terça-feira, 3 de abril de 2012

Final da história infantil, por: Ana, Maria Alcina, Maria Emília e Maria Manuela

E finalmente terminou a história que fizemos em conjunto, agora faltam as ilustrações.

FIM DO III EPISÓDIO

Os nossos personagens Catrapuz e Alcatruz tinham chegado pela manhã e depois de todos os tempos descritos de alegrias familiares, encontro com o pai e as primas Bimbinela e Pimpinela que tanto estimavam e que já casadas lhes apresentaram os maridos e os filhotes pela idade dos seus filhos, sentiam-se felizes e tranquilizados com tanto amor partilhado. Os criados antigos da família que os tinham acompanhado tantos anos, sorriam de prazer e alguns até tinham lágrimas nos olhos.

Descansaram toda a tarde nos seus quartos com as mulheres e os filhos e deram algumas voltas pelas salas e corredores para rever o ambiente que os tinha acompanhado durante a infância e a adolescência. Assistiram ao entusiasmo com que trabalhavam na preparação do jantar de famìlia e convidados mais próximos, que seria alegre e íntimo.

O rei que se retirara para descansar de tantas emoções, dera ordem para comparecerem malabarista e palhaços para alegria das crianças. Para os adultos chamaram grupos de dança como a pavana e o saltarelo, mais alegre e bem disposto para todos os presentes poderem participar.

Neste guardar e refletir sobre os acontecimentos, o que o preocupa ainda é o encontro no salão do reino com a fada Josebela e a bruxa Ziripela.

Entretanto a fada Josebela, `a cautela, fora com algumas fadas voadoras até às mariposas e conhecedora do segredo «limpoescalifroso», tornaram-nas mansas e obtiveram do seu interior a poção mágica para esfregarem as orelhas dos dois príncipes antes da reunião no palácio. No proprio dia, antes de eles entrarem, esfregaram-lhes bem as orelhas e principalmente aqueles pontos que tinham ficado sob o feitiço,pois a partir deles podiam tornar-se novamente caracois.

A sala do reino está com as lareiras acesas e o ambiente magestoso ,com os lustres cheios de velas e o estrado elevado do salão é encimado por um cortinado de veludo escarlate, bem volumoso.As paredes estão decoradas com tapetes de lã com cores matisadas e o chão forrado com passadeiras nos corredores

Sobre o estrado, ao centro, destaca-se o trono real forrado de veludo ocre dourado, com praços de apoio e espaldar alto colocado sobre um grande tapete onde lateralmente , e um pouco recuadas e afastadas do centro dum lado e do outro,estão poltronas que se destinam aos principes e suas mulheres e perto das extremas sentam-se, virados para o centro, dum lado os ministros e do outro os sábios e os conselheiros.

Em frente, a seguir a um corredor largo, ficam as filas de cadeiras para as bruxas, do lado esquerdo e para as fadas do lado direito do rei, com um corredor central bastante largo onde, na na parte superior do corredor se instalam a bruxa Ziripela e a fada Josebela para poderem ser ouvidas pela assembleia da corte e por todos os assistentes.

A partir do meio da sala estavam as cadeiras dos responsáveis das várias regiões do reino

Entraram primeiro as fadas e as bruxas que ocuparam os seus lugares. Em seguida sentaram-se os funcionários regionais.

Todos se vestiam com rigor e os trajos primavam pela qualidade das sedas, dos cetins e dos brocados, das rendas e dos veludos.

Quando a corte entrou lateralmente, todos se levantaram com respeito para saudar e honrar a família real que agradeceu a cortesia com uma ligeira menção de vénia e ocupou os seus lugares.

O rei levantou-se e fez sinal que ia falar. Estava imponente nos trajos brilhantes de muito bom gosto e bom corte e atendendo à solenidade do acto pigarreou um pouco para aclarar a voz _ Começou por anunciar a razão deste encontro, da qual já todos tinham sido informados e esclarecidos e convidados a participar. Afirmou com veemência o desejo de que as novas leis baseadas nas experiências realizadas e os resultados obtidos com uma nova forma de gestão e de procedimentos proporcionada pela actuação dos príncipes durante alguns anos, o levara a decidir juntamente com os sábios e os seus conselheiros e ministros a criar modificações que levassem a uma nova ordem de governo. Anunciou que dava lugar ao seu ministro que iria explicitar e ditar as transformações pretendidas. Haveria uma nova constituição, que foi explicada com pormenores na mudança das leis com o objectivo de atingir harmonia e desenvolvimento para todos._

Quando a bruxa Ziripela ouviu que seria a fada Josebela a dar os cursos e a dirigir os meios para alcançarem a vontade do rei, ficou brava e furiosa Sentiu que perderia o 1º lugar entre os mágicos e as bruxas. Não concordava com trabalhos e cursos. A missão das bruxas era pesquisar, inventar, transformar, castigar, vingar, como deusas malignas e «à vezes» benignas e nunca trabalhar com os humanos.

Josebela tentou convencê-la com serenidade e bom senso. Era necessário que ela reunisse as bruxas e todas se convencessem da bondade da mudança, mas não estavam de acordo Ameaça o rei de não poder continuar a reinar sem ela pois só «ela« poderá restituir a dignidade aos seus descendentes. Todas as bruxas traziam já decisões e objectivos de vingança

As fadas tambem tinham tomado as suas disposições e precauções. Por de traz dos príncipes e do rei estavam fadas junto ao cortinado, no centro e dos lados que zelavam pela segurança do rei. Todas estavam em posse dos seus poderes de intervenção rápida. Tinham relembrado as palavras dos feitiços mágicos e os meios para os pôr em prática.

