segunda-feira, 15 de março de 2010

Ontem foi um dia de amigas...
























































Ontem encontrei-me com 4 amigas do grupo de viagens. Foi muito bom. Fomos almoçar a um restaurante em Belém que eu recomendo «Restaurante Montenegro», numa rua paralela aos pastéis de Belém para o lado do rio, na rua Vieira Portuense, 44. Comi um peixe grelhado óptimo e as minhas companheiras, arroz de cabidela, sável com açorda e espetada de lulas, tudo muito bem feito. Depois fomos aos pastéis de Belém e eu coitada de mim, fiquei a ver. Nunca mais vou enfiar açucar na minha boca, é uma decisão definitiva. Nunca devemos dizer nunca, mas a saúde neste caso está primeiro.


Fomos então ver a exposição retrospectiva da Joana de Vasconcelos no CCB, havia fila à porta, as entradas são gratuitas e havia muitas famílias e crianças. Esta exposição foi muito divulgada na televisão e tudo o que é divulgado na TV é êxito certo. Vejam por exemplo os filmes portugueses, há filmes que se não fossem tão mediatizados, as pessoas não os iam ver.


Gosto desta artista q.b., acho que a primeira parte da sua obra é inesperada e genial, o lustre de tampões com o título de A Noiva, em 2005 lançado, o Sofá Aspirina de 1997, a Cama Valium, 1998 e últimamente o Coração Independente, 2008, a Cinderela, 2007, o tal sapato feito de tachos, panelas e tampas de loiça de alumínio, o Mundo aos seus pés, 2001 e a denuncia sobre o maltratar animais, com cães de loiça que os públicos podem partir, neste momento já não funciona o pedal que parte os animais.


Não há dúvida que a obra dela é chamativa e desconstrói muitas das ideias que se tem de arte, e em arte contemporânea o mais importante é ter uma ideia e desenvolvê-la. Claro que as ideias dela são concretizadas por muita gente, muita gente anónima, porque as pessoas podem ser levadas a pensar que isto tudo é feito por ela, mas não é. O que eu acho é que há objectos que são dejá vu nos anos 60, não há assim tanta novidade, na minha perspectiva, hoje é outro tempo e a arte felizmente chegou até às massas e elas olham os objectos de uma outra forma e com mais informação e com mais mediatização como eu referi há pouco.


Não me atrai os objectos revestidos de renda nem a obra denominada Contaminação objectos de pano espalhados pelo chão com restos de tecidos, com formas diferentes, mas que me leva a imagens de outros tempos, a ida a Fátima também não me seduziu, não me trás uma ideia nova, nem aquela caixa com utensílios de casa e objectos decorativos, já vi melhor, na Noruega, Suécia e Holanda. São países que têm ideias mesmo muito up to date. Eu direi que estas instalações serão as paisagens de outras épocas.

Depois saímos e olhei as garrafas que estão à entrada, têm um efeito inesperado e interessante, mas não fico extasiada. Fiquei mais com a magnólia maravilhosa que está mum canteiro do CCB e que anuncia a Primavera. E eu com a minha moda ANAD. Desta vez até levei um lenço DIOR, que já tem muitos anos e que este como outros que tenho em casa hão-de morrer comigo. Os padrões são lindos e como eu escrevi no outro post, da loja dos chineses aos lenços DIOR tudo tem a seu cabimento. Diversificar é quanto a mim a palavra de ordem.

O dia ontem esteve maravilhoso de tal maneira que não levei casaco de fazenda, o sol espreitava e as pessoas ávidas de sol encheram as praias da linha que já tinham areia. À saída do CCB ainda nos sentámos a conversar e depois cada uma foi apanhar o seu transporte. Gostei de regressar a casa, sou uma mulher diurna, à noite gosto de recolher-me com os meus pensamentos.

3 comentários:

Jelicopedres disse...

Descobri o "Azul ao Longe".
Vim espreitar, de fugida mas vou voltar...
Gostei do pouco que ainda vi.

(o meu nome é Teresinha, vivo em Vila Nova de Santo André, perto do mar...)

Namastê*_*)

Anónimo disse...

Olá miúda!
Sim, é a refractária.
Tá tudo muito bem no teu post rapariga, mas porquê a decapitação?
Já percebi que o lenço tá no lugar da tua cabeça, é "Dior", saíu do teu pescoço e não é o teu olho nem o teu dedo que espreita e prime. Reitero a pergunta: porquê a decapitação?
Desculpa a insistência.É coisa de quem gosta de compreender o que vê.
Beijos saudosos
Dri

Pé na estrada disse...

Pois eu gosto bastante do inesperado das obras da Joana. Igualmente reconheço que algumas podem não ser tão inovadoras como parecem, mas em mim, suscitam quase sempre, novidade, espírito critico e vontade de saber mais sobre a artista e o porquê da idealização e criação da sua obra.