O pedido de demissão foi entregue nesta manhã e aceite pelo ministro, apurou o PÚBLICO, que também tentou contactar um assessor do ministro, mas sem sucesso. Segundo o que conta a revista, o Ministério Público terá encontrado, nos telemóveis do ex-espião Jorge Silva Carvalho, mensagens trocadas com o ex-jornalista que era adjunto do gabinete de Miguel Relvas. A existência destas mensagens também foi confirmada pelo PÚBLICO.
Em Setembro de 2011, o adjunto e o ex-espião combinaram falar através de um telefone fixo da Presidência do Conselho de Ministros e concordam em encontrar-se no Hotel Tivoli. "Entre 8 e 15 de Setembro de 2011, o adjunto e o ex-líder da "secreta" combinaram falar através de um telefone fixo, é referida uma ligação através dos telefones da Presidência do Conselho de Ministros e concordam em encontrar-se para beberem um café no Hotel Tivoli", noticia aSábado.
Contactado pela mesma revista, Adelino Cunha anunciou: "Apresentei o pedido de demissão, que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares aceitou." Contactado pelo PÚBLICO, Adelinho Cunha foi peremptório: "Não vou falar."
Uma das mensagens indicia o envolvimento do adjunto de Relvas na divulgação de que um envelope, sem remetente que tinha sido recebido pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto, contendo uma cópia dos registos telefónicos do ex-jornalista do PÚBLICO e dois e-mails enviados por Silva Carvalho, tinha sido recebido pelo ex-director do SIED já aberto, um facto amplamente noticiado pela comunicação social.
Na altura decorriam os trabalhos da comissão parlamentar que analisou as fugas de informações nas "secretas" e o acesso a uma lista de contactos do então jornalista do PÚBLICO Nuno Simas, tendo o caso do envelope aberto sido divulgado pelo presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão, após a comunicação por email do advogado de Silva Carvalho, Nuno Morais Sarmento.
O objectivo do episódio, admitiu ao PÚBLICO uma fonte do Ministério Público, seria desacreditar o conteúdo dos emails, comprometedores para Silva Carvalho.
Nesta sexta-feira, a revista Sábado acrescenta as explicações dadas por Adelino Cunha para a conversa e para esse encontro com Silva Carvalho: "Em Setembro de 2011, o Dr. Jorge Silva Carvalho manifestou a sua indignação pelo facto de um envelope que lhe fora enviado pela Assembleia da República ter sido alegadamente violado. A título pessoal, contactei antigos colegas jornalistas alertando-os para esse facto. Informei-o também sobre os rumores que corriam na Assembleia da República sobre o alegado conteúdo dos documentos”.
Sobre a intervenção do seu adjunto, Miguel Relvas diz: “Quanto às SMS do meu Adjunto, Dr. Adelino Cunha, nada mais tenho a acrescentar ao que foi dito pelo próprio”.
Adelino Cunha tem 40 anos, começou a sua carreira em 1992 no jornal O Diabo, sob coordenação de Nuno Rogeiro; em 1996 era editor de Política do extinto diário A Capital onde esteve até 2000, ano em que passou para o Correio da Manhã onde foi editor-adjunto de Política/Nacional.
De 2002 a 2006 foi editor de Política do semanário O Independente, onde também exerceu a actividade de grande repórter. Um ano depois estava na revista semanal Focus como editor-executivo e pouco depois assumia as funções de director. Mas esteve pouco tempo, em 2008 mudou para o Jornal de Notícias como editor de Política/Nacional.
A sua formação em História – tirou o curso na Universidade Lusíada –, fê-lo dedicar-se à investigação e editar títulos como A ascensão ao poder de Cavaco Silva, em 2005; e, mais recentemente Álvaro Cunhal: Retrato pessoal e íntimo.
Em Setembro de 2011, o adjunto e o ex-espião combinaram falar através de um telefone fixo da Presidência do Conselho de Ministros e concordam em encontrar-se no Hotel Tivoli. "Entre 8 e 15 de Setembro de 2011, o adjunto e o ex-líder da "secreta" combinaram falar através de um telefone fixo, é referida uma ligação através dos telefones da Presidência do Conselho de Ministros e concordam em encontrar-se para beberem um café no Hotel Tivoli", noticia aSábado.
Contactado pela mesma revista, Adelino Cunha anunciou: "Apresentei o pedido de demissão, que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares aceitou." Contactado pelo PÚBLICO, Adelinho Cunha foi peremptório: "Não vou falar."
Uma das mensagens indicia o envolvimento do adjunto de Relvas na divulgação de que um envelope, sem remetente que tinha sido recebido pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto, contendo uma cópia dos registos telefónicos do ex-jornalista do PÚBLICO e dois e-mails enviados por Silva Carvalho, tinha sido recebido pelo ex-director do SIED já aberto, um facto amplamente noticiado pela comunicação social.
Na altura decorriam os trabalhos da comissão parlamentar que analisou as fugas de informações nas "secretas" e o acesso a uma lista de contactos do então jornalista do PÚBLICO Nuno Simas, tendo o caso do envelope aberto sido divulgado pelo presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Fernando Negrão, após a comunicação por email do advogado de Silva Carvalho, Nuno Morais Sarmento.
O objectivo do episódio, admitiu ao PÚBLICO uma fonte do Ministério Público, seria desacreditar o conteúdo dos emails, comprometedores para Silva Carvalho.
Nesta sexta-feira, a revista Sábado acrescenta as explicações dadas por Adelino Cunha para a conversa e para esse encontro com Silva Carvalho: "Em Setembro de 2011, o Dr. Jorge Silva Carvalho manifestou a sua indignação pelo facto de um envelope que lhe fora enviado pela Assembleia da República ter sido alegadamente violado. A título pessoal, contactei antigos colegas jornalistas alertando-os para esse facto. Informei-o também sobre os rumores que corriam na Assembleia da República sobre o alegado conteúdo dos documentos”.
Sobre a intervenção do seu adjunto, Miguel Relvas diz: “Quanto às SMS do meu Adjunto, Dr. Adelino Cunha, nada mais tenho a acrescentar ao que foi dito pelo próprio”.
Adelino Cunha tem 40 anos, começou a sua carreira em 1992 no jornal O Diabo, sob coordenação de Nuno Rogeiro; em 1996 era editor de Política do extinto diário A Capital onde esteve até 2000, ano em que passou para o Correio da Manhã onde foi editor-adjunto de Política/Nacional.
De 2002 a 2006 foi editor de Política do semanário O Independente, onde também exerceu a actividade de grande repórter. Um ano depois estava na revista semanal Focus como editor-executivo e pouco depois assumia as funções de director. Mas esteve pouco tempo, em 2008 mudou para o Jornal de Notícias como editor de Política/Nacional.
A sua formação em História – tirou o curso na Universidade Lusíada –, fê-lo dedicar-se à investigação e editar títulos como A ascensão ao poder de Cavaco Silva, em 2005; e, mais recentemente Álvaro Cunhal: Retrato pessoal e íntimo.
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