Quando mudamos de casa terminamos um ciclo de vida e iniciamos outro. É interessante que aos sessenta e cinco anos, a chamada 3ª. idade eu volte para a terra onde nasci e vivi metade da minha vida. Encerrou-se uma etapa e começa outra.
Oiço às vezes as pessoas dizerem «ai que saudades daqueles tempos», mas eu nunca sinto saudades, e se às vezes emprego essa expressão é sem senti-la verdadeiramente, eu quero é viver o presente e tenho grande de esperança no futuro. As árvores morrem de pé, era o nome de uma peça de teatro que eu vi há muitos anos no teatro Avenida que ardeu, com a Palmira Bastos e nunca me esqueci da última frase «Morta por dentro, mas de pé. De pé, como as árvores!”.
Eu não estou morta por dentro, estou bem viva, mas de pé como as árvores, apesar de ter percorrido já um longo caminho e espero que ele ainda o seja por muitos anos.
Vou encerrar uma etapa da minha vida e começar outra. Esta é a décima sexta vez que mudo de casa, ou melhor que habito temporariamente ou por longos anos casas e nunca digo que é a última, pois nunca sei o que a vida me reserva e eu estou completamente aberta à vida e aquilo que Deus me dá todos os dias.
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