinário e eu só posso dizer resumindo a emoção que senti «Colin, we love you»
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