terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ajudemos a salvar o comércio tradicional


Coerente com o texto que escrevi ontem fui visitar em plena rua do Loreto a loja da Rosa Pomar, na Rua do Loreto, 61 - 2.º Dto1200-241 Lisboa. Nesta loja tudo é tradicional, desde o próprio edifício aos suportes onde estão os produtos, aos produtos e ao atendimento personalizado. Comprei uns brinquedos especiais para a minha neta Francisca, são mesmo alternativos e fora do consumo habitual. Em seguida não resisti e entrei na Casa das Velas do Loreto - Rua do Loreto 53/55 - Lisboa 1200-241, LISBOA, www.flickr.com/photos/magic_fly/220951313/ têm velas de todos os tamanhos e feitios e as senhoras que certamente são as donas, andam numa roda viva naquela casa antiga que data dos finais do século XVII, eu comprei uma vela que é uma romã, é linda e faz toda a diferença daquelas que vemos todas iguais nos supermercados. Nesta casa existe um cão já velhote que dormita numa almofada ao fundo da loja, mas se ouve um ruído estranho ladra para avisar, como por exemplo o barulho de uma porta de uma vitrina mais perra, só sei que me senti em casa. Isto tudo porque no outro dia fui a um hipermercado comprar uns brinquedos para os meus netos mais pequenos e fiquei sufocada, reagi de uma forma estranha, o meu mundo não era ali nem aquela era a minha forma de viver. Uma multidão, tudo igual , sem personalização nenhuma, as marcas poderosas a invadir-nos e a aliciar-nos para comprar mais, mais e mais. Vejam lá que na loja da Rosa Pomar encontrei uma senhora, que apesar de ter uma actividade intelectual faz imensos tricots, rendas e outros trabalhos como o patchwork, palavra puxa palavra ficámos de nos encontrar em Janeiro depois das festas, trocámos e-mails, telefones, moradas, isto só acontece no comércio tradicional.
Fui também tomar um cafézinho ao quiosque da Largo Camões e as meninas que nos atenderam com um sorriso de Natal fizeram toda a diferença. Temos de ajudar a reabilitar a baixa e o comércio tradicional, ele não pode ser engolido pelos hipermercados monstricos que avassalam as populações em toda a parte do nosso país. Eu acho que não deve haver na Europa país com tantos super e hipermercados como o nosso.
Subi e fui à Bertrand e comprei uns livros para os meus netos, procurei um especial que estava esgotado em várias livrarias e finalmente encontrei o último exemplar na Bertrand da Avenida de Roma, eu depois posso mostrar os brinquedos e os livros que vou oferecer, passado o Natal, agora não os coloco aqui porque senão os meus filhos podem ver e eu quero que seja surpresa. Comprei também numa lojinha de crianças no Bairro de S. Miguel, dois casaquinhos para a Margarida, um para a Francisca e uma camisola para o António Maria: verde escuro, castanho escuro, azul escuro e cinzento rato, cores giríssimas. E pronto estou contente, só me falta um brinquedo para a Francisca e já estão as prendas, para os meus filhos as prendas já foram em ajudas nas necessidades das suas mudanças e arranjos de casa, hoje as prendas têm de ser úteis, não as compreendo na época do Natal de outra forma, em nossa casa é Natal todo o ano pois as ajudas na família devem ser assim entendidas: partilha, amor, solidariedade.

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