segunda-feira, 14 de março de 2011

Miradouros de Lisboa





































Ontem foi um dia em cheio. A comunidade de leitores percorreu os miradouros de Lisboa: miradouro do Torel primeiro, em seguida descemos pela rua do elevador do Lavra que está desativado, atravessámos a avenida da Liberdade, subimos pelo elevador da Glória e fomos ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara avistámos Lisboa do lado oeste enquanto no Torel estávamos no lado este. Atravessámos o Bairro Alto e fomos ter à rua Luísa Todi onde esta cantora nascida em Setúbal morreu e depois à Travessa André Valente onde Bocage faleceu pobre em casa de uma irmã. Nos miradouros, a Luísa encarregada de fazer a apresentação de Cesário Verde preparou muito bem a lição e nos diferentes miradouros fomos lendo poemas deste autor. Fomos ao lindo miradouro de Santa Catarina e em seguida tomámos o 28, parámos na Graça, subimos ao miradouro da Senhora do Monte e vimos uma vista com uma grande amplitude, é linda a vista de Lisboa deste lugar. Em seguida descemos fomos ao miradouro da Graça, onde foi inaugurado há pouco tempo um busto de Sofia de Mello Breyner, por fim vimos o lindo panorama sobre o Tejo, com as igrejas de Santa Luzia, Santo Estevão e S. Miguel por perto assim como a estátua do santo padroeiro de Lisboa, S. Vicente.
Descobrimos que a Néné declama de uma maneira fantástica com lindas entoações de voz.
Por fim almoçámos num restaurante ali perto da Fundação Ricardo Espírito Santo e o querido Carlinhos que me ajudou imenso com o seu saber nesta visita, trouxe-me a casa acompanhado da Zé, da Mina e da Celeste. Que dia bom.
Claro que estou numa maré de grande amizade e carinho por mim, hoje fui a Setúbal levada pela Maria, doei objectos da bisavó dos meus netos ao museu do Trabalho, almocei no Escondidinho com ela e com o Joseph um amigo setubalense e ainda fui à minha casa de Lisboa levar com a ajuda da Maria, grandes sacos com DVD'S de filmes e CD'S de música, para o dia ser ainda mais feliz veio trazer-me a casa. Que bom.
Acabei de receber um mail do Alentejo em que me informam que vêm buscar-me a casa na quinta-feira para levarem os livros que eu vou oferecer à Biblioteca de lá. Já levei as fotografias dos avós do meu marido para Alpiarça, ofereci também um chapéu e uma mala da minha mãe quando ela era muito nova ao museu e agora vamos lá ver a quem ofereço as fotos dos meus avós, que têm molduras lindas do tempo da República.

*Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,

que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os caminhos,

que nos levam sempre aos mesmos lugares.

É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,

teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.*

(Fernando Pessoa)


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