sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Hoje fui ver a Exposição António Olmos no Centro Cultural de Cascais


Hoje fui ver a exposição António Olmos no CCC e achei que a colecção é sem sombra de dúvida uma colecção variada e de uma grande riqueza. Gostei do catálogo, da maneira como foi programada a exposição e o seu discurso museológico, mas detestei o projecto museográfico de António Viana, este arquitecto/designer é um homem datado, é um homem que parou nos anos oitenta. Suportes rebuscados que ofuscam as peças, suportes de madeira crua para neles serem colocados pequenos contadores indo-portugueses ou ourivesaria, pratos de faiança ou outros, que abafam as peças diluindo-as naquelas cores. Suportes minimalistas em dicotomia som suportes com aplicações exageradas de madeira, pratos empilhados, moedas colocadas em placas de acrílico fosco, que não se fica a perceber quais são as mais importantes, mobiliário colocado à moda da Gulbenkian, quando ela abriu nos anos sessenta, com estrado demasiado alto. Enfim, não gostei nada, nada do projecto museográfico, e ele é tão importante, pode transformar uma exposição. Lembram-se da exposição de Fafe, que tinha um espólio pobre mas que foi potenciado e enriquecido pelo projecto museográfico e esta uma colecção valiosa submergida pelo projecto museográfico.

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