quarta-feira, 21 de março de 2012

Adorei o filme Florbela, a fotografia, a música, a realização, os actores, os ângulos, enfim gostei de tudo e acho que alguns críticos da nossa praça são arrogantes e parvos.

Filme sobre Florbela Espanca traz retrato intimista da artista

Afastado da tradicional biografia, Vicente Alves do Ó traz ao cinema uma vertente menos explorada de Florbela Espanca. Através de um olhar sensual, o realizador e argumentista filmou a paixão e a inquietação da poetisa.

Por Carla Henriques, em Portugal, para o RTP


Uma conversa entre amigos, sobre figuras históricas portuguesas, foi o ponto de partida para “Florbela”. Vicente Alves do Ó decidiu filmar um dos nomes da poesia que ainda não tinha sido adaptado à sétima arte, e cuja imagem era tida como uma verdade absoluta.

Entrar na vida de Florbela Espanca, ao ler as cartas da poetisa, foi um processo de descoberta para o cineasta. Vicente Alves do Ó encontrou uma mulher "que adorava sair, adorava moda, chapéus, frequentar a vida social, muito atenta a situação politica do momento e atenta aos outros". Para o realizador, Florbela Espanca "era uma mulher do mundo, que tinha sede do mundo".

O filme Florbela, que estreou em 8 de março em Portugal, remete para um período da vida da poetisa: "a fase em que Florbela Espanca tem pouca atividade de escrita e em que a família está virada de costas para ela, porque já vai no terceiro casamento".

Parceria da atriz com o diretor

O realizador optou por rodar o universo emocional de Florbela Espanca com a intenção de "chegar à essência da escritora". A longa-metragem representa para Vicente Alves do Ó o período mais difícil da vida da poetisa

Protagonizado por Dalila Carmo, o argumento do filme foi escrito pelo diretor com a atriz como a escolha inicial para o papel de Florbela Espanca. Rodar algumas das cenas, na terra natal da poetisa, Vila Viçosa, era outro dos imperativos do cineasta, também alentejano, mas de Sines.

"Florbela" conta ainda no elenco principal com a participação de Albano Jerónimo, Ivo Canelas, José Neves e Rita Loureiro. A segunda-longa metragem de Vicente Alves do Ó, conta com um primeiro percurso comercial em Lisboa e no Porto, vai ainda percorrer mais de cinquenta cidade do país até ao final de maio.

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