quarta-feira, 10 de março de 2010

Viagem a Évora - 2ª. parte

No domingo nós fomos logo visitar o Museu de Évora remodelado. A remodelação do edifício está muito bem. A exposição das colecções que estavam na reserva e que nunca ninguém via também estava bem, mas o problema é sempre o discurso museológico. Corredores e corredores de pintura sem fim, não há um texto de entrada de cada sala, não há nada. O que é que o cidadão comum, divorciado da arte e da cultura pode compreender? Meu Deus é o museólogo a trabalhar para os seus pares e que só gosta de investigação. satisfaz o seu gosto, fica com a informação para si, porque nem sequer há catálogo e os públicos que façam a sua leituta pelos imensos corredores de pinturas e pedras. Com agora existe um novo director, talvez as coisas mudem.
Ainda de manhã fomos ao renovado museu de arte sacra, o edíficio antigo dos meninos do coro da Sé estava um mimo ou não fosse ele remodelado pelo arquitecto Carrilho da Graça, esse grande mestre da arquitectura. As colecções do tesouro da Sé foram colocadas na sua maioria, mas aqui também a museografia não me agradou. Vitrinas que atravacam corredores e a ausência sempre a ausência de umas linhas esclarecedores junto de cada cela ou colecção, escrita com linguagem acessível. Luz deficiente e ausência de catálogo. É uma pena.
Voltámos a almoçar no Burgo Velho e ele como sabia que eu só comia peixe cozido sem sal, já tinha comprado peixe fresco, que casal mais querido, ele a servir e ela a cozinheira, tudo feito no momento.
À tarde terminámos a visita com a ida à linda igreja dos Lóios, com o altar de talha dourada e as paredes totalmente cobertas de azulejos da autoria do grande pintor António de Oliveira Bernardes, de seguida fomos ver o palácio que tem uma vista maravilhosa sobre a planicie, bonito sem dúvida, mas que hoje está um pouco abandonado e não mostra a grandeza dos Cadavais. Claro que uma grande parte está na pousada dos Lóios que pertencia ao palácio, mas o que nós vimos, mesmo a nível de mobílias, podia ser melhor.
Vimos Évora na sua parte mais histórica e escondida entre as suas muralhas afonsinas, é maravilhoso passear por aquelas ruas património mundial da humanidade.

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