terça-feira, 18 de novembro de 2008

Os bombeiros são verdadeiramente os soldados da paz


Ontem estive o dia inteiro a trabalhar para o livro do centenário dos Bombeiros. Estou na parte das entrevistas e é para mim um prazer ouvir as histórias que os carcavelenses têm para contar, como era o centro histórico na época da existência das quintas, as lojas, as pessoas, o bulício do dia a dia, os rituais, o quartel velho no meio daquele contexto urbanístico e os bombeiros.

Impresionou-me imenso a descrição de um fogo intenso onde morreram vinte e tal homens, o fogo da serra de Sintra nos anos sessenta. Não há dúvida que ao ouvir aqueles homens eu sinto que são verdadeiramente uns soldados da paz e arriscam na realidade a vida pelas pessoas.

Olhei para o rosto daquele velho comandante e pensei na coragem de quem sai do quartel para combater um grande fogo e não sabe se vai voltar, principalmente na época em que ele era jovem e no quartel não existiam as mesmas condições de hoje, e falou-me também do «contra fogo», que consiste no seguinte: quando o fogo sobe por exemplo uma colina ao chegar ao cimo e começar a descer, deve encontrar um outro fogo posto pelos bombeiros, para quando os dois fogos se encontrarem apagam-se porque já não existe combustão. Umas vezes corre bem e outras vezes corre mal, porque os ventos podem mudar de repente.

A investigação é sem dúvida uma das componentes mais interessantes da minha vida. À noite continuei com a manta para o meu filho Ricardo e hoje vou buscar à modista a manta já cosida e os lençois para o carrinho do meu neto que vai nascer e levo os panos egípcios que eu comprei no Cairo para fazer uns novos cortinados para o meu quarto, brevemente colocarei aqui muitas imagens.

1 comentário:

Ana Camarra disse...

Pois, quero ver.
Também adorei o Egipto, uma maravilha a ver se junto uns tostões para lá voltar....

Beijos