Hoje estive a almoçar em minha casa com os amigos das viagens. Estamos a comemorar o aniversário do meu marido que é para breve e começamos de véspera com vários almoços em separado. Hoje o tema do almoço era o vermelho. Foi uma forma que arranjámos para nos divertimos e criar mais intimidade de espírito. Eles e elas vieram com algumas peças vestidas de vermelho e leram textos e poemas muito engraçados. O meu marido recebeu de prenda do grupo uma escultura do Pé Curto e pela tarde dentro mesmo com chuva ficámos pelo jardim, só quando a água caiu forte fomos para a sala e levámos o resto da tarde a falar de fenómenos paranormais.
Todos nós tínhamos algo para contar: um sonho que se concretizou e que resultou numa promenição, uma angústia estranha na hora em que o pai morreu e outros fenómenos assaz estranhos que aconteceram em determinada altura da nossa vida. A ciência é uma coisa, aquilo que não está provado é outra, mas há muitas coincidências com ausência de cientificidade. Eu gosto de ouvir, talvez porque em pequena uma criada da casa do meu avô contava-me histórias de lobisomens e bruxas e eu adorava.
Hoje sou completamente reticente, mas gosto de conhecer fenómenos estranhos: já fui a uma mãe de santo em Salvador da Bahia, a astrólogos, a tarólogos, regressões etc., mas por puro desejo de conhecer o outro lado misterioso da vida.
Voltemos ao almoço, no final lemos os nossos poemas e eu disse este de pé quebrado, foleiroso, mas diverti-me: Vermelho é cor de coração/Vermelho é cor da flor/Vermelho é cor da paixão/Vermelho é cor do rubor/Vermelho é cor das bandeiras/Benfiquista e Portuguesa/Vermelho é sangue nas veias/E da gelatina na sobremesa/Vermelho é esta vontade/De vos ter em minha casa/Vermelho é cor da amizade/Com branco fica rosa.
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