segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Carlos Porto morreu



O Carlos Porto morreu há dias e pouca gente falou nele. Foi um dos críticos de teatro da minha juventude e devo-lhe a ele sem o conhecer fisicamente, somente pela escrita, uma orientação do melhor teatro que se fazia em Portugal. Era assertivo, argumentativo e conhecedor da matéria.
Foi através dele que fui ver «A cozinha», no antigo teatro experimental da antiga Feira Popular, o «António Marinheiro», com a Maria Lalande e a Eunice Munõz, as «Árvores morrem de pé» e «A Visita da velha senhora» com a Amélia Rey Colaço, o grupo quatro quando apareceu e a Comuna.
Tanto teatro que eu vi na minha juventude e tanto teatro que eu fiz, primeiro no Teatro do Grupo de trabalhadores da Fima - Lever e mais tarde no início dos anos setenta no teatro de Campolide, onde conheci o Carlos Paredes e o Benitez, aí recordo «O avançado do centro morre ao amanhecer» e «D. Quixote e Sancho Pança» e outras. Foram momentos muito bons, assim como as idas ao cineclube da Avenida Pedro Álvares Cabral.
Tenho muita pena de não ir tanto ao cinema como ia. É dos prazeres maiores que eu tenho e ao teatro ainda menos vou. Cinema vejo em casa, tenho uma colecção razoável e faço o possível por ir ver no ecrã gigante os melhores filmes. O teatro tenho o da minha vida que é uma peça em muitos actos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mana,

Que saudades! Que rico cheirinho a palco ! Era um lindo.....

Jinhos

Manus

Isabel Victor disse...

Bem lembrado, o Carlos Porto. Na verdade falou-se muito pouco ...


Beijo*iv