A minha empregada não veio, hoje ficou em Alcântara à espera do comboio que não chegou. Amanhã vou para o Alentejo e são 3 dias perdidos. A mulher do Sr. Manuel que é tão exímia como ele vai-me ajudar na noite de sábado e no domingo. Ele continuará a fazer as obras. Os pertences vão entrar a partir de segunda feira-na outra casa e já lá estão alguns. É horrível quando uma mudança pesa em cima de uma pessoa com um livro para acabar de escrever e uma formação que só acaba na segunda semana de Abril.
Sinto-me como o Jorge Palma, mas substituindo a palavra noite por manhã, manhã que vai começar agora a todo o vapor com tanta coisa para fazer. A minha filha mais velha tem sido um anjo na ajuda, assim como a mais nova que faz o que pode tendo em conta que tem duas meninas tão pequenas, assim como algumas amigas com o apoio do carro para cá e para lá, como não tenho carro estes apoios generosos para Setúbal, Lisboa, Parede, Parede, Lisboa foram essenciais na mudança de objetos frágeis.
Obrigada amigas e já agora quero dizer-vos uma coisa eu com a idade tenho assumido alguns defeitos de forma a poder ainda transformar os meus pontos fracos em fortes e um deles é que espero muito das pessoas, o que é uma exigência sem nexo da minha parte. Tenho de ter tolerância e compreender as possibilidades dos outros e por eu dar o máximo que posso não tenho que ter forçosamente recompensa por igual, especialmente nas alturas em que necessito. Dar sem esperar nada em troca é a virtude mais sublime do ser humano, ainda não estou nesse grau tão elevado, mas hei-de lá chegar.
A minha querida Lisboa, meu berço natalício, vai-me ajudar muito pois vou encontrar locais que moldarão a minha formação pessoal e humana nos pontos que eu tenho mais críticos. Gosto de ser confrontada com a verdade de mim mesma, pura e dura. Desilusão é uma palavra que eu vou retirar do meu léxico.
(...)Frágil Esta manhã estou tão frágil Frágil Já nem consigo ser ágil (...)
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