Assim havia algum alarido na sala. As bruxas gesticulavam, perdiam algum controle e discutiam entre si com esgares e torcidelas de nariz. Havia grande atenção e silêncio nos

convidados e nos outros participantes que olhavam e ouviam com inquietação a discus-são que se levantara. Todos ou quase todos concordavam com o rei e com o progresso que se iria sentir no reino. As pessoas valeriam por si próprias com trabalho, inteligência e decisão para o bem saber e o bem fazer

De repente a fada Ziripela levantou-se e todas as bruxas a imitaram.

Do lado das fadas ouviu-se um grito em uníssono e já todas estavam de pé e em acção

com as varinhas apontadas. Foi uma fração de segundos de antecipação

Quando Ziripela disse a palavra mágica « Limpoescalifroso» juntamente com o grito em sequência das outras bruxas, o grito das fadas com as varinhas dirigidas estava no ar com «Plimplão, avestruz, catrapim ,almoster, venha quem vier» e o feitiço das bruxas

não encontrou alvos pois estava a frente toda transparente, não se via ninguém e o cortinado aberto pelas fadas em serviço, mostrava um espelho enorme na grande parede

superior da sala.

Os príncipes não tiveram tempo para colocar os bacios siderais, mas como a fada Josebela lhes tinha esfregado bem as orelhas, o feitiço ao passar por eles apenas tinha atingido os pontos coloridos que não voltariam mais, depois como ficaram transparen-tes nao sofreram dano e os raios de luz com a força do feitiço e o embate no espelho retornam como um boomerang na sua direcção inicial provocando estrondo, fumo, transformando-se em raios de luzes fulgurantes quando tocam na bruxa Ziripela e nas bruxas más que estavam com ela e que à medida que tocam no espelho vão sempre regressando e rodopiando com faíscas em todas as direcções e enchem o espaço entre

a plataforma do corredor e as filas das bruxas más com inúmeros pontos luminosos que ao caírem no chão se transformam em bolinhas brancas longilíneas que saltam pelo chão e rebolam para todo o lado.

Que grande susto e que belo espetáculo. Depois de se recomporem de alguns fanicos das senhoras e dores no peito nos homens, a curiosidade foi ainda mais forte e com grande perplexidade vieram a perceber serem casulos de bichos de seda o que resultou numa enorme riqueza para o reino, tornando-os os maiores produtores de seda natural, razão pela qual, pelos anais da história passou a ser conhecido este território como o «Reino da Seda»

Entretanto as fadas trataram de fechar o cortinado depois de reporem o brilho do espelho e com o feitiço do « Plimplão,avestruz,catrapim,almoster,perlimpimpim, venha quem vier», em surdina para não ser ouvido pelos presentes, tornaram visíveis os personagens da corte, que com grande alegria falavam de como a maldade se tornara bondade e de como as bruxas se tinham transformado em lesmas boas por muitos anos e até Deus querer.

Todos os ovinhos foram recolhidos com muito cuidado e foram criados canteiros à volta do jardim do palácio para plantação de amoreiras e as suas folhas foram alimento para estas lesmas que são as minhocas mais queridas porque se transformam em borboletas que tecem o casulo da seda e que depois poem muitos ovinhos de minhocas a que chamamos bichos da seda.

A G R A N D E F E S T A

UM ANO DEPOIS

Tudo estava preparado para o jantar de gala Os convites foram feitos com muito gosto

e enviados a artistas de todas as qualidades e dedicados a todas as idades e gostos.

Malabaristas, palhaços, fantoches, circo de animais- cães, pássaros e outros.

Jograis, conjuntos musicais para animarem os bailes desde as danças de salão às danças

de camponeses

Um teatro para montar no jardim, para sonhar, chorar e rir e os intérpretes para esses espectáculos.

Personagens para a Pavana e bailarinos para o saltareco.

Tocadores de tambores, violas, flautas e gaitas de beiços,etc...

Nos jardins danças de roda, animaram os largos. Todos dançaram fora e dentro dos salões

As crianças adoraram. Os mais velhos alegraram-se cheios de esperança

O jantar foi repartido pelos populares com vitelos assados em espetos e veados, e coelhos e muitos galinácios. Pão com fartura, vinhos. Ovos para os doces elaborados nas famílias e oferecidos com partilha e amor pelas ótimas cozinheiras

Nas salas de refeições e nos salões de festa do castelo os festejos foram opíparos, com travessas de manjares passando por todos os lados, vinhos primorosos e generosos, doçaria requintada. As danças no salão foram soberbas e de grande beleza. O saltareco levou muitos convidados a levantarem-se das mesas para participar com muito entusiasmo e alegria para todos

Fora e dentro do castelo os festejos foram grandes. As fadas boas e as bruxas também boas, os mágicos inteligentes e criativos de alquimias para descobrir plantas e medicamentos para a saúde alegraram-se com as suas actuações bondosas e úteis.

Passaram sobre os jardins e o castelo como bandos de aves migratórias e foram avistados por muita gente.

Viva o rei Furibundo IV- Vivam os príncipes Catrapuz e Alcatruz, Vivam as princesas Preciosa e Graciosa .Vivam todos os seus parentes e descendentes. Viva o Povo.

VIVA O REINO DA SEDA!!!

FIM DA HISTÓRIA



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