Hoje vou voltar a Setúbal e a sensação que eu tenho é dúbia, por um lado sinto-me feliz por ir apresentar os meus livros e falar destes últimos quase seis anos de trabalho em Cascais, por ir ver pessoas que eu não encontro há anos e por ir recordar momentos entusiasmantes. Por outro lado, sinto que já não pertenço ali, ou talvez nunca tenha pertencido. Escolhemos por vezes caminhos que talvez não quisessemos que fossem esses e de repente já estamos no meio da estrada e não é possível, naquele momento, voltar para trás.
De Setúbal, só gosto da serra da Arrábida e do rio azul, de resto pouco me faz falta a não ser alguns amigos que lá deixei e que ainda hoje contactamos, mas também deixei desilusões, muito luto e recordação de algumas traições, mas sinto que ao fim de quase seis anos eu posso voltar, sem pena de lá ter ficado, porque esta terra que não é a minha terra fica muito longe da minha Lisboa, essa sim é o meu berço. Na Parede onde moro estou perto dela e vivo num autêntico paraíso de luz, mar e verdura, estas são as compensações por não viver em Lisboa.
De Setúbal, só gosto da serra da Arrábida e do rio azul, de resto pouco me faz falta a não ser alguns amigos que lá deixei e que ainda hoje contactamos, mas também deixei desilusões, muito luto e recordação de algumas traições, mas sinto que ao fim de quase seis anos eu posso voltar, sem pena de lá ter ficado, porque esta terra que não é a minha terra fica muito longe da minha Lisboa, essa sim é o meu berço. Na Parede onde moro estou perto dela e vivo num autêntico paraíso de luz, mar e verdura, estas são as compensações por não viver em Lisboa.
Vou voltar a Setúbal onde já não tenho nada, vendi a casa, disse adeus aos museus que ajudei a construir de raiz e deixei num deles no Museu do Trabalho alguns objectos, uma carroça de cortiça que comprei no Baixo Alentejo nos anos setenta a um artesão que trabalhava na rua e algumas peças de loiça e garrafas da minha família para serem colocadas na Mercearia Liberdade, também por mim montada.
Já nada está sedimentado no corpo de forma dolorosa porque nunca voltaria para lá, jamais.
Hoje quero luz, quero sabedoria, quero ter momentos de felicidade e dar aos meus filhos e filhas, netos e netas aquilo que eu esbanjei pelos caminhos que percorri: amor, afecto, atenção e protecção, este é o caminho que eu quero.
Deus quando fecha uma porta, abre sempre uma janela e eu saltei....
Já nada está sedimentado no corpo de forma dolorosa porque nunca voltaria para lá, jamais.
Hoje quero luz, quero sabedoria, quero ter momentos de felicidade e dar aos meus filhos e filhas, netos e netas aquilo que eu esbanjei pelos caminhos que percorri: amor, afecto, atenção e protecção, este é o caminho que eu quero.
Deus quando fecha uma porta, abre sempre uma janela e eu saltei....
3 comentários:
setúbal, terra de bocage e tantos outros, onde as minhas sobrinhas estão a estudar marketing no instituto politécnico, estive lá há uns meses, quando das festas do caloiro...
a serra da arrábida que é linda!
o amr que é bonito, sempre e tem boas praias, atmbém
bom fim de semana
beijinhso
Já cá estou!
Eu até gosto de Setubal, para além da Serra, do Sado, mas percebo o teu sentimento de pertença a outro lado o meu é aqui no Barreiro por muito estranho que pareça.
Beijos
Já há algum tempo que não vou a Setubal, mas é uma bela cidade.
Acho que te sentirás bem
Bom domingo
bjinho
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