Compras no IKEA. Gosto do conceito. É simples, prático e barato. Comprei novos armários para a cozinha. Faltam sete dias e parecem sete semanas. Ainda tenho tanta coisa para arrumar.
Ontem fui fazer o contrato do gás e aproveitei para ir comer a um japonês/coreano que eu gosto muito ali para o Arco Cego. A Mané ainda foi lá ter e levou-me umas fotos de quando eu tinha 19/20 anos. São tempos que não voltam nem eu queria que voltassem, ou então se voltassem faria muitas coisas diferentes e outras não. Não sou do tipo de pessoas que diz «eu não me arrependo de nada do que fiz», não, algumas decisões eu tomaria de outro modo, não é propriamente arrependimento, mas faria de outro modo. Quando vamos envelhecendo vamos tendo bem presente os caminhos que escolhemos e as poucas alternativas que havia na sociedade opressiva do estado novo, particularmente quando se nascia no seio de uma família conservadora e controladora dos movimentos e atos mas não dos pensamentos e dos sonhos e alguns foram-se concretizando com o tempo, com o esforço e luta.
Ainda quero aproveitar os anos que eu tenho pela frente para fazer muita coisa e principalmente tratar de mim própria para poder tratar dos outros, da minha família nuclear.
Fui muito criança até tarde, tornei-me adulta por mim própria com desilusões, sofrimento e dor, mas procurei sempre na estrada da minha vida momentos de alegria e felicidade e sempre os tive através dos meus filhos e filhas, netas e neto e também dos filhos e filhas museológicos que tenho espalhados(as) pelo país e dos amigos e amigas que vão ficando ou que vão aparecendo em circunstâncias várias e conforme nos vamos conhecendo vamos consolidando afetos.
Faltam 7 dias e vou marcá-los todos os dias no mapa.
A associação das viagens culturais tem marcada uma viagem para a Índia, era um sonho que eu há muito acalentava mas perante esta hipótese que me surgiu, não posso ir. A prioridade é a mudança de casa e são as obras na mesma, mas não morrerei sem lá ir.
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