O dia da inauguração de um museu é uma feira de vaidades. Nós dos museus não conhecemos a grande maioria da pessoas que lá estão e depressa sabemos porquê. À saída, no parque de estacionamento, acumulam-se os carros dos ministérios e os respectivos motoristas . São dos políticos, dos técnicos políticos, dos homens do «aparelho», etc.
Passam a correr pela exposição e não deixam ninguém ver nada, porque são aos magotes e querem ser vistos na primeira linha, no lugar onde estão os meios de comunicação. Empurram para cumprimentar este e aquele e assaltam o cocktail para não terem que jantar nesse dia.
Sobretudo cumprimentam-se com um só beijinho, é claro, é de bom tom e falam de tudo menos do museu e da exposição que supostamente estiveram a ver.
Ai como eu detesto ir e se vou é por razões familiares, mas acreditem que só nessas circunstâncias eu vou, porque o que eu gosto é de ver o museu numa hora sossegada, calma, contemplando o que a arte e o génio do homem proporciona de deleite e prazer ao mundo.
3 comentários:
he! he! he! está tão engraçado o quadro q pintas!!! enfim, é mais um sub-tipo desta espécie de simios a que pertencemos, sem duvida que não é o mais fascinante de observar, mas tem comportamentos muito divertidos!!
beij, paciência e bom fim de semana!!
Não há nada mais deprimente do que ver as feiras de vaidades que querem ser mais do que a exposição patente... Mas às vezes lá é necessário passar por esses baldes de água fria. Habitualmente vou lá nos dias seguintes.
Felizmente não tive (e penso que não terei), necessidade de contemplar tão degradante cenáro. De facto (e sendo eu tão ant-protocolo), decerto "armaria bronca"...ahahhahaha. Aliás, tenho a certeza de que o faria.
Detesto pedantismo, venha ele de onde vier.
Beijinho
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