sábado, 6 de dezembro de 2008

Da minha janela



Da minha janela observo as árvores que estão plantadas na minha rua. Despidas, os seus troncos finíssimos parecem garras que nos querem apertar. É o Outono e ainda ficarão mais despidas direi completamente nuas em Janeiro, para em Março renovarem outra vez. Tem de ser assim connosco, temos de nos despir de tudo que ao longo do ano fomos sedimentando no corpo e no espírito, para nos renovarmos mais tarde com novas roupagens. Este ano tem sido um ano dificil para mim, aconteceram-me muitas coisas ao mesmo tempo, mas que eu procuro aceitar com generosidade, pois já recebi muito. Isto não é um chavão de pieguice sentimental é sim a realidade de todas as pessoas, parvo aquele que diz que é completamente feliz, a felicidade conquista-se em pequenos momentos e colhemos isso sim aquilo que semeámos.
Pela primeira vez desde há muitos anos, tem aparecido na TV, programas que apelam às compras solidárias. Acho muito boa ideia, finalmente a crise veio pôr cobro ao consumo desenfreado e às nossas compensações.
As minhas plantas verdes espreitam as outras, da parte de dentro da minha janela e o contraste conforta-me.

2 comentários:

Anónimo disse...

O contraste é bem evidente, e fala-nos de cuidados e de amor, pois só com cuidados e amor é possível florescer assim.

gaivota disse...

as tuas planas à janela estão bonitas e o sossego anda por aí...
bom fim de semana
beijinhos