1ª. NOTÍCIA
Fui visitar a exposição dos primitivos portugueses e fiquei deslumbrada mais uma vez com o nosso património. Aproveito pedaços de um excelente artigo que o meu filho mais velho publicou no jornal onde trabalha.
«Para percorrer estes 100 anos de pintura, a Exposição foi dividida em sete núcleos.
O primeiro é dedicado ao século XV, organizado em torno de Nuno Gonçalves.O segundo núcleo abrange o reinado deste monarca, que tem como notas dominantes o gosto pela pintura flamenga, por um lado, e o modelo retabular em altura, por outro. O terceiro núcleo é dedicado a essas «oficinas dispersas», salientando também a variedade de soluções pictóricas então encontradas. A generalização territorial da pintura neste período não esconde, contudo, a grande oficina que existia em Lisboa e que é evocada no quarto núcleo. As três empreitadas que realizaram juntos, num curto espaço de tempo, em Ferreirim, a mando do Infante Dom Fernando, são o melhor testemunho. É uma prática que, no entanto, muda no início da década de 30 do século XVI, com a afirmação da individualidade de cada um destes artistas, como se poderá observar no Quinto Núcleo, justamente intitulado Tempos de Mudança. Novos Autores do último Núcleo, como Diogo de Contreiras ou os Mestres de Abrantes ou de Arruda. A estes seis núcleos é preciso juntar o do Museu de Évora. Esta extensão justifica-se não só pelo acervo que a instituição detém, mas também pelo papel que a cidade desempenhou na incorporação da arte flamenga em Portugal. As obras que Francisco Henriques e Frei Carlos fizeram, quer para a Catedral, quer para os conventos de São Francisco e do Espinheiro, são o fio condutor da última etapa desta viagem pela pintura do Renascimento Português. Que, acima de tudo, procura projectar no futuro um património que nunca deixou de nos desafiar.»
A exposição está muito bem exposta só que não concordo com a reconstituição de alguns dos retábulos e para isso baseio-me na excelente tese de doutoramento do meu marido. Aliás os promotores da exposição já concordaram com algumas das fundamentações dessa tese. Quanto aos plasmas com as reflectografias são de uma beleza extraordinária, necessitavam quanto a mim de uma entrevista complementar sobre as mesmas com os comissários da exposição, para melhor enquadramento das imagens. O mesmo complemento deveria ser feito com as cópias do desenho subjacente ao lado das pinturas expostas, uma legenda alargada para uma melhor explicação aos públicos que não têm visita guiada e não são peritos em arte.
2ª. NOTÍCIA
Chorei imenso ao ver em casa no video clube esta história «Uma das mais bonitas histórias, que chamou a atenção do Japão e do mundo todo, colaborando assim para a restauração e preservação da raça Akita, foi a comovente história de um cão Akita chamado Hachiko.
Em novembro de 1923 nasceu um filhote de Akita na prefeitura de Akita, no Japão. Aos dois meses de idade foi mandado ao Professor Eizaburo Ueno em Tokyo, que ansiava por um cão Akita há anos. O Professor batizou o cãozinho de Hachi e o chamava carinhosamente pelo diminutivo Hachiko.
O Professor residia num subúrbio de Tokyo perto da estação de Shibuya. Hachiko acompanhava seu dono todas as manhãs no percurso de casa à estação de trem, voltando no final da tarde para acompanhá-lo na volta para a casa.
No dia 21 de maio de 1925, Hachiko, que tinha tinha apenas um ano e meio, estava na estação como de costume esperando seu dono chegar no trem das 16 horas. Porém, naquele dia o Professor Ueno não chegou, pois sofreu um derrame fatal na Universidade.
Após a morte do Professor, seus parentes e amigos passaram a cuidar de Hachiko que continuou a ir à estação de Shibuya todos os dias à mesma hora para esperar seu dono voltar do trabalho. Os anos passaram e Hachiko, já com dificuldades para andar em decorrência de artrite, continuava a fazer sua peregrinação diária à estação. Sua vigília durou até o dia 7 de Março de 1934, quando já com 11 anos e 4 meses foi encontrado morto no mesmo lugar onde esperou pelo seu dono por tantos anos.»
NOTÍCIA SURPREENDENTE
No fim de Março vou viver para Lisboa, fiz ontem o contrato. O meu destino cumpriu-se.
Hoje vou esperar que me liguem a luz, amanhã a água, depois no fim de semana começam as obras. A casa é linda. Estou tão feliz e depois quinta feira aí vou eu para o Alentejo.
os.
2 comentários:
Tinha que ser, se ela um dia o pensou, teria que acontecer.
Aquela luzinha que brilha lá bem no fundo daquele ohar energético não a largará mais até se cumprir o fado.
Fico muito feliz porque vamos ficar
quase vizinhas.
Quanto à história do cãozinho japonês e do seu dono, deixa-me de rastos sempre que passo os olhos por ela.
Bem-vinda Aninhas
Bjokas
Mané
Drª.
Esperamos ansiosas pelo seu retorno e por mais algumas horas na sua companhia, não fosse isso um privilégio!
Beijinhos, directamente
de Mértola-Vila Museu, de uma das suas formandas.
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