segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Estamos todos doentes cá em casa



A gripe atacou com tosses e febres os da casa. O Inverno transporta-nos a este mundo da doença. Têm sido dias calmos a fazer malha e a ver filmes, a comer canja de galinha e a beber chá. As árvores já estão todas despidas de folhas e estas castanhas ou amarelecidas estão espalhadas pelo chão. Há humidade no ar e o céu está plúmbeo, está um dia daqueles que eu gosto. Estranho não é? Mas é verdade. Lembra-me uma poesia de Cesário Verde, que coloco aqui as duas primeiras quadras.
      AVE-MARIA



Nas nossas ruas, ao anoitecer,

Há tal soturnidade, há tal melancolia,

Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia

Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.





O céu parece baixo e de neblina,

O gás extravasado enjoa-me, perturba;

E os edifícios, com as chaminés, e a turba

Toldam-se duma cor monótona e londrina.(...)

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh Ana;então a gripe,essa mal-amada,anda a espalhar os seus bichinhos peçonhentos por tua casa?
Isso é muito ruim.Mas quer-me parecer que estás a aproveitar para te deitares nos braços da sorna...
Larga os chás,as infusões,as restantes mézinhas de antanho querida.Tudo menos abraçar a doença,o comando da tv e as desculpas para fazer prendas domésticas.
Melhoras rápidas que a vida tá à tua espera miúda.
Beijo atirados de longe.É que não quero que me pegues essa coisa.
Fica bem o meis depressa que a tinhosa deixar.
Dri