sábado, 21 de abril de 2012

Há dias que não saio de casa porque simplesmente não me apetece. Vou reler hoje outra vez os Maias e jogar no computador jogos estúpidos é certo mas que me relaxam, além de pesquisar na internet muitos dos acontecimentos que se passam no mundo e no nosso país. Tenho seguido atentamente o que se passa no nosso país e neste momento a grande discussão é a sustentabilidade da segurança social e fiquei a saber por um debate que vi na Sic notícias, com antigos ministros deste pelouro que 85% das pessoas têm reformas abaixo dos 500 Euros e reformas acima dos 5,000 Euros são 1.000 pessoas mais ou menos que representa 0,09 , portanto 15% recebe acima dos 500 Euros, isto é mais ou menos assim porque como é uma média o que as pessoas recebem é um pouco mais.
Eu pergunto onde estão as reformas da segurança social, aquelas que ela foi sujeita para garantir a sustentabilidade por 30 anos? O que será dos nossos filhos? E dos nossos netos? Andámos a descontar no meu caso 41 anos para quê? Onde estão os fundos de pensões que passaram para o estado? Segundo o jornal Público:


“Esperamos uma recessão mais profunda do que as estimativas das projecções oficiais e dos analistas”, disseram vários analistas num relatório citado pela agência norte-americana Bloomberg.



“O nosso cenário de base é de um segundo pacote de resgate em Setembro de 2012; no entanto, vemos riscos de um possível descarrilamento a médio prazo”, lê-se no mesmo documento.



Portugal acordou há pouco mais de um ano um empréstimo externo de 78 mil milhões de euros com três instituições internacionais – a troika Comissão Europeia-BCE-FMI – e as taxas de juro a dez anos nos mercados secundários continuam em níveis insustentáveis, que sugerem ser improvável o país regressar aos mercados de crédito no próximo ano, conforme está previsto no Memorando de Entendimento com a troika.


Depois de uma recessão de 1,6% no ano passado, a mais recente previsão do Banco de Portugal aponta para uma queda de 3,4% do PIB este ano e para uma estagnação em 2013, mas dizendo que o risco de o cenário ser pior do que este é superior a 50%.

“A actual determinação na Europa para evitar outra reestruturação de dívida pode ser posta em causa mais adiante, se os [indicadores] fundamentais se deteriorarem”, escreve também o Morgan Stanley."


Se isto é verdade, como se vão pagar as reformas, ordenados, subsídios de desemprego, outros subsídios, o que eu sei é que nos andam a enganar a todos e revolta-me pensar que  o PSD ganharia se fossem hoje as eleições, claro que já empatado com o PS, estamos entregues aos bichos de avental e colher de pau e a filha do Le Pen (o extremista de extrema-direita em França) concorrente às próximas eleições, que tanto ela como o seu paizinho odeiam imigrantes, diz nos seus discursos eleitorais que os portugueses de França gostam dela, são seus amigos. Que povo é este, que espinha dorsal é esta, meu Deus, por isso leio os Maias e jogo jogos de computador estúpidos, para não me desesperar mais e quanto ao que aconteceu no Porto com a escola da Fontinha, transcrevo aqui o que Manuel António Pina, grande poeta e escritor de literatura infantil disse acerca do assunto:  "É em momentos como o ontem vivido no Alto da Fontinha que Rui Rio revela o seu rosto de autocrata e a sua aversão a tudo o que lhe cheire a diferença, particularmente a todas a formas de cultura e cidadania que escapem à Kultura, ao papel "couché" e à rotina institucional." Manuel António Pina. 
Eu assino por baixo.

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