sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A família reunida, as iguarias de Natal, os presentes e a graça de Deus, o que é que podemos desejar mais numa noite de Natal?





















A família reuniu-se este ano a 24 de Dezembro. Um ano é a 24 e outro ano é a 25, para todos poderem estar com as suas famílias, aplicando-se isto àqueles membros que integraram esta comunidade familiar pelos laços de casamento e pelas famílias paralelas.
A casa estava quente com a lareira acesa e a árvore de Natal para desespero da Francisquinha tinha muitos embrulhos. Ela já compreendeu e muito bem o que quer dizer a palavra presentes. Nós este ano fomos comedidos e demos prendas q.b., tal como tínhamos combinado, mas todos os que receberam ficaram muito contentes com as ofertas, até a Windy teve uma prenda.
A nossa família não é uma família tradicional, eu casei três vezes e tenho quatro filhos destes casamentos. Toda esta vida e estas opções foram fruto de uma educação autoritária e dura que eu tive na minha infância e de muita rebeldia que havia em mim. O caminho foi de sofrimento, de luta, de muitos erros, mas também de muita coragem.
Os filhos e filhas, a neta e os netos que estão para vir são a riqueza que eu possuo.
No domingo fui à missa de Natal, na igreja da Parede. Uma igreja dos anos sesssenta, típica da época dessas igrejas, como a de S. João de Deus ou S. João de Brito em Lisboa, mas eu gosto de assistir à missa em várias igrejas, gosto de ouvir diferentes homílias e diferentes coros, por isso no próximo domingo sou capaz de estar noutra. Estas práticas também na nossa família não têm nada de tradicional, estive num colégio de freiras e num liceu nacional e fui baptizada na Igreja de Santos-o-Velho, fiz todas as etapas religiosas, 1ª. comunhão, crisma, profissão de fé e depois na minha juventude tive uma crise de fé, senti a igreja fraca e parti para outros caminhos que me pareciam mais justos, mais consistentes e eficazes, acompanhada pelas leituras que fui encontrando, por isso e por uma questão de coerência não baptizei os meus filhos, nem casei pela igreja nos primeiros casamentos. Só o fiz mais tarde quando senti a graça da fé.
Tenho filhos praticantes e outros não praticantes, mas respeito perfeitamente as suas opções, pois eu sempre acreditei nas minhas no momento em que as concretizei. Um dia um padre que eu respeito muito e que hoje tem oitenta anos e que me tem apoiado nos caminhos da minha vida, disse-me «a nossa consciência é que decide o que está bem ou mal para nós e ela é diferente de cada uma dos outros, o que pode ser mal para si , pode não ser para outra pessoa qualquer e vice-versa, por isso devemos seguir a nossa consciência». E é isso que eu faço, sigo a minha consciência e a minha intuição. Nos últimos anos tenho tentado também debelar a revolta, a raiva ou outros sentimentos negativos e tenho desejado intensamente viver em paz, procurando colmatar os erros cometidos ou o sofrimento causado a outras pessoas. Não sou de maneira nenhuma uma católica exemplar, praticante até às últimas consequências. Nem sempre vou à missa, nem sempre agradeço o que tenho, nem sempre faço o bem que deveria fazer. Sou humana em toda a excepção da palavra com desejos de uma maior espiritualidade. Esta é a que eu sou e aceito todos aqueles que não pensam como eu. Hoje só quero caminhar em frente e coisas simples.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Anadê!

Belas fotos com tudo o que interessa:gente que se quer bem,crianças e prendas,aconchego e calorzinho,doces com excelente aspecto e uma cadelinha que parece dizer - e a mim só deram isto?A pobrezinha está com ar de tristeza que dá dó.E é caso para menos?Pois se comeram a carne e lhe deram o osso(um a fingir,ainda por cima!!!).Tadinha da bichinha Anad.Dá-lhe colinho,sim?Ela está a pedir.
E eu envio-te um grande beijo na tua carinha redonda.
Dri